Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA PARA O MÊS DE NOVEMBRO






INTENÇÃO DE ORAÇÃO UNIVERSAL:
Ao serviço da paz
   
   
Intenção de oração Universal:
Para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.


Um mundo dilacerado

2. Enquanto o século passado foi arrasado por duas guerras mundiais devastadoras, conheceu a ameaça da guerra nuclear e um grande número de outros conflitos, hoje, infelizmente, encontramo-nos a braços com uma terrível guerra mundial aos pedaços.
Não é fácil saber se o mundo de hoje seja mais ou menos violento que o de ontem, nem se os meios modernos de comunicação e a mobilidade que caracteriza a nossa época nos tornem mais conscientes da violência ou mais rendidos a ela.
Seja como for, esta violência que se exerce «aos pedaços», de maneiras diferentes e a variados níveis, provoca enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos
migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental.
E para quê? Porventura a violência permite alcançar objectivos de valor duradouro? Tudo aquilo que obtém não é, antes, desencadear represálias e espirais de conflitos letais que beneficiam apenas a poucos «senhores da
guerra»?
A violência não é o remédio para o nosso mundo dilacerado. Responder à violência com a violência leva, na melhor das hipóteses, a migrações forçadas e a atrozes sofrimentos, porque grandes quantidades de recursos são destinadas a fins militares e subtraídas às exigências do dia-a-dia dos jovens, das famílias em dificuldade, dos idosos, dos doentes, da grande maioria dos habitantes da terra.
No pior dos casos, pode levar à morte física e espiritual de muitos, se não mesmo de todos.

A Boa Nova

3. O próprio Jesus viveu em tempos de violência. Ensinou que o verdadeiro campo de batalha, onde se defrontam a violência e a paz, é o coração humano: «Porque é do interior do coração dos homens que saem os maus pensamentos» (Marcos 7, 21).
Mas, perante esta realidade, a resposta que oferece a mensagem de Cristo é radicalmente positiva: Ele pregou incansavelmente o amor incondicional de Deus, que acolhe e perdoa, e ensinou os seus discípulos a amar os inimigos
(cf. Mateus 5, 44) e a oferecer a outra face (cf. Mateus 5, 39).
Quando impediu, aqueles que acusavam a adúltera, de a lapidar (cf. João 8, 1-11) e na noite antes de morrer, quando disse a Pedro para repor a espada na bainha (cf. Mateus 26, 52), Jesus traçou o caminho da não-violência que Ele percorreu até ao fim, até à cruz, tendo assim estabelecido a paz e destruído a hostilidade (cf. Efésios 2, 14-16).
Por isso, quem acolhe a Boa Nova de Jesus, sabe reconhecer a violência que
carrega dentro de si e deixa-se curar pela misericórdia de Deus, tornando-se assim, por sua vez, instrumento de reconciliação, como exortava São Francisco de Assis: «A paz que anunciais com os lábios, conservai-a ainda mais abundante nos vossos corações».
Hoje, ser verdadeiro discípulo de Jesus significa aderir também à sua proposta de não-violência.
Esta, como afirmou o meu predecessor Bento XVI, «é realista pois considera que no mundo existe demasiada violência, demasiada injustiça e, portanto, não se pode superar esta situação, exceto se lhe contrapuser algo mais de amor, algo mais de bondade.
Este “algo mais” vem de Deus».
E acrescentava sem hesitação: «a não-violência para os cristãos não é um mero comportamento táctico, mas um modo de ser da pessoa, uma atitude de quem está tão convicto do amor de Deus e do seu poder que não tem medo de enfrentar o mal somente com as armas do amor e da verdade.
O amor ao inimigo constitui o núcleo da “revolução cristã”».
A página evangélica – amai os vossos inimigos (cf. Lucas 6, 27) – é, justamente, considerada «a magna carta da não-violência cristã»: esta não consiste «em render-se ao mal (...), mas em responder ao mal com o bem (cf. Romanos 12, 17-21), quebrando dessa forma a corrente da injustiça».

