Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

IN MEMORIAM






A Diocese do Porto está de luto

Morreu o nosso Bispo D. António
[Nova actualização às 22H02]
   
   

A Diocese do Porto comunicou, com enorme pesar, que faleceu hoje, dia 11 de Setembro de 2017 na Casa Episcopal, o Senhor D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto.


O corpo do Senhor D. António vai estar em Câmara ardente a partir das 17H00 de hoje e as exéquias solenes celebram-se na Quarta-feira dia 13 de Setembro, às 15H00, na Catedral do Porto.
A Catedral vai estar aberta das 9H00 às 24H00.

Momentos celebrativos das exéquias de D. António Francisco dos Santos:

Terça-feira, dia 12 de Setembro:
09H30: Oração de Laudes
11H00: Eucaristia
19H00: Oração de Vésperas

Quarta-feira, dia 13 de Setembro:
09H30: Oração de Laudes
15H00: Celebração Exequial

A Missa de Sétimo Dia será na segunda-feira, dia 18 de Setembro, às 19H00 na Sé Catedral do Porto.


A comunidade paroquial de São Cristóvão do Muro vai realizar amanhã, Terça-feira, pelas 21H00, na Igreja Paroquial, um momento de oração de sufrágio pelo nosso bispo D. António.







Nota de Homenagem da Conferência Episcopal Portuguesa a D. António Francisco dos Santos:

Em homenagem a D. António Francisco

Foi com enorme tristeza e sentida consternação que recebemos a notícia do falecimento de D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto.
Rezamos para que Deus Pai o acolha eternamente no seu Coração de Bom Pastor.

Como nos recorda D. Manuel Clemente, Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, em profunda homenagem a D. António Francisco, «ele foi entre todos nós, em Portugal, entre todos nós que o conhecemos e que tanto ganhamos com a sua convivência e com a sua acção, uma belíssima imagem do que é Cristo Bom Pastor que continua presente na Igreja e na sociedade em geral».

Na certeza da esperança, acreditamos que continua bem vivo entre nós o seu grande testemunho de Homem e Pastor simples e humilde, cheio de sabedoria e próximo das pessoas, intensamente dedicado aos seus diocesanos e sempre disponível para servir a Igreja em Portugal.

As Exéquias Solenes celebram-se no próximo dia 13, quarta-feira, às 15 horas, na Sé Catedral do Porto.
O corpo de D. António estará em Câmara ardente a partir das 17h00 de hoje.
A Catedral estará aberta das 9h00 às 24h00.
Lisboa, 11 de Setembro de 2017
P. Manuel Barbosa, Secretário e Porta-voz da CEP


O Cardeal-patriarca presta homenagem a D. António Francisco dos Santos, exemplo de «proximidade»:

D. Manuel Clemente reage à morte do bispo do Porto

O cardeal-patriarca de Lisboa prestou hoje a sua “profunda homenagem” ao bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, que faleceu esta manhã aos 69 anos de idade.

Ele foi entre todos nós, em Portugal, entre todos nós que o conhecemos e que tanto ganhamos com a sua convivência e com a sua acção, uma belíssima imagem do que é Cristo Bom Pastor que continua presenta na Igreja e na sociedade em geral”, disse D. Manuel Clemente à Agência ECCLESIA.

D. António Francisco dos Santos foi nomeado bispo do Porto em Fevereiro de 2014, sucedendo a D. Manuel Clemente.

O cardeal-patriarca, que preside à Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), recorda o falecido bispo como alguém que viveu “sempre com muita sabedoria, sempre com muita proximidade de toda a gente, um enorme coração”.

Foi um grande bispo da Igreja em Portugal, ultimamente da Diocese do Porto, antes da Diocese de Aveiro, também tinha trabalhado na Diocese de Braga, como bispo auxiliar, e tantos anos, na sua Diocese de Lamego”, acrescentou.

D. Manuel Clemente sublinha as “circunstâncias, tão trágicas, inesperadas” desta morte, e deixa uma “palavra de esperança e de certeza de que Deus o recompensará de tantos trabalhos”.


D. Jorge Ortiga, Arcebispo de Braga, Diocese onde D. António foi Bispo Auxiliar de 2004 a 2006, reagiu no seu Twitter:

"D. António, meu caro amigo, descansa em paz. Quase não acredito..."


Mensagem do Senhor Bispo de Aveiro, diocese onde D. António foi Bispo de 2006 a 2014:

D. António Francisco… muito amigo, muito próximo, muito inteligente

A notícia da morte de D. António Francisco dos Santos, actual Bispo do Porto, deixa-nos a todos abalados.

