Participaram
também a Presidente e o Vice-Presidente da Conferência dos
Institutos Religiosos de Portugal.
Para além da abordagem de outros temas, como a resposta ao questionário do «Documento Preparatório» da III Assembleia Geral extraordinária do Sínodo dos Bispos, a Assembleia aprovou uma Mensagem sobre os «DESAFIOS ÉTICOS DO TRABALHO HUMANO» e a Carta Pastoral «A PROPÓSITO DA IDEOLOGIA DO GÉNERO».
Como
é referido no Comunicado Final da Assembleia Plenária da
Conferência Episcopal Portuguesa, em particular na Mensagem sobre os
«Desafios éticos do trabalho humano», destacamos:
Um
dos mais graves problemas da actual crise por que passa o nosso País
diz respeito ao mundo do trabalho.
Trabalho
que, sendo um dever, é também um direito a ser exercido em
condições dignas da pessoa humana.
Entre
as situações mais graves estão os que, não tendo trabalho, se
encontram sem acesso a qualquer forma de subsídio, correndo os
riscos da luta pela subsistência.
São
de evitar as políticas de criação de emprego pelo corte dos justos
direitos dos trabalhadores.
Os
Bispos mostram a sua solidariedade efectiva com os que estão a
passar mal, sobretudo como consequência do desemprego, e testemunham
o seu agradecimento aos que lutam para não fechar as portas das suas
empresas e aos criadores de emprego.
Relativamente
à Carta Pastoral «A propósito da ideologia do género»:
Aqui
se aborda o tema actual da ideologia do género, que pretende
provocar uma revolução antropológica, secundarizando a identidade
sexual como condição natural e biológica que nos faz ser mulheres
ou homens, dando a primazia à construção de uma identidade, que
cada um cria para si mesmo, independentemente do sexo com que nasceu
e cresceu.
Assim
ficaria aberta a porta para a legitimação das uniões homossexuais
e para o aparecimento de diversas alternativas à família de sempre,
já não constituída por uma mãe, um pai e filhos, com raízes na
sexualidade, matriz da nossa identidade.
São
estes os principais campos em que se tem feito notar a ideologia do
género, provocando uma ruptura civilizacional:
–
promoção de alternativas à
linguagem comum: em vez de sexo (algo de básico, identificador da
pessoa) fala-se em género (construção cultural e psicológica de
uma identidade); em vez de igualdade entre homem e mulher, referem a
igualdade de género; a família é substituída por famílias;
–
redefinição do casamento,
podendo ser entre pessoas do mesmo sexo, com a respectiva legalização
da adopção de filhos por casais homossexuais e o recurso de pessoas
sós à procriação artificial;
–
doutrinação da ideologia do
género através do ensino. Importa ter presente o primado do direito
dos pais e mães quanto à educação dos seus filhos, que não
pertence ao Estado, como recorda a Constituição Portuguesa: «O
Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a
cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas,
políticas, ideológicas ou religiosas» (art. 43º, n. 2).
É
recordado que as alterações legislativas introduzidas no nosso
sistema jurídico, reflexo da ideologia do género, não são
irreversíveis.
Todo
o documento é uma afirmação de princípios sobre a verdade do amor
humano.
Alertando para os perigos da ideologia do género e inspirada
pela visão cristã da sexualidade, esta carta pastoral recorda
princípios baseados no realismo inalienável da nossa matriz
antropológica, como homens e mulheres.
Os
textos da 183.ª Assembleia Plenária da Conferência
Episcopal Portuguesa realizada em Fátima de 11-14 de Novembro de
2013, podem ser vistos em:
Fonte:
Documentos da CEP publicados pela Agência Ecclesia
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