Mais poderosa que a violência

4. Por vezes, entende-se a não-violência como rendição, negligência e passividade, mas, na realidade, não é isso.
Quando a Madre Teresa recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1979, declarou
claramente qual era a sua ideia de não-violência ativa: «Na nossa família, não temos necessidade de bombas e de armas, não precisamos de destruir para edificar a paz, mas apenas de estar juntos, de nos amarmos uns aos outros (...).
E poderemos superar todo o mal que há no mundo».
Com efeito, a força das armas é enganadora.
«Enquanto os traficantes de armas fazem o seu trabalho, há pobres pacificadores que, só para ajudar uma pessoa, outra e outra, dão a vida»; para estes obreiros da paz, a Madre Teresa é «um símbolo, um ícone dos nossos tempos».
No passado mês de Setembro, tive a grande alegria de a proclamar Santa. Elogiei a sua disponibilidade para com todos «através do acolhimento e da defesa da vida humana, a dos nascituros e a dos abandonados e descartados.
(...) Inclinou-se sobre as pessoas indefesas, deixadas moribundas à beira da estrada, reconhecendo a dignidade que Deus lhes dera; fez ouvir a sua voz aos poderosos da terra, para que reconhecessem a sua culpa diante dos crimes – diante dos crimes! – da pobreza criada por eles mesmos».
Como resposta, a sua missão – e nisto representa milhares, antes, milhões de pessoas – é ir ao encontro das vítimas com generosidade e dedicação, tocando e vendando cada corpo ferido, curando cada vida dilacerada.

MENSAGEM PARA A CELEBRAÇÃO DO 50º DIA MUNDIAL DA PAZ
Papa Francisco, 8 de Dezembro 2016



ORAÇÃO

Senhor Jesus, Príncipe da Paz,
num mundo dilacerado pela guerra e pela violência, vejo-me muitas vezes perdido e insensível à realidade do sofrimento de tantos irmãos e irmãs.

Eu Te peço, toca o meu coração para poder ser construtor do diálogo e da paz, a começar junto daqueles a quem devo perdoar e pedir perdão.
Envia, Senhor, o teu Espírito ao coração de quantos fazem a guerra, para que se sintam movidos a dialogar e a perceber que a violência não resolve os problemas, antes causa um maior sofrimento.
Faz-me sentir sempre a tua paz e ser transmissor da paz!

Pai Nosso...


DESAFIOS PARA O MÊS

  • Quais são as pessoas e situações que precisam de reconciliação no meu coração? Ter palavras e gestos concretos de perdão.
  • Perante situações de desavença e conflito, nos ambientes em que vivo, vou procurar ser agente de reconciliação, estabelecer pontes e favorecer o diálogo e a compreensão mútua.
  • Organizar um momento de oração na comunidade para ajudar a não deixar o coração indiferente às realidades de guerra, conflito e violência a que assistimos, longe ou perto de nós.



O VÍDEO DO PAPA – Ao serviço da paz



Três letras que alguns utilizam normalmente mas há outros que há anos não a experimentam.
Porque em muitos lugares do mundo a paz não é uma realidade, é somente um desejo para milhares de pessoas que sofrem pela sua ausência.
Pensemos mais do que nessas três letras, mas no seu significado.
Rezemos e trabalhemos para alcançar a verdadeira paz.
Papa Francisco – Novembro 2018


Todos queremos a paz.
É uma aspiração profunda, sobretudo daqueles que sofrem pela ausência de paz.
Recordemos que Jesus também viveu em tempos de violência.
E Ele ensinou-nos que a verdadeira paz está no coração humano.

Podemos falar com palavras esplêndidas, mas, se no nosso coração não há paz, não haverá no mundo.
Pratiquemos esta paz nos pequenos gestos, com o diálogo a guiar as relações pessoais e sociais.
Com zero violência e cem por cento de ternura, construamos a paz evangélica que não exclui ninguém.


Rezemos juntos para que a linguagem do coração e do diálogo prevaleça sempre sobre a linguagem das armas.”


Fontes: Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa

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