Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

CREDO, A ORAÇÃO DIÁRIA DO ANO DA FÉ



Credo
Niceno-Constantinopolitano

Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso
Criador do Céu e da Terra,
de todas as coisas visíveis e invisíveis.

Creio em um só Senhor, Jesus Cristo,
Filho Unigénito de Deus,
nascido do Pai antes de todos os séculos:
Deus de Deus, luz da luz,
Deus verdadeiro de Deus verdadeiro;
gerado, não criado, consubstancial ao Pai.
Por Ele todas as coisas foram feitas.
E por nós homens e para nossa salvação
desceu dos Céus.
E encarnou pelo Espírito Santo,
no seio da Virgem Maria,
e se fez homem.
Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos;
padeceu e foi sepultado.

Ressuscitou ao terceiro dia,
conforme as Escrituras;
e subiu aos Céus, onde está sentado à direita do Pai.
De novo há-de vir em sua glória
para julgar os vivos e os mortos;
e o seu Reino não terá fim.

Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida,
e procede do Pai e do Filho;
e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas.

Creio na Igreja una, santa, católica e apostólica.
Professo um só Baptismo para a remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos
e a vida do mundo que há-de vir.
Amen.
 





O Credo como recitamos na Eucaristia começou por ser O Símbolo Niceno porque ratificado no Concílio I de Niceia - o primeiro Concílio Ecuménico (universal), pelos cerca de trezentos Bispos Padres Conciliares, excepto dois, no dia 19 de Junho do ano 325.

A realização do Concílio I de Niceia, de 20 de Maio a 25 de Julho do ano 325, foi possível porque tinha terminado a última grande perseguição aos cristãos no tempo do Império Romano, nos anos de 244 a 311, decretada pelo Imperador Diocleciano.
Constantino, o Imperador à data do Concílio, após ter conseguido a reunificação do Império no ano 324, facilitou a participação dos bispos ao ponto de lhes oferecer hospitalidade em Niceia da Bitínia.

Uma intervenção de Eusébio de Nicomédia afirmando que Jesus Cristo não era mais que uma criatura e que não era de natureza divina, levou os Padres Conciliares a redigir um símbolo de fé, com base no credo baptismal da igreja de Cesareia, que reflectisse a confissão genuína da fé recebida e admitida pelos cristãos desde as origens.

Mais tarde, no ano 381, no segundo Concílio Ecuménico - o I Concílio de Constantinopla, O Símbolo Niceno veio a ser complementado, daí a designação de CREDO NICENO-CONSTANTINOPLOLITANO - uma fórmula de fé, que está em vigor na Igreja há dezasseis séculos.

O Papa João Paulo II, inicia assim a sua Carta Apostólica de 25 de Março de 1981:
LEVA-ME a escrever-vos esta Carta, que é ao mesmo tempo uma reflexão teológica e um convite pastoral que me nasce do mais íntimo do coração, antes de mais nada, a ocorrência do XVI Centenário do primeiro Concílio de Constantinopla, celebrado precisamente no ano de 381.

Este Concílio, como pus em realce já, logo ao alvorecer do corrente ano, falando na Basílica de São Pedro, « depois do Concílio de Niceia, foi o segundo Concílio Ecuménico da Igreja... ao qual ficámos a dever o "Credo" que constantemente é recitado na Liturgia.

E uma herança particular de tal Concílio é a doutrina sobre o Espírito Santo, que é proclamada na liturgia latina nestes termos: "Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida... e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos Profetas " »

Para além do Credo Niceno-Constantinopolitano, fruto dos primeiros dois Concílios Ecuménicos e ainda hoje comum a todas as grandes Igrejas do Oriente e do Ocidente, existe o Símbolo dos Apóstolos, que é o antigo Símbolo baptismal da Igreja de Roma.

Credo
Símbolo dos Apóstolos

Creio em Deus, Pai todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra

E em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor
que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
nasceu da Virgem Maria;
padeceu sob Pôncio Pilatos,
foi crucificado, morto e sepultado;
desceu à mansão dos mortos;
ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos Céus;
está sentado à direita de Deus Pai todo-poderoso,
de onde há-de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo;
na santa Igreja Católica;
na comunhão dos Santos;
na remissão dos pecados;
na ressurreição da carne;
e na vida eterna.
Amen

Fontes: Pe. Francisco Varo Pineda, Professor de Antigo Testamento na Universidade de Navarra; Santa Sé; Catecismo da Igreja Católica.

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