Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 31 de maio de 2019

VIAGEM APOSTÓLICA À ROMÉNIA



Desde a manhã de hoje até Domingo dia 2 de Junho o Papa Francisco realiza a sua 30ª Viagem Apostólica
   
   
Vinte anos depois de João Paulo II, o Papa Francisco desloca-se à Roménia.
O Santo Padre visitará não só Bucareste, como ocorreu com o Papa Wojtyla, mas também diferentes regiões, cada uma com a sua própria história e cultura, onde encontrará as diferentes comunidades católicas.
A Roménia é um país com uma maioria ortodoxa em que os católicos são cerca de 7%.

O logótipo da viagem ao país, que é definido “jardim da Mãe de Deus”, tem uma marca mariana, com o convite à comunidade inteira a pôr-se sob o manto protector de Nossa Senhora.
Um convite à unidade frisado pelo mote que recita: «Caminhemos juntos».
Segundo a tradição, as cores do logótipo evocam as da bandeira nacional romena: azul, amarelo e vermelho.

Na mensagem em vídeo divulgada esta terça-feira (dia 28 de Maio), em língua italiana, o Papa começa saudando cordialmente o povo da Roménia, um “país belo e acolhedor”, e afirma que fará a visita “como peregrino e irmão”.
O Papa então citou os irmãos Pedro e André, os Apóstolos de Cristo, para falar dos laços de fé que unem os cristãos.

Aguardo com grande expectativa a alegria de encontrar o Patriarca e o Sínodo Permanente da Igreja Ortodoxa Romena, como também os pastores e os fiéis católicos.
Os laços de fé que nos unem remontam aos Apóstolos, em especial, o vínculo que uniu Pedro e André, que, segundo a tradição, levou a fé às vossas terras.
Irmãos de sangue, eles também derramaram o sangue pelo Senhor.
E, entre vós, foram tantos os mártires, mesmo nos últimos tempos, como os sete bispos greco-católicos que terei a alegria de proclamar Beatos.
Aquilo pelo que sofreram, a ponto de oferecer a vida, é uma herança muito preciosa para ser esquecida.
E é uma herança comum, que nos chama a não nos distanciarmos do irmão que a compartilha.”

O Papa Francisco finalizou a mensagem, assegurando proximidade na oração e enviando a sua bênção, além de enaltecer o percurso que será feito durante a viagem - uma caminhada conjunta:

Vou até vós para caminharmos juntos.
Caminhamos juntos quando aprendemos a preservar as raízes e a família, quando cuidamos do futuro dos filhos e do irmão que está ao lado, quando vamos além dos medos e das suspeitas, quando derrubamos as barreiras que nos separam dos outros.”



Esta manhã, após a Recepção Oficial no Aeroporto de Bucareste, realizou-se no Palácio Presidencial a Cerimónia de Boas-vindas, a Visita de Cortesia ao Presidente da Roménia, o encontro com o Primeiro-Ministro, e o habitual encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo Diplomático.

Após as palavras de boas-vindas do Presidente, o Papa Francisco pronunciou seu discurso expressando sua alegria:

Estou feliz por me encontrar na vossa linda terra, vinte anos depois da visita de São João Paulo II e no semestre em que a Roménia – pela primeira vez desde que começou a fazer parte da União Europeia – preside ao Conselho Europeu.”

Depois de lembrar dos 30 anos passados desde que a Roménia se libertou do regime que oprimia a liberdade civil e religiosa, o Papa elogiou a reconstrução e o trabalho feito “através do pluralismo das forças políticas e sociais e do seu diálogo mútuo, através do reconhecimento fundamental da liberdade religiosa e da plena integração do país no mais amplo cenário internacional”.

E abordou o fenómeno da emigração:

Penso, em primeiro lugar, no fenómeno da emigração, que envolveu vários milhões de pessoas que deixaram a casa e a pátria à procura de novas oportunidades de trabalho e duma vida digna.
Penso no despovoamento de tantas aldeias, que em poucos anos viram partir uma parte considerável dos seus habitantes; penso nas consequências que tudo isto pode ter sobre a qualidade da vida em tais terras e no enfraquecimento das vossas raízes culturais e espirituais mais ricas que vos sustentaram nos momentos mais duros, nas adversidades.
Presto homenagem aos sacrifícios de tantos filhos e filhas da Roménia que enriquecem os países para onde emigraram, com a sua cultura, o seu património de valores e o seu trabalho e, com o fruto do seu empenho, ajudam a família que ficou na própria pátria.
Pensar nos irmãos e irmãs que estão no estrangeiro é um acto de patriotismo, é um acto de fraternidade, é um acto de justiça.
Continuai a fazê-lo.”

Sobre a nova fase histórica que o país atravessa, o Papa Francisco referiu que:

é preciso aumentar a colaboração positiva das forças políticas, económicas, sociais e espirituais; é necessário caminhar juntos, caminhar unidos e que todos se comprometam, convictamente, a não renunciar à vocação mais nobre a que deve aspirar um Estado: ocupar-se do bem comum do seu povo.”

E que a Igreja católica quer dar o seu contributo para a construção da sociedade.

Neste sentido, as Igrejas cristãs podem ajudar a reencontrar e alentar o coração pulsante donde fazer fluir uma acção política e social que parta da dignidade da pessoa e leve a empenhar-se, leal e generosamente, pelo bem comum da colectividade.”




Encontro do Papa Francisco com as Autoridades, o Corpo Diplomático e os Representantes da Sociedade Civil - Palácio Presidencial Cotroceni, Bucareste, Roménia:




Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; L'Osservatore Romano

Sem comentários:

Enviar um comentário