Credo
Niceno-Constantinopolitano
Creio
em um só Deus, Pai todo-poderoso
Criador
do Céu e da Terra,
de
todas as coisas visíveis e invisíveis.
Creio
em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho
Unigénito de Deus,
nascido
do Pai antes de todos os séculos:
Deus
de Deus, luz da luz,
Deus
verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado,
não criado, consubstancial ao Pai.
Por
Ele todas as coisas foram feitas.
E
por nós homens e para nossa salvação
desceu
dos Céus.
E
encarnou pelo Espírito Santo,
no
seio da Virgem Maria,
e
se fez homem.
Também
por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu
e foi sepultado.
Ressuscitou
ao terceiro dia,
conforme
as Escrituras;
e
subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De
novo há-de vir em sua glória
para
julgar os vivos e os mortos;
e
o seu Reino não terá fim.
Creio
no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e
procede do Pai e do Filho;
e
com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos
profetas.
Creio
na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo
um só Baptismo para a remissão dos pecados.
E
espero a ressurreição dos mortos
e
a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
O
Credo como recitamos na Eucaristia começou por ser O
Símbolo Niceno porque ratificado no Concílio
I de Niceia - o primeiro Concílio Ecuménico
(universal), pelos cerca de trezentos Bispos Padres Conciliares,
excepto dois, no dia 19 de Junho do ano 325.
A
realização do Concílio I de Niceia, de 20 de Maio a 25 de Julho do
ano 325, foi possível porque tinha terminado a última grande
perseguição aos cristãos no tempo do Império Romano, nos anos de
244 a 311, decretada pelo Imperador Diocleciano.
Constantino,
o Imperador à data do Concílio, após ter conseguido a reunificação
do Império no ano 324, facilitou a participação dos bispos ao
ponto de lhes oferecer hospitalidade em Niceia da Bitínia.
Uma
intervenção de Eusébio de Nicomédia afirmando que Jesus Cristo
não era mais que uma criatura e que não era de natureza divina,
levou os Padres Conciliares a redigir um símbolo de fé,
com base no
credo baptismal da igreja de Cesareia, que reflectisse a
confissão genuína da fé recebida e admitida pelos cristãos desde
as origens.
Mais
tarde, no ano 381, no segundo Concílio Ecuménico - o I
Concílio de Constantinopla, O Símbolo Niceno
veio a ser complementado, daí a designação de CREDO
NICENO-CONSTANTINOPLOLITANO
- uma
fórmula de fé, que está em vigor na Igreja há dezasseis séculos.
O
Papa João Paulo II, inicia assim a sua Carta Apostólica de
25 de Março de 1981:
LEVA-ME
a escrever-vos esta Carta, que é ao mesmo tempo uma reflexão
teológica e um convite pastoral que me nasce do mais íntimo do
coração, antes de mais nada, a ocorrência do XVI Centenário do
primeiro Concílio de Constantinopla, celebrado precisamente no ano
de 381.
Este
Concílio, como pus em realce já, logo ao alvorecer do corrente ano,
falando na Basílica de São Pedro, « depois do Concílio de Niceia,
foi o segundo Concílio Ecuménico da Igreja... ao qual ficámos a
dever o "Credo" que constantemente é recitado na Liturgia.
E
uma herança particular de tal Concílio é a doutrina sobre o
Espírito Santo, que é proclamada na liturgia latina nestes termos:
"Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida... e com o Pai
e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas "
»
Para
além do Credo Niceno-Constantinopolitano, fruto dos primeiros dois
Concílios Ecuménicos e ainda hoje comum a todas as grandes Igrejas
do Oriente e do Ocidente, existe o Símbolo
dos Apóstolos, que é o antigo Símbolo baptismal
da Igreja de Roma.
Credo
Símbolo
dos Apóstolos
Creio
em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra
E
em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor
que
foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu
da Virgem Maria;
padeceu
sob Pôncio Pilatos,
foi
crucificado, morto e sepultado;
desceu
à mansão dos mortos;
ressuscitou
ao terceiro dia;
subiu
aos Céus;
está
sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de
onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.
Creio
no Espírito Santo;
na
santa Igreja Católica;
na
comunhão dos Santos;
na
remissão dos pecados;
na
ressurreição da carne;
e
na vida eterna.
Amen
Fontes:
Pe. Francisco Varo Pineda, Professor de Antigo Testamento na
Universidade de Navarra; Santa Sé; Catecismo
da Igreja Católica.
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