Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 8 de fevereiro de 2020

XXVIII DIA MUNDIAL DO DOENTE




Celebra-se a 11 de Fevereiro


Na nossa paróquia celebramos esta tarde com a Eucaristia do Doente



Após a Eucaristia celebrada no Salão Paroquial às 15H30 que contou também com a participação da Catequese Paroquial, seguiu-se o habitual convívio com lanche.




MENSAGEM DE SUA SANTIDADE PAPA FRANCISCO
PARA O XXVIII DIA MUNDIAL DO DOENTE
11 de Fevereiro de 2020

«Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei» (Mt 11, 28)

Queridos irmãos e irmãs!

1. Estas palavras ditas por Jesus – «Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos,e Eu vos aliviarei» (Mt 11, 28) – indicam o caminho misterioso da graça, que se revela aos simples e revigora os cansados e exaustos.
Tais palavras exprimem a solidariedade do Filho do Homem, Jesus Cristo, com a humanidade aflita e sofredora.
Há tantas pessoas que sofrem no corpo e no espírito!
A todas, convida a ir ter com Ele – «vinde a Mim» –, prometendo-lhes alívio e recuperação.
«Quando Jesus pronuncia estas palavras, tem diante dos seus olhos as pessoas que encontra todos os dias pelas estradas da Galileia: muita gente simples, pobres, doentes, pecadores, marginalizados pelo ditame da lei e pelo opressivo sistema social.
Este povo sempre acorreu a Ele para ouvir a sua palavra, uma palavra que incutia esperança» (Angelus, 6 de Julho de 2014).

No XXVIII Dia Mundial do Doente, Jesus dirige este convite aos doentes e oprimidos, aos pobres cientes de dependerem inteiramente de Deus para a cura de que necessitam sob o peso da provação que os atingiu.
A quem vive na angústia devido à sua situação de fragilidade, sofrimento e fraqueza, Jesus Cristo não impõe leis, mas, na sua misericórdia, oferece-Se a Si mesmo, isto é, a sua pessoa que dá alívio.
A humanidade ferida é contemplada por Jesus com olhos que vêem e observam, porque penetram em profundidade: não correm indiferentes, mas param e acolhem o homem todo e todo o homem segundo a respectiva condição de saúde, sem descartar ninguém, convidando cada um a fazer experiência de ternura entrando na vida d’Ele.

2. Porque tem Jesus Cristo estes sentimentos?
Porque Ele próprio Se tornou frágil, experimentando o sofrimento humano e recebendo, por sua vez, alívio do Pai.
Na verdade, só quem passa pessoalmente por esta experiência poderá ser de conforto para o outro.
Várias são as formas graves de sofrimento: doenças incuráveis e crónicas, patologias psíquicas, aquelas que necessitam de reabilitação ou cuidados paliativos, as diferentes formas de deficiência, as doenças próprias da infância e da velhice, etc.
Nestas circunstâncias, nota-se por vezes carência de humanidade, pelo que se revela necessário, para uma cura humana integral, personalizar o contacto com a pessoa doente acrescentando a solicitude ao tratamento.
Na doença, a pessoa sente comprometidas não só a sua integridade física, mas também as várias dimensões da sua vida relacional, intelectiva, afectiva, espiritual; e por isso, além das terapias, espera amparo, solicitude, atenção, em suma, amor.
Além disso, junto do doente, há uma família que sofre e pede, também ela, conforto e proximidade.

3. Queridos irmãos e irmãs enfermos, a doença coloca-vos de modo particular entre os «cansados e oprimidos» que atraem o olhar e o coração de Jesus.
Daqui vem a luz para os vossos momentos de escuridão, a esperança para o vosso desalento.
Convida-vos a ir ter com Ele: «Vinde».
Com efeito, n’Ele encontrareis força para ultrapassar as inquietações e interrogativos que vos surgem nesta «noite» do corpo e do espírito.
É verdade que Cristo não nos deixou receitas, mas, com a sua paixão, morte e ressurreição, liberta-nos da opressão do mal.

Nesta condição, precisais certamente dum lugar para vos restabelecerdes.
A Igreja quer ser, cada vez mais e melhor, a «estalagem» do Bom Samaritano que é Cristo (cf. Lc 10, 34), isto é, a casa onde podeis encontrar a sua graça, que se expressa na familiaridade, no acolhimento, no alívio.
Nesta casa, podereis encontrar pessoas que, tendo sido curadas pela misericórdia de Deus na sua fragilidade, saberão ajudar-vos a levar a cruz, fazendo, das próprias feridas, frestas através das quais divisar o horizonte para além da doença e receber luz e ar para a vossa vida.

