Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

domingo, 30 de junho de 2013

Boletim Paroquial nº 56

Semana de 30 de Junho a 7 de Julho 2013
XIII Domingo do Tempo Comum - ANO C


NO CAMINHO DO SENHOR


A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do “Reino”.

A primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que Deus tem para ele.

O Evangelho apresenta o “caminho do discípulo” como um caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e irrevogável ao “Reino”. Sugere, também, que esse “caminho” deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.

A segunda leitura diz ao “discípulo” que o caminho do amor, da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por amor, é nascer para a vida nova da liberdade.


VATICANO: PAPA QUER CRISTÃOS DE AÇÃO E ALEGRES

Francisco alerta para tentação de um «Cristianismo sem Jesus»


Cidade do Vaticano, 27 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu hoje no Vaticano que os cristãos sejam pessoas de “acção”, com alegria, e alertou para a tentação de construir um Cristianismo sem Jesus.

Há a tentação destes cristãos de palavra, de um Cristianismo sem Jesus, um Cristianismo sem Cristo; isso aconteceu e acontece hoje na Igreja: ser cristão sem Cristo”, observou, na homilia da missa a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Segundo o Papa, há pessoas que “se mascaram de cristãos” e falham por serem excessivamente superficiais ou demasiado rígidas na sua vivência de fé, pedindo que os membros da comunidade católica sejam “cristãos de acção, verdadeiramente”.

A homilia abordou, em seguida, a questão dos “cristãos de palavra”, que “gostam de palavras bonitas” ou que “olham para o chão”.

Há esta tentação, hoje: cristãos superficiais, que acreditam em Deus, sim, em Cristo, mas de forma demasiado difusa: não é Jesus Cristo que dá o fundamento. São os gnósticos modernos”, advertiu, falando num Cristianismo “líquido”.

O Papa falou, por outro lado, os que “acreditam que a vida cristã se deve levar tão ao sério que acabam por confundir solidez, firmeza com rigidez”.

Estes pensam que para ser cristão é preciso estar sempre de luto”, lamentou.

Francisco concluiu com um convite a construir a vida cristã sobre Jesus, “a rocha que dá a liberdade”, e que faz avançar “com alegria no seu caminho, nas suas propostas”.


PATRIARCA EMÉRITO DE LISBOA DIZ QUE ESPERANÇA SOBREVIVE ÀS CRISES

D. José Policarpo foi recebido pelo presidente da República antes de se despedir, lembrando «momentos altos» à frente da diocese


Lisboa, 27 jun 2013 (Ecclesia) – O patriarca emérito de Lisboa, D. José Policarpo, disse hoje que a “esperança” sobrevive a todas as crises e elogiou os portugueses, falando com os jornalistas à entrada para um almoço com o presidente da República, em Belém.

A esperança é um valor espiritual, não morre com as crises” e “suscita-se com os momentos difíceis”, disse o cardeal, após uma audiência privada com Aníbal Cavaco Silva.

O responsável defendeu que essa esperança é “absolutamente fundamental” para que “a sociedade possa vencer”, com “serenidade”, os desafios que enfrenta.

Somos (Portugal) um povo ousado que não cruza os braços diante do sofrimento: vamos mais uma vez não cruzar os braços”, convidou.

D. José Policarpo despede-se da Diocese de Lisboa este sábado, numa celebração em que vão ser ordenados novos padres e diáconos, às 10h30, no Mosteiro dos Jerónimos.

O cardeal, de 77 anos, apresentou a sua renúncia ao cargo em 2011, por limite de idade, resignação aceite por Bento XVI e confirmada pelo Papa Francisco, que a 18 de maio nomeou como novo patriarca de Lisboa o até agora bispo do Porto, D. Manuel Clemente.

O antigo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa deixou votos de que “todos tenham a coragem, quando lutam por qualquer coisa, de apresentar ao povo português as soluções que têm na manga”.

O que precisamos é de caminhos, se forem caminhos novos tanto melhor, mas que sejam caminhos objectivos, sólidos no contexto internacional que é cada vez mais complicado”, defendeu D. José Policarpo.

O cardeal classificou como “simpático” o gesto do presidente da República, que o convidou para este encontro, no qual vê também um “reconhecimento” do papel da Igreja Católica na sociedade portuguesa, cuja missão “não se decide na relação com o momento que passa”.

D. José Policarpo, 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997.

A minha preocupação principal não foi de protagonismo pessoal, foi com o ministério que me foi entregue fazer crescer esta Igreja de Lisboa, que é muito bonita. Essa preocupação não a altero neste momento, tenho é de descobrir outra maneira de servir esta Igreja onde – deve ser caso único em Portugal – eu nasci, fui baptizado, descobri a vocação sacerdotal”, declarou.

Sempre vivi aqui, esta Igreja é a minha família”, acrescentou o cardeal.

Como “momentos altos” destes 15 anos, D. José Policarpo destacou, além da realização do encontro inter-religioso da Comunidade de Santo Egídio (2000), o Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que decorreu em cinco sessões entre Viena e Budapeste, com passagem por Lisboa (2005).

Foi uma experiência muito bela, que ainda hoje tem consequências”, assinalou.

As visitas papais de João Paulo II e Bento XVI foram recordadas como “momentos muito fortes”, sublinhando que em relação ao Papa alemão, em 2010, Lisboa ainda “respondeu melhor”.

O Ano da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), convocado por Bento XVI, e o 50.º aniversário da abertura dos trabalhos do Concílio Vaticano II (1962-1965) foram apresentados pelo patriarca emérito como “desafios” para a Igreja.


AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 2 de Julho, às 19:30
Sábado, dia 6 de Julho, às 17:00
Domingo, dia 7 de Julho, às 9:15

ATENDIMENTO
Na próxima terça-feira não há atendimento.

sábado, 29 de junho de 2013

D. JOSÉ POLICARPO DESPEDE-SE APÓS 15 ANOS

Percurso e notas biográficas do cardeal-patriarca


 
 
O patriarca emérito de Lisboa, D. José Policarpo, vai despedir-se hoje da diocese, numa celebração em que vão ser ordenados seis padres, às 10h30, no Mosteiro dos Jerónimos.
 
O cardeal, de 77 anos, apresentou a sua renúncia ao cargo em 2011, por limite de idade, resignação aceite por Bento XVI e confirmada pelo Papa Francisco, que a 18 de maio nomeou como novo patriarca de Lisboa o até então bispo do Porto, D. Manuel Clemente.
 
O 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24 de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era coadjutor desde março de 1997.
 
D. José da Cruz Policarpo nasceu a 26 de fevereiro de 1936 em Alvorninha, Caldas da Rainha, território do Distrito de Leiria e do Patriarcado de Lisboa.
 
Padre desde 15 de agosto de 1961, foi ordenado bispo em 1978 (auxiliar de Lisboa), criado cardeal por João Paulo II em 2001 e participou em dois Conclaves: no de abril de 2005 que elegeu Bento XVI, e no de março deste ano, que acabou com a escolha do Papa Francisco.
 
O patriarca emérito é licenciado em Teologia Dogmática, em 1968, pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, com a tese ‘Teologia das Religiões não cristãs’; posteriormente, defendeu na mesma instituição académica uma tese subordinada ao título "Sinais dos Tempos".
 
Docente da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa desde 1970, na categoria de professor auxiliar (1971), de professor extraordinário (1977) e de professor ordinário (1986), D. José Policarpo foi diretor da Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (1974/1980; 1985/1988), antes de ser nomeado reitor da Universidade Católica Portuguesa para o quadriénio de 1988/1992, por Decreto da Santa Sé, tendo sido reconduzido nessa função por um segundo quadriénio (1992/1996).
 
Após a sua nomeação como patriarca de Lisboa, assumiu o título de magno chanceler da Universidade Católica.
 
D. José Policarpo foi eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) em abril de 1999 e reeleito em 2002 para um novo triénio; voltaria a ocupar o cargo após uma terceira eleição, em maio de 2011.
 
No Vaticano, o patriarca emérito foi membro do Conselho Pontifício da Cultura e desempenha essas funções na Congregação de Educação Cristã e no Conselho Pontifício para os Leigos.
 
Enquanto líder da Diocese de Lisboa, D. José Policarpo apostou na nova evangelização, tendo mesmo dinamizado um congresso internacional (ICNE) com várias outras cidades europeias (Viena, Paris, Bruxelas e Budapeste) que passou pela capital portuguesa em 2005, e na implementação das orientações do Concílio Vaticano II.
 
Lisboa acolheu também o Encontro Europeu de Jovens promovido pela comunidade ecuménica de Taizé, entre os dias 28 de dezembro de 2004 e 1 de janeiro de 2005, reunindo dezenas de milhares de jovens de diferentes nacionalidades e confissões cristãs.
 
A preocupação com a “indiferença” da sociedade face a Deus e os apelos ao diálogo perante o actual momento de crise sócio-económica em Portugal marcaram os últimos anos à frente da CEP e do Patriarcado de Lisboa.
 
Desde 1997, como arcebispo coadjutor e depois como cardeal-patriarca, D. José Policarpo ordenou 92 novos padres para a Igreja, em celebrações de âmbito diocesano, destaca o jornal ‘Voz da Verdade’, do Patriarcado de Lisboa.

Lisboa, 29 jun 2013 (Ecclesia)


Ao programa 70 X 7, D. José Policarpo aborda temas como:
  • Os 50 anos do início do Concílio Vaticano II
  • O Ano da Fé convocado por Bento XVI
  • Projectos de Nova Evangelização
 

 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

RESERVE A NOITE DO PRÓXIMO SÁBADO



É no próximo sábado, dia 29 de junho de 2013, que o Grupo de Jovens JSF do Muro vai realizar um novo evento, desta vez um Festival com Bandas de Garagem.
 
Vai ser no largo da antiga estação da CP, com início pelas 21H00.

O valor da entrada (2€) reverte a favor da peregrinação a Jerusalém que o Grupo de Jovens JSF do Muro vai realizar em 2014.

Apoiemos mais uma iniciativa do Grupo de Jovens da Paróquia!



domingo, 23 de junho de 2013

HOJE, PARA A NOSSA COMUNIDADE PAROQUIAL, FOI DIA DE FESTA - A FESTA DO ENVIO

A Festa do Envio para os catorze adolescentes do 10º ano da catequese.

Como referiram, há 10 anos embarcaram todos nesta aventura da fé; experimentaram a beleza e a crueza deste mar encapelado, como refere Miguel Torga no poema Viagem:

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura,
O que importa é partir, não é chegar.

Para todos, fica a mensagem da catequista Gracinda: não tenhais medo de abraçar esse imenso mar, na certeza de que o que importa é partir, não é chegar; Mesmo que julgueis ir sozinhos, esta barca vos recordará que ireis juntos.

