Esta semana o Papa Francisco deu continuidade à catequese
sobre o sexto mandamento
A
nossa dimensão afectiva é um apelo ao amor, que se manifesta
através de três comportamentos virtuosos: fidelidade, acolhimento e
misericórdia.
“Isto
é muito importante.
Como
se manifesta o amor?
Na
fidelidade, no acolhimento e na misericórdia”.
Observando
contudo que o mandamento «se refere explicitamente à fidelidade
matrimonial», o Papa Francisco convidou a reflectir «mais
profundamente acerca do significado esponsal».
E
para o fazer, releu o excerto paulino, carta
aos Efésios (5, 25.28.31-32),
como um texto «revolucionário. Pensar, com a antropologia daquela
época, e dizer que o marido deve amar a esposa como Cristo ama a
Igreja: é uma revolução!», frisou.
Na
realidade, prosseguiu o Papa, «este mandamento é para todos, é uma
palavra paterna de Deus dirigida a cada homem e mulher».
E
dado que, explicou, «o caminho da maturação humana é o próprio
percurso do amor que vai do receber cuidados à capacidade de
oferecer cuidados, do receber a vida à capacidade de dar a vida»,
então «tornar-se homens e mulheres adultos significa conseguir
viver a capacidade esponsal e parental, que se manifesta nas várias
situações da vida como a capacidade de assumir sobre si o peso de
outro e amá-lo sem ambiguidades».
Trata-se,
por conseguinte, esclareceu o Pontífice, de «uma capacidade global
da pessoa que sabe assumir a realidade e sabe entrar numa relação
profunda com os demais», enquanto que «o adúltero, o luxurioso, o
infiel» é «uma pessoa imatura, que preserva para si a própria
vida e interpreta as situações com base no bem-estar e satisfação
pessoal».
“…
para
se casar, não é suficiente celebrar o matrimónio.
É
preciso percorrer um caminho do eu para o nós, do pensar sozinho
para o pensar a dois, do viver só para o viver a dois.”
Resumo,
disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:
O
sexto Mandamento, “não cometerás adultério”, evidencia que o
amor fiel de Cristo é a luz para viver a beleza do amor, manifestado
na fidelidade, no acolhimento e na misericórdia.
Esse
mandamento não se dirige só aos casados, mas a todos os baptizados.
De
facto, o caminho da maturidade afectiva conduz o amor a assumir uma
atitude esponsal, ou seja, ser capaz de dar-se sem medida aos demais.
Por
isso, toda vocação cristã é esponsal, pois é fruto do laço de
amor com Cristo mediante o qual fomos regenerados.
Assim,
por exemplo, um sacerdote é chamado a amar o povo de Deus como um
pai e se entregar à Igreja como um esposo.
O
mesmo vale para quem é chamado a viver a virgindade consagrada.
Por
outro lado, esse mandamento leva-nos a evitar tudo o que seja
contrário ao dom generoso de si: todas as formas de adultério,
infidelidade e luxúria, na certeza de que o corpo humano não é um
instrumento de prazer e egoísmo, mas meio pelo qual manifestamos
fisicamente a nossa vocação ao amor sem reservas.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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