A
catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta Quarta-feira
foi dedicada ao último mandamento
«Não cobiçar os bens do
próximo, nem a mulher do próximo».
A
função dos mandamentos é levar o homem à sua verdade, isto é, à
sua pobreza, que se torna abertura autêntica e pessoal à
misericórdia de Deus, que nos transforma e nos renova.
“Deus
é o único capaz de renovar o nosso coração, com a condição de
que abramos o coração a Ele.”
No
final da audiência, encorajou os peregrinos de língua portuguesa
“a
tomar por modelo da vossa vida pessoal e social a Virgem Maria, que
hoje veneramos na sua Apresentação a Deus.
O
segredo da sua paz e coragem está nesta certeza: «A Deus, nada é
impossível».
De
igual modo possam, os vossos corações, encontrar confiança e
conforto na misericórdia que o Senhor derrama, sem nunca se cansar,
sobre vós e vossas famílias.
Rezai
por mim. Obrigado.”
Resumo,
disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Santo Padre:
Com
o último Mandamento, que ouvimos na leitura inicial da Audiência, o
percurso apontado pelo Decálogo atinge o seu objectivo final: o
coração do homem.
Todos
os mandamentos têm como finalidade assinalar a fronteira da vida,
isto é, o limite para além do qual o homem se destrói a si mesmo e
ao próximo, arruinando a sua relação com Deus.
O
último Mandamento ensina que todas as transgressões nascem duma
raiz interior comum: os desejos maus.
E
estes «saem – como afirma Jesus – do interior do coração do
homem» (cf. Mc 7, 21).
Por
isso, a viagem feita através do Decálogo não teria alguma
utilidade, se não chegasse a tocar o nível mais fundo do coração
do homem.
O
ponto de chegada desta viagem é o coração e, se este não for
libertado, o resto pouco vale.
Mas
o homem não pode, sozinho, libertar-se dos desejos maus que habitam
no seu coração.
É
em vão que o ser humano pensa purificar o próprio coração, num
esforço titânico da vontade.
Mesmo
animado da melhor vontade, São Paulo confessa: «Em mim, que quero
fazer o bem, só o mal está ao meu alcance» (Rm 7, 21).
Por
isso, é em vão que alguém pensa corrigir-se a si mesmo, sem o dom
do Espírito Santo.
É
preciso abrir-se a uma relação com Deus, na verdade e na liberdade:
só assim os nossos esforços podem dar fruto.
Bem-aventurados
aqueles que tendo reconhecido os próprios desejos maus, com um
coração arrependido e humilhado, se apresentam diante de Deus e dos
homens, não como justos, mas como pecadores.
As
últimas palavras do Decálogo fazem-nos reconhecer como mendigos da
misericórdia de Deus, o único que pode curar o coração.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
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