D. António Francisco era um homem que pela fé acreditava na bondade do ser humano e que pela mesma fé manifestava muitas qualidades pessoais.
Era muito amigo, muito próximo, muito inteligente.
Sabia encontrar em cada pessoa um amigo e a todos correspondia com respeito e amizade.

Foi Bispo de Aveiro durante pouco mais que sete anos, de 8 de Dezembro de 2006 a 21 de Fevereiro de 2014, tendo deixado marcas muito fortes de trabalho, amizade, proximidade, à maneira do Bom Pastor.

Encontrando-me na peregrinação diocesana quando a sua morte se tornou notícia, pude constatar nos peregrinos a consternação que se instalou entre todos, sinal da amizade e dos seus modos de ser pastor à maneira de Cristo com que marcou a Diocese de Aveiro.

Com fé na ressurreição, cremos que ele está agora junto de Deus e que intercede pelas comunidades e dioceses que serviu.

D. António Manuel Moiteiro Ramos, Bispo de Aveiro
11 de Setembro de 2017


Mensagem do Senhor Bispo de Lamego sobre o falecimento de D. António Francisco dos Santos, Bispo do Porto:

NA ENTRADA NA CASA DO PAI DO MEU IRMÃO NO EPISCOPADO E ILUSTRE FILHO DA NOSSA DIOCESE DE LAMEGO, D. ANTÓNIO FRANCISCO DOS SANTOS

1. «Não fostes vós que me escolhestes; fui Eu que vos escolhi a vós» (Jo 15,16).
Sim, escolhidos desde antes do seio materno (Jr 1,5), desde antes da criação do mundo (Ef 1,4).
E acrescentemos, sempre guiados pela Escritura Santa, aberta e lida, desde sempre escolhidos, amados, predestinados, agraciados, redimidos, mortos, sepultados, ressuscitados, vivificados, glorificados (cf. Rm 6,1-11; Cl 2,12-13), para sermos «filhos no Filho», filiação divina (hyiothesía) por graça recebida (cf. Rm 8,15-16; Gl 4,5; Ef 1,5; Gaudium et spes, n.º 22), feitos semelhantes a Deus e vendo-o como Ele é (cf. 1 Jo 3,1-2), que constitui o verdadeiro cume da vida dos filhos de Deus, em sentido muito explícito, denso e misterioso.
De maior e de mais belo, não há nada.
A nossa maneira de viver e de fazer não é o corolário da visão de Deus; é a própria visão de Deus.
A ética é uma óptica.

2. Deixem-me registar aqui um bocadinho de diário.
Ainda há oito dias atrás, Dia de Domingo, 03 de Setembro, estivemos juntos, na Igreja Matriz de Armamar, na celebração das bodas de ouro sacerdotais do Sr. P. Artur Mergulhão.
Na viagem de regresso, ao final da tarde, de Armamar para o Porto, o Sr. D. António Francisco teve a amabilidade de fazer uma paragem e passagem pelo Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (Padre Américo), para visitar a minha irmã, que lá se encontra internada há mês e meio, deixando-lhe palavras de conforto simples e afável.
Registo este acontecimento de profundo sabor humano e cristão, que traduz bem o modo de ser do Sr. D. António Francisco.

