Deus abraça-nos
num olhar de amor
Ancorar na casa da reconciliação
A esperança vê ao longe
Deus também espera por nós
- Irmãos e irmãs: Peregrinos de esperança, rumo à Páscoa, estamos a celebrar o IV Domingo da Quaresma. O tom rosa da cor litúrgica dos paramentos exprime já a alegria da Páscoa, que se deseja e se aproxima. Contritos, esperamos esta Páscoa, que celebramos semanalmente, em cada Domingo, na celebração da Eucaristia. Renova-se, para nós, a Festa de Jesus, o Filho de Deus, que estava morto e voltou à vida!
- Fixemos a âncora na parte inferior da Cruz. Hoje queremos ancorar a nossa esperança, na nossa própria casa, na Casa do Pai, na casa dos filhos, na casa dos irmãos. Deus Pai mantém sempre aberta a porta do perdão. Deus espreita-nos pela janela, a esperança vê-nos ao longe, como de perto. Deus espera o nosso regresso, para celebrar a Páscoa da nossa vida, a Páscoa de cada um de nós. Que se possa dizer de cada um: “estava morto e voltou à vida”. Na paternidade de Deus, está a fonte da nossa esperança.
- Deus não nos retém em casa. Vamos recolher a âncora, para prosseguirmos como peregrinos de esperança, rumo à Páscoa. Quando cairmos na tristeza do pecado, quando nos sentirmos distantes da casa do Pai, levantemo-nos, atraídos pela esperança do amor do Pai, que nos vê ao longe. E digamos ou cantemos ao Senhor na volta a casa: “No caminho, eu confio em Ti”.
Na quarta etapa do “caminho da Quaresma”, a liturgia fala-nos de vida nova. Diz-nos como chegar lá. Convida-nos a experimentá-la.
A primeira leitura mostra-nos o Povo de Deus a começar uma nova vida na terra de Canaã. Para trás ficaram a escravidão do Egipto e a desolação do deserto. Agora, na Terra Prometida, Israel pode começar a viver de uma forma nova, construindo um futuro de liberdade e de felicidade. É essa experiência – de passagem da escravidão à liberdade, da vida velha à vida nova – que somos convidados a fazer neste tempo de Quaresma.
No Evangelho, através da parábola do “pai misericordioso”, Jesus garante-nos que Deus nunca nos fechará as portas: estará sempre à nossa espera de braços abertos, pronto para nos acolher e para nos reintegrar na sua família. “Voltar para Deus” é a opção certa para quem quiser dar sentido pleno à sua existência.
Na segunda leitura Paulo de Tarso, recorrendo ao conceito de “reconciliação”, lembra-nos que Cristo veio derrotar o egoísmo e o pecado e sanar a separação que havia entre Deus e os homens. Aqueles que aceitam ligar-se a Cristo e caminhar atrás d’Ele, estão reconciliados com Deus. Vivem uma vida nova, a vida dos filhos queridos e amados de Deus.
Comentário do padre Manuel Barbosa, scj:
LEITURA I – Josué 5,9a.10-12
Leitura do Livro de Josué
Naqueles dias, disse o Senhor a Josué: «Hoje tirei de vós o opróbrio do Egipto».
Os filhos de Israel acamparam em Gálgala e celebraram a Páscoa, no dia catorze do mês, à tarde, na planície de Jericó. No dia seguinte à Páscoa, comeram dos frutos da terra: pães ázimos e espigas assadas nesse mesmo dia. Quando começaram a comer dos frutos da terra, no dia seguinte à Páscoa, cessou o maná. Os filhos de Israel não voltaram a ter o maná, mas, naquele ano, já se alimentaram dos frutos da terra de Canaã.
SALMO RESPONSORIAL – Salmo 33 (34)
Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom.
A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.
Enaltecei comigo ao Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.
Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
LEITURA II – 2 Coríntios 5,17-21
Leitura da segunda Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios
Irmãos:
Se alguém está em Cristo, é uma nova criatura. As coisas antigas passaram; tudo foi renovado. Tudo isto vem de Deus, que por Cristo nos reconciliou consigo e nos confiou o ministério da reconciliação. Na verdade, é Deus que em Cristo reconcilia o mundo consigo, não levando em conta as faltas dos homens e confiando-nos a palavra da reconciliação. Nós somos, portanto, embaixadores de Cristo; é Deus quem vos exorta por nosso intermédio. Nós vos pedimos em nome de Cristo: reconciliai-vos com Deus. A Cristo, que não conhecera o pecado, Deus identificou-O com o pecado por causa de nós, para que em Cristo nos tornemos justiça de Deus.
EVANGELHO – Lucas 15,1-3.11-32
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».
Avisos à Comunidade Paroquial:
Horário de Verão
A hora muda este fim-de-semana. Na madrugada de Domingo, dia 30 de Março, à 01H00 os relógios deverão ser adiantados para as 02H00.
Boletim Vicarial
No final das Eucaristias é distribuído o Boletim Vicarial de Março de 2025.
Sacramento da Reconciliação
As Confissões Quaresmais na nossa paróquia são na próxima Sexta-feira, dia 4 de Abril, das 17H30 às 19H30. O calendário das Confissões nas outras paróquias da nossa vigararia pode ser consultado no Boletim Vicarial de Março de 2025.
Procissão dos Passos
A Procissão dos Passos realiza-se no próximo Domingo, dia 6 de Abril, com início às 16H00.
Celebrações Eucarísticas
Domingo dia 30Mar, às 9H30, IV Domingo da Quaresma – Ano C – 7º Dia de Sofia Olinda Maia Neves.
Sábado dia 5Abr, às 17H00, Eucaristia Vespertina na Capela de São Pantaleão – 30º Dia de Maria Augusta de Sousa Santos.
Domingo dia 6Abr, às 9H30, V Domingo da Quaresma – Ano C – 7º Dia de Jerónimo Augusto de Sousa Maia.
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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