Recordando os 10 anos de catequese em que a fé de cada um foi amadurecendo, perante o Padre Rui e a Comunidade Paroquial, todos manifestaram o compromisso de:
  • Estarem dispostos a guardar a fé que no dia do baptismo a Igreja depôs no coração de cada um mediante o testemunho dos pais e padrinhos;
  • Aceitarem a missão de a comunicar a todos os homens sem distinção, pelo testemunho da vida e pelo fervor da dedicação à Igreja e ao próximo;
  • Quererem receber o Espírito Santo, o dom de Deus, garante da presença do Senhor ressuscitado até ao fim dos tempos, que os há-de guiar em sabedoria e verdade até atingirem a plena liberdade dos filhos de Deus.






 









 

Os nossos agradecimentos ao Carlos Pires pelas óptimas fotografias
 

sábado, 22 de junho de 2013

Boletim Paroquial nº 55

Semana de 23 a 30 de Junho 2013
XII Domingo do Tempo Comum - ANO C


A AFIRMAÇÃO DE PEDRO

A liturgia deste domingo coloca no centro da nossa reflexão a figura de Jesus: quem é Ele e qual o impacto que a sua proposta de vida tem em nós?

A Palavra de Deus que nos é proposta impele-nos a descobrir em Jesus o “messias” de Deus, que realiza a libertação dos homens através do amor e do dom da vida; e convida cada “cristão” à identificação com Cristo – isto é, a “tomar a cruz”, a fazer da própria vida um dom generoso aos outros.

O Evangelho confronta-nos com a pergunta de Jesus:
e vós, quem dizeis que Eu sou?”

Paralelamente, apresenta o caminho messiânico de Jesus, não como um caminho de glória e de triunfos humanos, mas como um caminho de amor e de cruz. “Conhecer Jesus” é aderir a Ele e segui-l’O nesse caminho de entrega, de doação, de amor total.

A primeira leitura apresenta-nos um misterioso profeta “trespassado”, cuja entrega trouxe conversão e purificação para os seus concidadãos. Revela, pois, que o caminho da entrega não é um caminho de fracasso, mas um caminho que gera vida nova para nós e para os outros. João, o autor do Quarto Evangelho, identificará essa misteriosa figura profética com o próprio Cristo.

A segunda leitura reforça a mensagem geral da liturgia deste domingo, insistindo que o cristão deve “revestir-se” de Jesus, renunciar ao egoísmo e ao orgulho e per-correr o caminho do amor e do dom da vida. Esse caminho faz dos crentes uma única família de irmãos, iguais em dignidade e herdeiros da vida em plenitude.

 
VATICANO: CRISTIANISMO É PROPOSTA DE VIDA QUE ULTRAPASSA PRECEITOS, DIZ O PAPA
Francisco pede que os católicos evitem hipocrisia e moralismos


Cidade do Vaticano, 19 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa disse hoje que a proposta cristã é mais do que uma “casuística” de preceitos, pedindo que os católicos evitem a hipocrisia e os moralismos.

Intelectuais sem talento, eticistas sem bondade, portadores de belezas de museu: estes são os hipócritas, que Jesus tanto reprovava”, referiu, na homilia da missa matinal a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.

Francisco sublinhou que estas pessoas levam “o povo de Deus para um beco sem saída” e enchem os outros de “preceitos, mas sem bondade”.

Jesus di-lo: ‘Vós não entrais nem deixais entrar os outros’. São eticistas sem bondade, não sabem o que é a bondade”, precisou.

O Papa falou também de “certos hipócritas, que querem apenas aparecer”, mesmo quando se trata de práticas como o “jejum, oração e esmola, três pilares da piedade cristã, da conversão interior”.

Penso que quando a hipocrisia chega ao ponto da relação com Deus, estamos muito próximos do pecado contra o Espírito Santo. Estes não sabem nada de beleza, de amor, de verdade: são pequenos, vis”, advertiu.

Francisco apontou como caminho para os católicos a “a graça que vem de Jesus Cristo: a graça da alegria, da magnanimidade, da grandeza”.



PORTUGAL/CRISE: PRESIDENTE DA REPÚBLICA PEDE «COMPROMISSO» ENTRE ESTADO E SOCIEDADE CIVIL
«Combate à pobreza não se compadece com protagonismos mediáticos nem com voluntarismos inconsequentes», realçou Cavaco Silva

Lisboa, 18 jun 2013 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa defendeu hoje em Lisboa a necessidade do Estado apostar mais nas potencialidades das instituições sociais, nas redes de empreendedorismo local e na chamada economia social no combate à crise.

No encerramento do seminário 'A Economia Local, o Emprego e o Desenvolvimento Local', promovido pela Cáritas Portuguesa, Aníbal Cavaco Silva admitiu que vários projectos potencialmente geradores de riqueza, de emprego e de inclusão social, ficaram por concretizar no passado devido à “perspectiva centralizadora” da “administração do Estado”.

Para aquele responsável, numa época em que Portugal atravessa “momentos particularmente difíceis”, é “essencial um compromisso que envolva os cidadãos, as empresas, as organizações não-governamentais, as comunidades locais e as autarquias” na definição de soluções.

Estes protagonistas da Economia Social podem dar resposta a carências e alcançar objectivos que o Estado revela dificuldades em suprir e em atingir. Para o efeito só precisam de agir de forma concertada para evitar desperdícios e potenciar as vantagens da proximidade e do seu conhecimento dos laços sociais e de vizinhança”, apontou.

O presidente da República alertou para a importância do Estado, das autarquias, das instituições sociais, das empresas, trabalharem “em conjunto na prossecução de objectivos comuns, sublinhando que “o combate à pobreza não se compadece com protagonismos mediáticos nem com voluntarismos inconsequentes”.

