XIII Domingo do Tempo Comum - ANO C
NO
CAMINHO DO SENHOR
A liturgia de hoje sugere que Deus conta connosco para intervir no mundo, para transformar e salvar o mundo; e convida-nos a responder a esse chamamento com disponibilidade e com radicalidade, no dom total de nós mesmos às exigências do “Reino”.
A
primeira leitura apresenta-nos um Deus que, para actuar no
mundo e na história, pede a ajuda dos homens; Eliseu (discípulo de
Elias) é o homem que escuta o chamamento de Deus, corta radicalmente
com o passado e parte generosamente ao encontro dos projectos que
Deus tem para ele.
O
Evangelho apresenta o “caminho do discípulo” como um
caminho de exigência, de radicalidade, de entrega total e
irrevogável ao “Reino”. Sugere, também, que esse “caminho”
deve ser percorrido no amor e na entrega, mas sem fanatismos nem
fundamentalismos, no respeito absoluto pelas opções dos outros.
A
segunda leitura diz ao “discípulo” que o caminho do amor,
da entrega, do dom da vida, é um caminho de libertação. Responder
ao chamamento de Cristo, identificar-se com Ele e aceitar dar-se por
amor, é nascer para a vida nova da liberdade.
VATICANO:
PAPA QUER CRISTÃOS DE AÇÃO E ALEGRES
Francisco
alerta para tentação de um «Cristianismo sem Jesus»
Cidade
do Vaticano, 27 jun 2013 (Ecclesia) – O Papa Francisco pediu hoje
no Vaticano que os cristãos sejam pessoas de “acção”,
com alegria, e alertou para a tentação de construir um Cristianismo
sem Jesus.
“Há
a tentação destes cristãos de palavra, de um Cristianismo sem
Jesus, um Cristianismo sem Cristo; isso aconteceu e acontece hoje na
Igreja: ser cristão sem Cristo”, observou, na homilia da missa
a que presidiu na capela da Casa de Santa Marta.
Segundo
o Papa, há pessoas que “se mascaram de cristãos” e
falham por serem excessivamente superficiais ou demasiado rígidas na
sua vivência de fé, pedindo que os membros da comunidade católica
sejam “cristãos de acção, verdadeiramente”.
A
homilia abordou, em seguida, a questão dos “cristãos de
palavra”, que “gostam de palavras bonitas” ou que
“olham para o chão”.
“Há
esta tentação, hoje: cristãos superficiais, que acreditam em Deus,
sim, em Cristo, mas de forma demasiado difusa: não é Jesus Cristo
que dá o fundamento. São os gnósticos modernos”, advertiu,
falando num Cristianismo “líquido”.
O Papa
falou, por outro lado, os que “acreditam que a vida cristã se
deve levar tão ao sério que acabam por confundir solidez, firmeza
com rigidez”.
“Estes
pensam que para ser cristão é preciso estar sempre de luto”,
lamentou.
Francisco
concluiu com um convite a construir a vida cristã sobre Jesus, “a
rocha que dá a liberdade”, e que faz avançar “com
alegria no seu caminho, nas suas propostas”.
PATRIARCA
EMÉRITO DE LISBOA DIZ QUE ESPERANÇA SOBREVIVE ÀS CRISES
D.
José Policarpo foi recebido pelo presidente da República antes de
se despedir, lembrando «momentos altos» à frente da diocese
Lisboa,
27 jun 2013 (Ecclesia) – O patriarca emérito de Lisboa, D. José
Policarpo, disse hoje que a “esperança” sobrevive a todas as
crises e elogiou os portugueses, falando com os jornalistas à
entrada para um almoço com o presidente da República, em Belém.
“A
esperança é um valor espiritual, não morre com as crises” e
“suscita-se com os momentos difíceis”, disse o cardeal, após
uma audiência privada com Aníbal Cavaco Silva.
O
responsável defendeu que essa esperança é “absolutamente
fundamental” para que “a sociedade possa vencer”, com
“serenidade”, os desafios que enfrenta.
“Somos
(Portugal) um povo ousado que não cruza os braços diante do
sofrimento: vamos mais uma vez não cruzar os braços”, convidou.
D.
José Policarpo despede-se da Diocese de Lisboa este sábado, numa
celebração em que vão ser ordenados novos padres e diáconos, às
10h30, no Mosteiro dos Jerónimos.
O
cardeal, de 77 anos, apresentou a sua renúncia ao cargo em 2011, por
limite de idade, resignação aceite por Bento XVI e confirmada pelo
Papa Francisco, que a 18 de maio nomeou como novo patriarca de Lisboa
o até agora bispo do Porto, D. Manuel Clemente.
O
antigo presidente da Conferência Episcopal Portuguesa deixou votos
de que “todos tenham a coragem, quando lutam por qualquer coisa, de
apresentar ao povo português as soluções que têm na manga”.
“O
que precisamos é de caminhos, se forem caminhos novos tanto melhor,
mas que sejam caminhos objectivos, sólidos no contexto internacional
que é cada vez mais complicado”, defendeu D. José Policarpo.
O
cardeal classificou como “simpático” o gesto do presidente da
República, que o convidou para este encontro, no qual vê também um
“reconhecimento” do papel da Igreja Católica na sociedade
portuguesa, cuja missão “não se decide na relação com o momento
que passa”.
D.
José Policarpo, 16.º patriarca de Lisboa assumiu esta missão a 24
de março de 1998, após a morte de D. António Ribeiro, de quem era
coadjutor desde março de 1997.
“A
minha preocupação principal não foi de protagonismo pessoal, foi
com o ministério que me foi entregue fazer crescer esta Igreja de
Lisboa, que é muito bonita. Essa preocupação não a altero neste
momento, tenho é de descobrir outra maneira de servir esta Igreja
onde – deve ser caso único em Portugal – eu nasci, fui baptizado,
descobri a vocação sacerdotal”, declarou.
“Sempre
vivi aqui, esta Igreja é a minha família”, acrescentou o cardeal.
Como
“momentos altos” destes 15 anos, D. José Policarpo destacou,
além da realização do encontro inter-religioso da Comunidade de
Santo Egídio (2000), o Congresso Internacional para a Nova
Evangelização, que decorreu em cinco sessões entre Viena e
Budapeste, com passagem por Lisboa (2005).
“Foi
uma experiência muito bela, que ainda hoje tem consequências”,
assinalou.
As
visitas papais de João Paulo II e Bento XVI foram recordadas como
“momentos muito fortes”, sublinhando que em relação ao Papa
alemão, em 2010, Lisboa ainda “respondeu melhor”.
O Ano
da Fé (outubro de 2012-novembro de 2013), convocado por Bento XVI, e
o 50.º aniversário da abertura dos trabalhos do Concílio Vaticano
II (1962-1965) foram apresentados pelo patriarca emérito como
“desafios” para a Igreja.
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HORÁRIOS
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