Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 20 de fevereiro de 2021

I DOMINGO DO TEMPO DA QUARESMA – Ano B

 



Jesus anuncia que o tempo já se cumpriu e que o Reino de Deus está próximo

   


No primeiro Domingo do Tempo da Quaresma, a liturgia garante-nos que Deus está interessado em destruir o velho mundo do egoísmo e do pecado e em oferecer aos homens um mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim.

A primeira leitura é um extracto da história do dilúvio. Diz-nos que Jahwéh, depois de eliminar o pecado que escraviza o homem e que corrompe o mundo, depõe o seu "arco de guerra", vem ao encontro do homem, faz com ele uma Aliança incondicional de paz. A acção de Deus destina-se a fazer nascer uma nova humanidade, que percorra os caminhos do amor, da justiça, da vida verdadeira.

Na segunda leitura, o autor da primeira Carta de Pedro recorda que, pelo Baptismo, os cristãos aderiram a Cristo e à salvação que Ele veio oferecer. Comprometeram-se, portanto, a seguir Jesus no caminho do amor, do serviço, do dom da vida; e, envolvidos nesse dinamismo de vida e de salvação que brota de Jesus, tornaram-se o princípio de uma nova humanidade.

No Evangelho, Jesus mostra-nos como a renúncia a caminhos de egoísmo e de pecado e a aceitação dos projectos de Deus está na origem do nascimento desse mundo novo que Deus quer oferecer a todos os homens (o "Reino de Deus"). Aos seus discípulos Jesus pede - para que possam fazer parte da comunidade do "Reino" - a conversão e a adesão à Boa Nova que Ele próprio veio propor.


LEITURA I - Gn 9,8-15

Leitura do Livro do Génesis

Deus disse a Noé e a seus filhos:

«Estabelecerei a minha aliança convosco, com a vossa descendência e com todos os seres vivos que vos acompanham: as aves, os animais domésticos, os animais selvagens que estão convosco, todos quantos saíram da arca e agora vivem na terra.

Estabelecerei convosco a minha aliança: de hoje em diante nenhuma criatura será exterminada pelas águas do dilúvio e nunca mais um dilúvio devastará a terra».

Deus disse ainda:

«Este é o sinal da aliança que estabeleço convosco e com todos os animais que vivem entre vós, por todas as gerações futuras: farei aparecer o meu arco sobre as nuvens e aparecer nas nuvens o arco, recordarei a minha aliança convosco e com todos os seres vivos e nunca mais as águas formarão um dilúvio para destruir todas as criaturas».


LEITURA II - 1 Pe 3,18-22

Leitura da Primeira Epístola de São Pedro

Caríssimos:

Cristo morreu uma só vez pelos pecados – o Justo pelos injustos – para vos conduzir a Deus.

Morreu segundo a carne, mas voltou à vida pelo Espírito.

Foi por este Espírito que Ele foi pregar aos espíritos que estavam na prisão da morte e tinham sido outrora rebeldes, quando, nos dias de Noé, Deus esperava com paciência, enquanto se construía a arca, na qual poucas pessoas, oito apenas, se salvaram através da água.


EVANGELHO - Mc 1,12-15

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto.

Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás.

Vivia com os animais selvagens e os Anjos serviam-n'O.

Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo:

«Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho».


Reflexão pelo Padre Luís Leal:


Domingo às 9H30 - Transmissão on-line da Eucaristia Dominical a celebrar na Igreja Paroquial.

[Transmissão no facebook do Grupo de Jovens]



Proposta Diocesana para a Caminhada da Quaresma à Páscoa de 2021:

«Todos família. Todos irmãos»

1.º Domingo: A nossa Casa

Neste 1.º Domingo da Quaresma, a cena bíblica da Aliança com Noé mostra-nos como tudo está interligado, o cuidado da Terra e o cuidado dos irmãos (cf. LS 70).

O número 40, o mesmo dos dias do dilúvio, é o algarismo bíblico da penitência e da conversão, da prova e da suspensão da normalidade, com vista a um novo início. Assim é na Quaresma. O pico europeu da primeira onda da pandemia coincidiu com o período litúrgico da Quaresma. Vamos atravessar a Quaresma de 2021 em clima de confinamento ou, pelo menos, de grandes restrições por causa da pandemia. Nesta coincidência, a Aliança com Noé, que põe a salvo a sua família, dentro da sua arca, sugere-nos a ideia de que também nós devemos cuidar da nossa Casa, da nossa casa familiar como abrigo, como refúgio, como lugar de salvação, para a preservação do mundo. O apelo “fique em casa” do tempo de confinamento pode ser vivido como experiência de preservação da nossa vida e da vida dos irmãos. É também, a partir da vida em nossa casa, que podemos aprender a cuidar da Casa comum, que é o nosso mundo.

Na família, cultivam-se os primeiros hábitos de amor e cuidado da vida, como, por exemplo, o uso correto das coisas, a ordem e a limpeza, o respeito pelo ecossistema local e a protecção de todas as criaturas. A família é o lugar da formação integral, onde se desenvolvem os distintos aspectos, intimamente relacionados entre si, do amadurecimento pessoal” (LS 213).

Como cuidar da Casa comum, a partir da nossa Casa familiar, promovendo uma aliança entre a humanidade e o ambiente (cf. LS 209-215)?

O Papa recorda-o na Encíclica Laudato Si’, de forma muito concreta: “evitar o uso de plástico e papel, reduzir o consumo de água, diferenciar o lixo, cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se poderá comer, tratar com desvelo os outros seres vivos, plantar árvores, apagar as luzes desnecessárias… Tudo isto faz parte duma criatividade generosa e dignificante, que põe a descoberto o melhor do ser humano” (LS 211).

Em casa e em família podemos realizar gestos significativos do cuidado da nossa casa familiar, da nossa Casa comum, tais como:

Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.

Colocar no cantinho da oração um globo terrestre ou um vaso com uma semente, deixando-a germinar na Páscoa.

Elaborar um plano de privação (de jejum e abstinência), de modo a desenvolver hábitos de maior sobriedade e simplicidade, no consumo de comida, gás, luz, etc.

Plantar uma árvore, cuidar das plantas.



Aviso à Comunidade Paroquial:

Iniciou-se este Sábado dia 20 de Fevereiro a recolha dos Direitos Paroquiais.



Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia


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