Durante o seminário, que decorreu no auditório do Banco de Portugal, a Cáritas apresentou o estudo “Estratégia para a promoção do emprego e a dinamização do desenvolvimento local, enquanto factor de inclusão social”.

O projecto visou a identificação de alternativas consistentes para a resolução de problemas sociais em cada vez maior número, a apresentação de mecanismos de dinamização de emprego a nível local, a redução da pobreza e a promoção da inclusão social, tendo como base as organizações da sociedade civil.

Depois de ter apresentado o trabalho ao presidente da República e a outros responsáveis políticos e económicos, como o ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, Eugénio Fonseca garante que vai procurar levá-lo a todas as “instâncias que possam dar um contributo para a operacionalização das ideias, sejam elas oficiais ou da sociedade civil”.

No que diz respeito à geração de emprego e ao combate à pobreza, que hoje ameaça mais de dois milhões e meio de portugueses, a Cáritas propõe a aposta em sectores como a agricultura, as profissões tradicionais, a assistência social e a reabilitação urbana e patrimonial.

Segundo o presidente da Cáritas, “não basta, para superar a crise, fixarmo-nos em medidas restritivas, ao mesmo tempo isso pode fazer-se reabilitando áreas produtivas que terão dois objectivos, primeiro manter as forças anímicas das pessoas e por outro lado garantir a criação de autoemprego.

As políticas neste momento têm sido grande parte delas de emergência social, não está mal, mas temos de começar a distinguir a assistência do assistencialismo, evitar que se criem mecanismos que levem as pessoas a se resignarem e a passarem a viver indefinidamente de medidas de protecção social”, conclui.


AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 25 de Junho, às 19:30 – 30º dia António Gonçalves Maia
Sábado, dia 29 de Junho, às 17:00
Domingo, dia 30 de Junho, às 9:15

ATENDIMENTO
Terça-feira das 17:30 às 19:00

INSCRIÇÃO PARA O 1º ANO DE CATEQUESE - 2013/2014
As inscrições para o 1º ano de Catequese continuam nos fins de semana de Junho após as Eucaristias (vespertina e dominical).

25JUN, Terça-feira, às 21H00, na Paróquia de Vilar, Vila do Conde - Encontro para os Ministros da Comunhão.

26JUN, Quarta-feira, às 21H00, no Salão ParoquialReunião do Conselho Pastoral Paroquial.


O Grupo de Jovens JUVENTUDE SEM FRONTEIRAS DO MURO, no próximo dia 29 de Junho pelas 21h no Largo da Estação do Muro, vai realizar um Festival com Bandas de Garagem.

O objectivo deste festival é a angariação de fundos para a nossa Peregrinação a Jerusalém em 2014. A entrada será de 2€. Teremos o gosto de receber a Comunidade para um momento de convívio com a Juventude da nossa terra. Posteriormente pretendemos realizar um conjunto de actividades com vista à participação e colaboração de toda a Comunidade na conquista deste nosso sonho.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

50 ANOS ATRÁS, A ELEIÇÃO DE PAULO VI, UM PONTIFICADO NO SIGNO DO APÓSTOLO DOS GENTIOS




Em 21 de junho de 1963 foi eleito à Cátedra de Pedro o então Cardeal Giovanni Battista Montini, que tomou para si o nome Paulo VI.

Montini, precedentemente Arcebispo de Milão, guiou a Igreja durante 15 anos num período histórico, até 1978, marcado por muitas transformações e tensões sociais, período este vivido por Paulo VI radicando em Cristo todo o seu Magistério.

Era o primeiro dia do verão europeu de 1963. O sol iluminava a Praça São Pedro quando milhares de pessoas acolheram com um longo aplauso, com o anúncio da eleição do novo Papa, o então Arcebispo de Milão, natural de Concesio, província de Brescia (norte da Itália), que escolheu o nome de Paulo VI.

Era um devoto do Apóstolo dos Gentios, em suas anotações o definiu o "primeiro teólogo de Cristo", aquele que "levou o Evangelho ao mundo com critérios de universalidade, protótipo da catolicidade".

Tratava-se de uma escolha que antecipava uma característica de seu Pontificado: a evangelização. De fato, foi o primeiro Papa a pegar um avião; em seus 15 anos de Pontífice visitou todos os 5 continentes.

Oito dias após o início de seu Magistério, na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo (29 de junho), assim falou sobre a missão que o aguardava:

"O Senhor quis colocar (tal peso) sobre meus ombros frágeis, talvez porque eram os mais frágeis e os mais apropriados para mostrar que não é Ele que quer algo de mim. Mas é Ele que quer dar a mim a sua assistência e a sua presença e quer agir em mim – instrumento mais frágil – para mostrar o seu poder, a sua liberdade e a sua bondade."

Durante a mesma celebração Paulo VI ressaltou o afeto e o apego a seus conterrâneos de Concesio, aos fiéis da Arquidiocese de Milão e a todo o povo de Deus ao qual se dirigiu pedindo orações:

"Não sei o que será de mim, mas digo uma coisa: naquele dia – e poderá ser cada dia do meu calendário – eu me encontrarei cansado, oprimido e sentirei ser como Simão frágil e vacilante, capaz de toda infidelidade. Então me lembrarei que vocês me estão próximos com as suas orações e peço que me dêem um presente: o afecto e a oração de vocês."