Nesta obra de restabelecimento dos irmãos enfermos, insere-se o serviço dos profissionais da saúde – médicos, enfermeiros, pessoal sanitário, administrativo e auxiliar, voluntários –, pondo em acção as respectivas competências e fazendo sentir a presença de Cristo, que proporciona consolação e cuida da pessoa doente tratando das suas feridas.
Mas, também eles são homens e mulheres com as suas fragilidades e até com as suas doenças.
Neles se cumpre de modo particular esta verdade: «Quando recebemos o alívio e a consolação de Cristo, por nossa vez somos chamados a tornar-nos alívio e consolação para os irmãos, com atitude mansa e humilde, à imitação do Mestre» (Angelus, 6 de julho de 2014).

4. Queridos profissionais da saúde, qualquer intervenção diagnóstica, preventiva, terapêutica, de pesquisa, tratamento e reabilitação há de ter por objectivo a pessoa doente, onde o substantivo «pessoa» venha sempre antes do adjectivo «doente».
Por isso, a vossa acção tenha em vista constantemente a dignidade e a vida da pessoa, sem qualquer cedência a actos de natureza eutanásica, de suicídio assistido ou supressão da vida, nem mesmo se for irreversível o estado da doença.

Quando vos defrontais com os limites e possível fracasso da própria ciência médica perante casos clínicos cada vez mais problemáticos e diagnósticos funestos, sois chamados a abrir-vos à dimensão transcendente, que vos pode oferecer o sentido pleno da vossa profissão.
Lembremo-nos de que a vida é sacra e pertence a Deus, sendo por conseguinte inviolável e indisponível (cf. Instr. Donum vitae, 5; Enc. Evangelium vitae, 29-53).
A vida há-de ser acolhida, tutelada, respeitada e servida desde o seu início até à morte: exigem-no simultaneamente tanto a razão como a fé em Deus, autor da vida.
Em certos casos, a objecção de consciência deverá tornar-se a vossa opção necessária, para permanecerdes coerentes com este «sim» à vida e à pessoa.
Em todo o caso, o vosso profissionalismo, animado pela caridade cristã, será o melhor serviço ao verdadeiro direito humano: o direito à vida.
Quando não puderdes curar, podereis sempre cuidar com gestos e procedimentos que proporcionem amparo e alívio ao doente.

Infelizmente, nalguns contextos de guerra e conflitos violentos, são atacados o pessoal sanitário e as estruturas que se ocupam da recepção e assistência dos doentes.
Nalgumas áreas, o próprio poder político pretende manipular a seu favor a assistência médica, limitando a justa autonomia da profissão sanitária.
Na realidade, atacar aqueles que se dedicam ao serviço dos membros sofredores do corpo social não beneficia a ninguém.

5. Neste XXVIII Dia Mundial do Doente, penso em tantos irmãos e irmãs de todo o mundo sem possibilidades de acesso aos cuidados médicos, porque vivem na pobreza.
Por isso, dirijo-me às instituições sanitárias e aos governos de todos os países do mundo, pedindo-lhes que não sobreponham o aspecto económico ao da justiça social.
Faço votos de que, conciliando os princípios de solidariedade e subsidiaridade, se coopere para que todos tenham acesso a cuidados médicos adequados para salvaguardar e restabelecer a saúde.
De coração agradeço aos voluntários que se colocam ao serviço dos doentes, procurando em não poucos casos suprir carências estruturais e reflectindo, com gestos de ternura e proximidade, a imagem de Cristo Bom Samaritano.

À Virgem Maria, Saúde dos Enfermos, confio todas as pessoas que carregam o fardo da doença, juntamente com os seus familiares, bem como todos os profissionais da saúde.
Com cordial afecto, asseguro a todos a minha proximidade na oração e envio a Bênção Apostólica.

Vaticano, Memória do SS. Nome de Jesus, 3 de Janeiro de 2020.
Franciscus






















Oração

Pai de misericórdia, Senhor do céu e da terra,
revelaste aos pequeninos os mistérios do Reino.
Na doença e no sofrimento,
dá-nos a graça de te saber próximo de cada um de nós,
dá-nos a graça da confiança: não nos
abandonas na nossa fragilidade.
Senhor Jesus que disseste «Vinde a Mim,
todos os que andais cansados e oprimidos,
e Eu vos aliviarei»,
acolhe-nos e fortalece-nos na doença e na dor,
ensina-nos a ser como tu, mansos e
humildes de coração.
Espírito Santo consolador
és o nosso alento na dor e nas aflições.
Conforta os que se sentem tristes
e anima os que se sentem perdidos,
para chegarmos todos à alegria do Céu.
Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe,
acompanha-nos neste nosso peregrinar sobre a terra
agora e na hora da nossa morte.
Ámen.


Fontes: Santa Sé; Comissão Nacional da Pastoral da Saúde


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