Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

A REVOLUÇÃO DA FIDELIDADE MATRIMONIAL




Esta semana o Papa Francisco deu continuidade à catequese sobre o sexto mandamento
   
   
A nossa dimensão afectiva é um apelo ao amor, que se manifesta através de três comportamentos virtuosos: fidelidade, acolhimento e misericórdia.

Isto é muito importante.
Como se manifesta o amor?
Na fidelidade, no acolhimento e na misericórdia”.

Observando contudo que o mandamento «se refere explicitamente à fidelidade matrimonial», o Papa Francisco convidou a reflectir «mais profundamente acerca do significado esponsal».
E para o fazer, releu o excerto paulino, carta aos Efésios (5, 25.28.31-32), como um texto «revolucionário. Pensar, com a antropologia daquela época, e dizer que o marido deve amar a esposa como Cristo ama a Igreja: é uma revolução!», frisou.

Na realidade, prosseguiu o Papa, «este mandamento é para todos, é uma palavra paterna de Deus dirigida a cada homem e mulher».
E dado que, explicou, «o caminho da maturação humana é o próprio percurso do amor que vai do receber cuidados à capacidade de oferecer cuidados, do receber a vida à capacidade de dar a vida», então «tornar-se homens e mulheres adultos significa conseguir viver a capacidade esponsal e parental, que se manifesta nas várias situações da vida como a capacidade de assumir sobre si o peso de outro e amá-lo sem ambiguidades».

Trata-se, por conseguinte, esclareceu o Pontífice, de «uma capacidade global da pessoa que sabe assumir a realidade e sabe entrar numa relação profunda com os demais», enquanto que «o adúltero, o luxurioso, o infiel» é «uma pessoa imatura, que preserva para si a própria vida e interpreta as situações com base no bem-estar e satisfação pessoal».

“… para se casar, não é suficiente celebrar o matrimónio.
É preciso percorrer um caminho do eu para o nós, do pensar sozinho para o pensar a dois, do viver só para o viver a dois.”






Resumo, disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:

O sexto Mandamento, “não cometerás adultério”, evidencia que o amor fiel de Cristo é a luz para viver a beleza do amor, manifestado na fidelidade, no acolhimento e na misericórdia.
Esse mandamento não se dirige só aos casados, mas a todos os baptizados.

De facto, o caminho da maturidade afectiva conduz o amor a assumir uma atitude esponsal, ou seja, ser capaz de dar-se sem medida aos demais.
Por isso, toda vocação cristã é esponsal, pois é fruto do laço de amor com Cristo mediante o qual fomos regenerados.
Assim, por exemplo, um sacerdote é chamado a amar o povo de Deus como um pai e se entregar à Igreja como um esposo.
O mesmo vale para quem é chamado a viver a virgindade consagrada.

Por outro lado, esse mandamento leva-nos a evitar tudo o que seja contrário ao dom generoso de si: todas as formas de adultério, infidelidade e luxúria, na certeza de que o corpo humano não é um instrumento de prazer e egoísmo, mas meio pelo qual manifestamos fisicamente a nossa vocação ao amor sem reservas.



Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano

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