2013-06-21 Rádio Vaticano

PETIÇÃO EUROPEIA "UM DE NÓS"


 
É uma iniciativa que nasce da sociedade civil empenhada em promover uma cultura de Vida na Europa, pondo cada pessoa e a sua dignidade incomparável no centro dessa cultura.
É promovida por um Comité de Cidadãos composto por pessoas de Portugal, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido, Hungria, Polónia e muitos mais países, tendo apoio de diversas personalidades e organizações nos 27 Estados Membros da UE.
Em Portugal a Federação Portuguesa pela Vida é membro fundador do Comité de Cidadãos e promove a Iniciativa e a recolha de assinaturas.

A Iniciativa “Um de nós” (“One of us”) procura recolher um milhão de assinaturas (16.500 é o objectivo para Portugal), para pedir à UE que estabeleça formas de controlo dos fundos públicos que impeçam experiências médicas que impliquem a destruição de embriões e que protejam o embrião nas áreas da saúde pública, da educação, da propriedade intelectual, e do financiamento da investigação e a cooperação para o desenvolvimento.

O agora Papa Emérito Bento XVI, no Angelus, a 3 de Fevereiro, afirmou:
"Saúdo o movimento pela vida e desejo sucesso à iniciativa designada ‘Um de nós’, para que a Europa seja sempre lugar onde cada ser humano seja respeitado na sua dignidade”.

O Papa Francisco, no dia 12 de Maio, no Vaticano, disse:
Tenho o prazer de recordar a recolha de assinaturas que está sendo realizada em muitas paróquias a fim de apoiar a iniciativa europeia “Um de Nós”, para garantir a protecção legal ao embrião, tutelando todos os seres humanos a partir do primeiro momento de sua existência”.
 
A Conferência Episcopal Portuguesa, conforme comunicado final de 19 de junho de 2013, dá o seu claro apoio a esta iniciativa e exorta o povo cristão e todas as pessoas de boa vontade a dar o seu nome a esta campanha tão positiva e fácil de concretizar.
Como refere, trata-se de uma iniciativa da sociedade civil, em todos os países da União Europeia, pela promoção e defesa da vida e sua dignidade, em todos as fases e situações.
Declarou a sua adesão ao Dia Nacional de recolha de assinaturas, que terá lugar a 6 de outubro, incluído na respectiva semana, podendo entretanto cada um oferecer já a sua assinatura a esta campanha, pequeno mas importante gesto em favor da grande causa da vida.
 
Para aderir à Iniciativa, as assinaturas podem ser recolhidas em papel ou online.



VÍDEO DE APRESENTAÇÃO





Pode ver toda a informação (o que é, quem, como) em:
 

Ou entrar directamente, para assinar a petição, em:
 


Pode ainda obter mais informações em:
 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA - COMUNICADO FINAL DA ASSEMBLEIA PLENÁRIA EXTRAORDINÁRIA




1. Os Bispos portugueses estiveram reunidos, de 17 a 19 de junho de 2013, na Casa de Nossa Senhora das Dores, do Santuário de Fátima, para participar nas «Jornadas Pastorais do Episcopado». Este ano tiveram por tema: «A organização da sociedade à luz da doutrina social da Igreja». Participaram também juntamente os Vigários Gerais de cada uma das dioceses de Portugal. Proferiram comunicações os Profs./Drs. Manuel Braga da Cruz, João Carlos Espada, Hugo Chelo, Rui Ramos, Jaime Gama, António Barreto, Mário Pinto, João Salgueiro e Acácio Catarino. As comunicações foram muito apreciadas e constituíram um forte estímulo para valorizarmos na nossa vida pastoral a riqueza da doutrina social da Igreja, apreciada mesmo por pessoas que estão para além das fronteiras eclesiais e de tanta utilidade prática sobretudo nestes tempos de crise. O Bispo italiano D. Mario Toso, Secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz, e o Cardeal D. José Policarpo, até há pouco Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal, completaram as magistrais lições destes dias.

2. Na tarde do dia 19 de junho realizou-se uma Assembleia Plenária Extraordinária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), no mesmo local em Fátima. Particular motivo da sua convocação era tomar oportunas decisões sobre a Presidência da CEP, dada a aceitação pelo Santo Padre Francisco do pedido de resignação de D. José Policarpo e da consequente nomeação do novo Patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.

A Assembleia decidiu eleger um novo Presidente que presida aos destinos da Conferência até às próximas eleições, previstas para os finais do mês de abril de 2014. Feita a votação, foi eleito Presidente da Conferência D. Manuel Clemente. Passou se em seguida à eleição do novo Vice Presidente, tendo sido eleito D. António Marto, Bispo de Leiria Fátima. Faltando um Bispo, para completar o número de sete membros do Conselho Permanente, foi eleito D. António Couto, Bispo de Lamego.

3. Voto de congratulação pelo serviço prestado à CEP por D. José da Cruz Policarpo. A Assembleia aprovou, por unanimidade, o seguinte voto de congratulação: «A Conferência Episcopal Portuguesa teve como seu Presidente, em três mandatos, D. José Policarpo. Somos grandemente devedores à sua inteligência esclarecida e ao seu coração solícito, à sua capacidade de planear, de intervir e de concretizar iniciativas e programas. Na conclusão da sua missão como Patriarca de Lisboa e Presidente da Conferência Episcopal, os Bispos de Portugal louvam a Deus e agradecem de coração por todo o bem feito à Igreja em Portugal, na fidelidade a Cristo e ao serviço de todos».

