Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 27 de fevereiro de 2021

II DOMINGO DO TEMPO DA QUARESMA – Ano B

 


Como está nossa capacidade de doação, de sacrifício, de desprendimento em favor do outro ou de uma causa superior?

   


No segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova: é o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projectos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.

Na primeira leitura apresenta-se a figura de Abraão como paradigma de uma certa atitude diante de Deus. Abraão é o homem de fé, que vive numa constante escuta de Deus, que aceita os apelos de Deus e que lhes responde com a obediência total (mesmo quando os planos de Deus parecem ir contra os seus sonhos e projectos pessoais). Nesta perspectiva, Abraão é o modelo do crente que percebe o projecto de Deus e o segue de todo o coração.

A segunda leitura lembra aos crentes que Deus os ama com um amor imenso e eterno. A melhor prova desse amor é Jesus Cristo, o Filho amado de Deus que morreu para ensinar ao homem o caminho da vida verdadeira. Sendo assim, o cristão nada tem a temer e deve enfrentar a vida com serenidade e esperança.

O Evangelho relata a transfiguração de Jesus. Recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, o autor apresenta-nos uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projecto libertador em favor dos homens através do dom da vida. Aos discípulos, desanimados e assustados, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-o, vós também.



LEITURA I - Gen 22,1-2.9a.10-13.15-18

Leitura do Livro do Génesis

Naqueles dias, Deus quis pôr à prova Abraão e chamou-o:

«Abraão!»

Ele respondeu: «Aqui estou».

Deus disse: «Toma o teu filho, o teu único filho, a quem tanto amas, Isaac, e vai à terra de Moriá, onde o oferecerás em holocausto, num dos montes que Eu te indicar.

Quando chegaram ao local designado por Deus, Abraão levantou um altar e colocou a lenha sobre ele. Depois, estendendo a mão, puxou do cutelo para degolar o filho.

Mas o Anjo do Senhor gritou-lhe do alto do Céu:

«Abraão, Abraão!»

«Aqui estou, Senhor», respondeu ele.

O Anjo prosseguiu:

«Não levantes a mão contra o menino, não lhe faças mal algum. Agora sei que na verdade temes a Deus, uma vez que não Me recusaste o teu filho, o teu único filho».

Abraão ergueu os olhos e viu atrás de si um carneiro, preso pelos chifres num silvado. Foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto, em vez do filho. O Anjo do Senhor chamou Abraão do Céu pela segunda vez e disse-lhe:

«Por Mim próprio te juro - oráculo do Senhor – já que assim procedeste e não Me recusaste o teu filho, o teu único filho, abençoar-te-ei e multiplicarei a tua descendência como as estrelas do céu e como a areia das praias do mar, e a tua descendência conquistará as portas das cidades inimigas.

Porque obedeceste à minha voz, na tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra».


LEITURA II - Rom 8,31b-34

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos

Irmãos:

Se Deus está por nós, quem estará contra nós?

Deus, que não poupou o seu próprio Filho, mas O entregou à morte por todos nós, como não havia de nos dar, com Ele, todas as coisas?

Quem acusará os eleitos de Deus?

Deus, que os justifica?

E quem os condenará?

Cristo Jesus, que morreu, e mais ainda, que ressuscitou e que está à direita de Deus e intercede por nós?


EVANGELHO - Mc 9,2-10

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo,

Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu só com eles para um lugar retirado num alto monte e transfigurou-Se diante deles.

As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear.

Apareceram-lhes Moisés e Elias, conversando com Jesus.

Pedro tomou a palavra e disse a Jesus:

«Mestre, como é bom estarmos aqui! Façamos três tendas: uma para Ti, outra para Moisés, outra para Elias».

Não sabia o que dizia, pois estavam atemorizados. Veio então uma nuvem que os cobriu com a sua sombra e da nuvem fez-se ouvir uma voz:

«Este é o meu Filho muito amado: escutai-O».

De repente, olhando em redor, não viram mais ninguém, a não ser Jesus, sozinho com eles. Ao descerem do monte, Jesus ordenou-lhes que não contassem a ninguém o que tinham visto, enquanto o Filho do homem não ressuscitasse dos mortos.

Eles guardaram a recomendação, mas perguntavam entre si o que seria ressuscitar dos mortos.



Reflexão pelo Professor da Faculdade de Teologia da UCP, Juan Ambrosio:


Domingo às 9H30 - Transmissão on-line da Eucaristia Dominical a celebrar na Igreja Paroquial.

[Transmissão no facebook do Grupo de Jovens]


Domingo dia 28 de Fevereiro:

- 7º dia do falecimento de Joaquim de Sá Couto Reis.


Domingo dia 7 de Março:

- 7º dia do falecimento de Maria Emília Maia da Costa.


Proposta Diocesana para a Caminhada da Quaresma à Páscoa de 2021:

«Todos família. Todos irmãos»

2.º Domingo: As nossas raízes

O 2.º Domingo da Quaresma apresenta-nos, na 1.ª leitura, a cena do sacrifício de Isaac que, na verdade, é o sacrifício do nosso patriarca Abraão, nosso pai na fé. A promessa da descendência a Abraão, no qual são abençoadas todas as nações da Terra, permite-nos lançar um olhar sobre os nossos ascendentes, sobre os nossos maiores, sobre as nossas raízes familiares e mesmo sobre os que nos precederam na fé e no-la transmitiram. Sugerimos a evocação dos avós, bisavós, como verdadeiro tesouro da família. É oportuno reforçar a ideia da urgência de uma verdadeira Aliança entre gerações… um sonho do Papa Francisco (cf. Papa Francisco, Audiência, 11.3.2015; AL 191-193; Christus vivit, 187-201). Recorde-se que um dos percursos propostos pelo Ano Família Amoris laetitia é desenvolver uma pastoral dos idosos (cf. AL 191-193) que vise superar a cultura do descarte e a indiferença e promover propostas transversais em relação às diferentes idades da vida, tornando também os idosos protagonistas da pastoral comunitária. É proposta, por exemplo, a celebração de uma Jornada para os avós e os idosos.

Em família, encontraremos formas de valorizar as nossas raízes, por exemplo:

Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

Construir e colocar no cantinho da oração a nossa árvore genealógica.

Rebuscar fotos antigas e colocá-las no cantinho da oração.

Homenagear ou prendar os nossos avós… ou outros idosos.

Rezar pelos que já partiram.



Aviso à Comunidade Paroquial:

Iniciou-se no Sábado dia 20 de Fevereiro a recolha dos Direitos Paroquiais.


Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia



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