3. Tudo isto para dizer o que penso ser possível dizer e dever dizer do «servo bom e fiel» (cf. Mt 24,45), próximo, humanado, dedicado, humilde e humilhado, portanto, exaltado, até ao ponto de se sentir com todos irmanado, que foi e é o bom filho de Tendais e de Lamego, D. António Francisco dos Santos.
Em boa verdade, sou dos que penso que poucas coisas nos é dado escolher.
Sou cada vez mais levado a ver que o veio mais fundo e fecundo que vai urdindo a nossa identidade, que é aquilo que só eu posso fazer, e ninguém pode fazer em vez de mim, não depende de nenhuma das nossas escolhas, pois vem de antes de nós, de antes de a nossa memória registar qualquer sinal, de antes do ventre materno.
Vem do «amor fontal» de Deus, nosso Pai (Ad gentes, n.º 2).
Nós não escolhemos Deus nem o Amor nem o Bem.
Deus entra-nos pela casa adentro, sem bater à porta e sem pedir licença, e elege-nos, sem nos ouvir, marca-nos com uma eleição que não prescreve nunca, confia-nos uma missão que não podemos rescindir, entrega-nos um Amor a que não nos podemos subtrair.
Penso que foi assim que viveu e morreu o meu irmão, D. António Francisco.
4. O que fica dito, de teor muito bíblico e levinasiano, é para deixar o meu irmão, D. António Francisco, completamente na mão de Deus, ao dispor de Deus, ao sabor de Deus.
E a viagem em que há 68 anos embarcou, e que agora continua, ao mesmo tempo transitiva e intransitiva, mais intransitiva do que transitiva, ainda é escrita fina de Deus.
Quero dizer, para sempre escrita e oferecida ao esforço da leitura, como aquela viagem para Emaús e de Emaús, com os nossos olhos esbugalhados de espanto perante aquele ignorado companheiro que ocupa sempre o meio, quer quando faz perguntas fáceis para as nossas respostas sempre erradas e mirradas por míngua de leitura e compreensão, quer quando nos prega um bom par de fintas pedagógicas, quer quando bendiz e parte o pão, quer quando desaparece e nos deixa a contemplá-lo bem presente nessa ausência.
5. Acesa outra vez a vista do coração, aí vamos nós outra vez de volta; retomamos a viagem transitiva e sobretudo intransitiva, e reparamos que levamos tanta coisa para contar.
Mas primeiro, sempre primeiro, temos de nos sentar e deixar aquecer e alumiar por aquela labareda do Senhor Ressuscitado (cf. Lc 24,34).
Obrigado, D. António Francisco! Fala ao Senhor de nós.
Lamego, 11 de Setembro de 2017
+ António Couto


Comunicado de D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, a propósito do falecimento de D. António:

"Uma notícia muito triste para o Porto, para a Igreja e para o país"

Acabo de receber, com profunda dor e surpresa, a muito triste notícia da morte do amigo e Bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos.

Quem conheceu o D. António sabe bem avaliar a perda que a sua inesperada partida significa no panorama da Diocese do Porto, da Igreja e do país.
A sua presença amiga e sensível, a sua visão clara e iluminada, a sua dedicação pastoral inspirada pelo Evangelho, permanecem na nossa memória e continuarão e inspirar uma postura de dignidade e de coerência humana e cristã.

À Diocese do Porto e à família do D. António, apresento, em nome próprio e da Diocese de Setúbal, os sentidos pêsames por esta inesperada e dolorosa perda, dando igualmente graças a Deus por este seu servo fiel, que testemunhou, de forma clara e coerente, a sua adesão a Cristo e o seu serviço ao povo a quem foi enviado.

Bem-haja, caro D. António, pela herança de homem, de discípulo de Cristo e de pastor que nos deixa.
Que o Bom Pastor o receba misericordioso nos seus braços e nos dê a força de imitar e continuar a sua atitude de pessoa de coração simples e amigo, de mente iluminada e de generoso serviço à Igreja e à humanidade.

Setúbal, 11 de Setembro de 2017
+ José Ornelas Carvalho Bispo de Setúbal



Outros Bispos deixam mensagens após morte de D. António Francisco dos Santos, conforme noticia a Agência Ecclesia.




D. António Francisco dos Santos nasceu a 29 de Agosto de 1948, em Tendais, Cinfães, Diocese de Lamego e faleceu no dia 11 de Setembro de 2017 na Casa Episcopal do Porto.

A Ordenação Presbiteral foi no dia 8 de Dezembro de 1972 e a Episcopal no dia 19 de Março de 2005, com o título de Meinedo - Sé de Lamego.

Foi nomeado, a 21 de Dezembro de 2004, Bispo Auxiliar de Braga pelo Papa João Paulo II.
O Papa Bento XVI escolheu-o como bispo da Diocese de Aveiro em 21 de Setembro de 2006, tomando posse a 8 de Dezembro do mesmo ano.
Em 21 de Fevereiro de 2014 foi nomeado Bispo do Porto pelo Papa Francisco, verificando-se a Entrada Solene na Diocese no dia 6 de Abril de 2014.

Nomeado Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em 2005.

Em Junho de 2008 foi reconduzido como Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios da Conferência Episcopal Portuguesa e nomeado Vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã da Conferência Episcopal Portuguesa.

Em 2011 foi nomeado presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé (2011-2014), e vogal do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa.

Actualmente, na Conferência Episcopal Portuguesa, ocupava o cargo de presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana e de vogal da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé.



Mais informações biográficas podem ser obtidas na página da Diocese do Porto.


Entrevistas de D. António aqui publicadas:






Fonte: Diocese do Porto; Conferência Episcopal Portuguesa; Diocese de Aveiro; Diocese de Lamego; Arquidiocese de Braga; Diocese de Setúbal; Agência Ecclesia



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