4. Eleição do Director do Secretariado Geral do Episcopado. Tendo o P. Manuel Joaquim Gomes Barbosa, SCJ, neste mês de junho, concluído o seu mandato como Director do Secretariado Geral do Episcopado, a Assembleia elegeu o, por unanimidade, para a mesma missão no próximo triénio 2013 2016.

5. Campanha de recolha de assinaturas «Um de Nós». Trata se de uma iniciativa da sociedade civil, em todos os países da União Europeia, pela promoção e defesa da vida e sua dignidade, em todos as fases e situações. Tem o explícito apoio do Papa Francisco e da Santa Sé, tendo diversas Conferências Episcopais dado o seu apoio, inclusive promovendo uma semana de recolha de assinaturas. A Conferência Episcopal Portuguesa dá o seu claro apoio a esta iniciativa, exortando o povo cristão e todas as pessoas de boa vontade a dar o seu nome a campanha tão positiva e fácil de concretizar. Assim declara a sua adesão ao Dia Nacional de recolha de assinaturas, que terá lugar a 6 de outubro, incluído na respectiva semana, podendo entretanto cada um oferecer já a sua assinatura a esta campanha, pequeno mas importante gesto em favor da grande causa da vida.

Fátima, 19 de junho de 2013


(Agência Ecclesia)

terça-feira, 18 de junho de 2013

D. MANUEL CLEMENTE - UM PERCURSO HISTÓRICO-RELIGIOSO


(Tópicos da “última aula” na Universidade Católica Portuguesa, Porto, 11 de junho de 2013)




1) Quando frequentava o curso de História da Faculdade de Letras de Lisboa (1968-1973), participava intensamente na vida eclesial da altura, em especial no Escutismo e na paróquia. Vivendo o pós-Concílio, era grande o sentimento de que o catolicismo de João XXIII e Paulo VI coincidia com a expectativa humana mais essencial, para os crentes e para todos os homens de boa vontade. E digo “mais essencial”, porque me parecia que algumas propostas que convenciam outros, não ultrapassavam o plano político e social mais imediato, quanto a mim insuficiente para corresponder ao drama humano, de qualquer tempo e circunstância. Posso acrescentar que foi este tipo de sentimento e convicção que me levou depois a ingressar no Seminário dos Olivais.

2) Mas era essa mesma participação eclesial e a convicção que a acompanhava que me faziam estranhar a ausência do factor católico na generalidade das matérias históricas que me eram ministradas, sobretudo na época moderna e contemporânea. Por um lado, a ausência temática e, por outro, clara ou em surdina, a herança da crítica oitocentista, na esteira das Causas da decadência dos povos peninsulares, como as apresentara Antero.

Como se fosse incontestável uma síntese deste género:
a) O catolicismo confundira-se com o Antigo Regime e até com alguns dos seus aspectos menos aceitáveis;
b) Foi por isso cultural e institucionalmente combatido pelo liberalismo e pelo republicanismo, aos quais se opôs em permanente reacção, enquistando-se no seu núcleo clerical e rural, perdendo sucessivamente a generalidade da burguesia e do operariado, isto é, os sectores progressivos da sociedade;
c) Seria assim inelutável a secundarização e finalmente a superação do catolicismo como realidade consistente da vida nacional e internacional.

3) Este tipo de reflexões e a sua contradita pela vivência católica que mantinha, agora no Seminário e na Faculdade de Teologia, levaram-me a privilegiar a História da Igreja como campo de estudo, que, ainda discente, me fez também docente. De facto, o Professor António Montes Moreira – que me orientaria depois no doutoramento e foi bispo de Bragança-Miranda – confiou-me os temas portugueses da História da Igreja que nos leccionava, abrindo-me assim a carreira docente que hoje se encerra, quatro décadas depois. Também o ambiente cultural desses anos pedia apresentações mais sólidas da História da Igreja, para melhor nos compreendermos, crentes e não-crentes, do passado para o futuro. Foi em resposta ao pedido dos “professores de moral” que elaborei uma série de fichas temáticas com o título de A Igreja no tempo, cuja primeira edição é ainda dos anos setenta. Ao mesmo tempo que lecionava na Faculdade de Teologia, dava pequenos cursos sistemáticos de História da Igreja, especialmente a catequistas e formadores da fé, além de outras intervenções dispersas.

4) Para mim, porém, a questão maior persistia: - Fora puramente reactiva a atitude cultural e prática do catolicismo nacional e internacional desde o surto do liberalismo? Porém e assim sendo, como se podiam compreender, não só a sua capacidade de resistir a tantos e tão drásticos desafios, mas também a potencialidade que mantinha para se recompor e mesmo para converter religiosamente e entusiasmar militantemente um número considerável de pessoas e em gerações sucessivas? A esta questão responderam-me alguns trabalhos então aparecidos sobre o catolicismo português dos séculos XIX e XX, designadamente de Pinharanda Gomes e Manuel Braga da Cruz. Neles via desfilar nomes, famílias e iniciativas que, desde os anos trinta do século XIX, se tinham de algum modo interligado – ainda que não univocamente – naquilo a que já nesse século se chamara o “movimento católico”. O termo não é exclusivo de Portugal, mas aplica-se a tudo quanto tentou relançar o catolicismo no quadro político-cultural do liberalismo, incluindo alguns dos seus aspectos vivenciais (protagonismo individual, liberdade associativa, etc.) e projectando o Evangelho numa sociedade crescentemente plural.

5) Foi assim que, enquanto na leccionação de História da Igreja Contemporânea dei redobrada atenção a esta temática - seguindo, por exemplo, os debates internos do catolicismo oitocentista, sobretudo latino, em torno de católicos liberais e legitimistas -, na investigação pessoal e nalguns seminários comecei a acompanhar figuras e iniciativas que a pontualizaram entre nós e procuraram reafirmar a virtualidade católica para um Portugal “regenerado” ou “moderno”. Coincidi aqui com idênticas preocupações de outros investigadores, provindos também da Faculdade de Letras de Lisboa, como António Matos Ferreira e Paulo Fontes, que, com outros estudiosos, relançaram nos anos oitenta o Centro de Estudos de História Religiosa (antes Eclesiástica) e a revista Lusitania Sacra.

6) Os estudos que dediquei ao Movimento Católico em Portugal foram depois reunidos (já em 2002) na colectânea intitulada Igreja e sociedade portuguesa do liberalismo à república (reeditada com mais alguns textos em 2012). A tese de doutoramento, em 1992, estudou a primeira tentativa de organização geral desse mesmo “movimento”, protagonizada em 1843 e seguintes pela Sociedade Católica Promotora da Moral Evangélica na Monarquia Portuguesa, tão ambiciosa no desígnio e na teorização dum apostolado com forte participação laical, como efémera na duração e escassa nos resultados imediatos. Fosse como fosse, permitiu-me a seguinte conclusão: «O essencial estava apurado: a partir de 1843, houve sempre no catolicismo português quem compreendesse que a um mundo que se autonomizava em relação à Igreja tinha de responder uma reevangelização autonomizada em relação às opções políticas particulares; e que os meios laicizados requeriam uma militância mais repartida pelo conjunto dos crentes». Da investigação dedicada à temática da recomposição do catolicismo português durante o liberalismo, deixei uma resenha no capítulo que lhe dediquei no terceiro volume da História Religiosa de Portugal (Círculo de Leitores, 2002), com o título A vitalidade religiosa do catolicismo português do liberalismo à república.

7) Foi essencialmente assim o meu percurso docente na Universidade Católica Portuguesa, ainda que diversificado noutras temáticas que abrangeram várias matérias e a História da Igreja no seu conjunto, como o curso de História da Igreja em Portugal que ministrei no Porto de 2007 até agora. Mas o que mais sublinho, pessoalmente falando, é o facto deste percurso docente se entrelaçar com a preocupação profunda de compreender o catolicismo português contemporâneo, para o poder protagonizar adequadamente no serviço eclesial que me tem sido cometido. Ou seja, estudo para agir, numa acção que sempre me exige estudo. Ou ainda, a realidade da Igreja e do mundo pedem-me respeito pela respectiva verdade e exigem-me verdade na resposta que lhes dê. Foi precisamente neste ponto que quarenta anos de discência e docência na Universidade Católica Portuguesa me proporcionaram, entre professores e alunos, um campo permanente de pesquisa e resposta, de didáctica exigente e convivência estimulante. É por isso também que este momento se exprime num profundo e imenso “muito obrigado” a todos vós.

Manuel Clemente

sábado, 15 de junho de 2013

Boletim Paroquial nº 54

Semana de 16 a 23 de Junho 2013
XI Domingo do Tempo Comum - ANO C


A GRAÇA DO PERDÃO

A liturgia deste domingo apresenta-nos um Deus de bondade e de misericórdia, que detesta o pecado, mas ama o pecador; por isso, Ele multiplica "a fundo perdido" a oferta da salvação. Da descoberta de um Deus assim, brota o amor e a vontade de vivermos uma vida nova, integrados na sua família.

A primeira leitura apresenta-nos, através da história do pecador David, um Deus que não pactua com o pecado; mas que também não abandona esse pecador que reconhece a sua falta e aceita o dom da misericórdia.

Na segunda leitura, Paulo garante-nos que a salvação é um dom gratuito que Deus oferece, não uma conquista humana. Para ter acesso a esse dom, não é fundamental cumprir ritos e viver na observância escrupulosa das leis; mas é preciso aderir a Jesus e identificar-se com o Cristo do amor e da entrega: é isso que conduz à vida plena.

O Evangelho coloca diante dos nossos olhos a figura de uma "mulher da cidade que era pecadora" e que vem chorar aos pés de Jesus. Lucas dá a entender que o amor da mulher resulta de haver experimentado a misericórdia de Deus. O dom gratuito do perdão gera amor e vida nova. Deus sabe isso; é por isso que age assim.


COM O BAPTISMO E A COMUNHÃO PODEMOS SER INSTRUMENTOS DE MISERICÓRDIA” Papa Francisco

Cidade do Vaticano, 11 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa apelou hoje à integração das pessoas com deficiência na sociedade, numa audiomensagem à União Italiana de Cegos e Deficientes Visuais divulgada pelo Vaticano.

Difundi sempre a cultura do encontro, da solidariedade, do acolhimento para com as pessoas com deficiência, não só pedindo as providências justas mas também favorecendo a sua participação activa na vida da sociedade”, referiu Francisco.

A mensagem foi dirigida, em particular, a um grupo de 75 invisuais, na sua maior parte idosos, reunidos na região italiana da Toscânia.

No vosso espírito esteja sempre a luz de Deus”, pede o Papa, que agradece o afecto e a oração destas pessoas.

Francisco recorda que Jesus deu uma “atenção particular” aos cegos e que as curas relatadas pelos Evangelhos tinham um significado simbólico, representando “o dom da fé”.

Todos temos necessidade da luz da fé para caminhar na estrada da vida”, precisa.

Em conclusão, o Papa deixa votos de que no coração de cada uma destas pessoas esteja a “luz de Deus, a luz do amor” que dá sentido a vida e torna cada um disponível para os irmãos.

Francisco deixou ainda uma nova mensagem na sua conta da rede social Twitter, com quase 7 milhões de seguidores: “Não devemos ter medo da solidariedade, de saber colocar o que somos e temos à disposição de Deus”.



A QUEM MUITO AMA... DEUS TUDO PERDOA


«Simão, fariseu e rico "importante" da cidade, organiza em sua casa um banquete em honra de Jesus. Inesperadamente, do fundo da sala entra uma hóspede não convidada nem prevista: uma mulher prostituta. Compreensível o embaraço dos presentes, do qual contudo a mulher não se preocupa.

Ela avança e, de modo bastante furtivo, pára aos pés de Jesus. Chegaram aos seus ouvidos as suas palavras de perdão e de esperança para todos, também as prostitutas; está comovida e está ali em silêncio. Molha com as lágrimas os pés de Jesus, enxuga-os com os cabelos, beija-os e unge-os com um perfume suave.

Fazendo assim a pecadora pretende expressar o afecto e o reconhecimento que sente pelo Senhor com gestos que lhe são familiares, mesmo se socialmente censurados.

Deve reconhecer-se que esta mulher tinha ousado muito. O seu modo de se colocar diante de Jesus, era feito para escandalizar aqueles que viam as pessoas da sua condição com o olhar impiedoso de juiz.

Perante o embaraço geral, é precisamente Jesus quem enfrenta a situação:

"Simão, tenho uma coisa para te dizer". "Diz, Mestre", responde o dono de casa.

Conhecemos todos a resposta que Jesus dá com uma parábola que poderíamos resumir com as seguintes palavras que o Senhor substancialmente diz a Simão: "Vês? Esta mulher sabe que é pecadora e, movida pelo amor, pede compreensão e perdão. Tu, ao contrário, supões que és justo e talvez estejas convencido de que não tens nada de grave para te ser perdoado". Impressiona a ternura com que Jesus trata esta mulher, por muitos explorada e por todos julgada. Finalmente encontrou em Jesus um olhar puro, um coração capaz de amar sem explorar.

No olhar e no coração de Jesus ela recebe a revelação de Deus - Amor!

É eloquente a mensagem que transparece do trecho evangélico: a quem muito ama, Deus tudo perdoa. Quem confia em si mesmo e nos próprios sentimentos está como que cego pelo seu eu e o seu coração endurece-se no pecado. Ao contrário, quem se reconhece frágil e pecador confia em Deus e d'Ele obtém graça e perdão. Evitando equívocos, deve-se observar que a misericórdia de Jesus não se expressa pondo entre parêntesis a lei moral. Para Jesus, o bem é bem, o mal é mal. A misericórdia não muda os aspectos do pecado, mas queima-os num fogo de amor. À pecadora do Evangelho muito é perdoado, porque muito amou. Em Jesus Deus vem dar-nos o amor e pedir-nos o amor».

Bento XVI



AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 18 de Junho, às 19:30
Sábado, dia 22 de Junho, às 17:00 – 30º dia Maria da Costa Moreira Gomes
                                                                 - 30º dia Maria Guilhermina da Silva Costa Moreira

Domingo, dia 23 de Junho, às 9:15

ATENDIMENTO
Terça-feira das 17:30 às 19:00

INSCRIÇÃO PARA O 1º ANO DE CATEQUESE - 2013/2014

As inscrições para o 1º ano de Catequese continuam nos fins de semana de Junho após as Eucaristias (vespertina e dominical).

21JUN, Sexta-feira, às 21H00, no Salão Paroquial - Reunião com os pais das crianças da Profissão de Fé (6º ano).

26JUN, Quarta-feira, às 21H00, no Salão ParoquialReunião do CPP para apresentar contributos para a elaboração do Relatório do Ano Pastoral 2012/2013.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

PROCISSÃO DE VELAS NO ENCERRAMENTO DO MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA, NO LUGAR DE VILARES


Este ano as cerimónias de encerramento do mês de Maria ficaram a cargo do lugar de Vilares.

Foi no passado dia 30 de Maio, pelas 21H00, que se iniciou a procissão do andor com a imagem de Nª Senhora de Fátima da Igreja matriz a percorrer o lugar.

Começou no início da Rua Central de Vilares, seguiu pela Rua das Fontes, continuou pela Rua do Alto de Vilares e voltou à Rua Central de Vilares até ao nicho de Nª Senhora de Fátima.

Aí, no largo da bifurcação da rua Central de Vilares e da rua das Fontes, teve início, cerca das 22H00, a Celebração Eucarística que terminou pelas 23H15.

O bairrismo dos paroquianos do lugar, como era de esperar, esteve patente no esmero colocado na realização do evento.

A feitura dos tapetes de flores que embelezaram as ruas, as velas que delimitaram as mesmas, a preparação do local onde foi realizada a Eucaristia (com a preciosa ajuda do Conselho Económico Paroquial), demonstraram a coesão dos habitantes do lugar.

Esteve também presente a vivência multigeracional, uma vez que estiveram graúdos e miúdos; filhos, pais e avós.

Estão de parabéns todos os que colaboraram na organização da procissão.

Estão também de parabéns todos os habitantes de Vilares e de uma maneira geral todos os paroquianos do Muro que se fizeram representar nas cerimónias.

Dessa forma honraram e veneraram a nossa Mãe Espiritual.


António Ferreira