Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 27 de junho de 2014

OS DESAFIOS PASTORAIS DA FAMÍLIA NO CONTEXTO DA EVANGELIZAÇÃO

  • O Evangelho da família;
  • As situações familiares difíceis;
  • A educação para a fé e a vida de todo o núcleo familiar.
São estes os três âmbitos nos quais se desenvolve o instrumento de trabalho [Instrumentum laboris] da assembleia extraordinária do Sínodo dos bispos sobre a família, que se reunirá de 5 a 19 de Outubro deste ano para reflectir sobre o tema «Os desafios pastorais da família no contexto da evangelização».
O conteúdo do documento foi apresentado ontem, quinta-feira 26 de Junho, na Sala de Imprensa da Santa Sé.

A primeira parte do texto trata o desígnio de Deus, o conhecimento bíblico e magisterial e a sua recepção, a lei natural e a vocação da pessoa em Cristo.
A constatação do escasso conhecimento do ensinamento da Igreja exige dos agentes pastorais mais preparação e o compromisso a favorecer a sua compreensão por parte dos fiéis, que vivem em contextos culturais e sociais diversos.

A segunda parte, que enfrenta os desafios relacionados com a família, considera de modo particular as situações pastorais difíceis, que dizem respeito às convivências e às uniões e facto, aos separados, aos divorciados, aos divorciados recasados e aos seus eventuais filhos, às mães solteiras, a quantos se encontram em condições de irregularidade canónica e a quantos pedem o matrimónio sem serem crentes ou praticantes.
No documento é frisada a urgência de permitir que as pessoas feridas se curem e se reconciliem, voltando a ter confiança e serenidade renovadas.
Por conseguinte, é invocada uma pastoral capaz de oferecer a misericórdia que Deus concede a todos sem medidas.
Trata-se portanto de «propor, não de impor; acompanhar e não constranger; convidar, não expulsar; inquietar, nunca desiludir».

O Instrumentum mostra que, para as situações difíceis que a Igreja não deve assumir uma atitude de juiz que condena, mas a de uma mãe que sempre acolhe os seus filhos, sublinhando que "não aceder aos sacramentos não significa ser excluído da vida cristã e da relação com Deus".

A terceira parte apresenta antes de tudo as temáticas relativas à abertura à vida, como o conhecimento e as dificuldades na recepção do magistério, as sugestões pastorais, a praxe sacramental e a promoção de uma mentalidade acolhedora.

Depois o documento denuncia o escasso conhecimento da Encíclica Humanae Vitae. Na maioria das respostas são evidenciadas as dificuldades que se encontram sobre o tema dos afectos, da geração da vida, da reciprocidade entre o homem e a mulher, da paternidade e maternidade responsáveis.
No respeitante à responsabilidade educativa dos pais, o documento frisa a dificuldade de transmitir a fé aos filhos e de lhes dar uma educação cristã sobretudo em situações familiares difíceis, cujos reflexos sobre os filhos se alargam também à esfera da fé.

Agora o documento será objecto de estudo e de avaliação por parte das conferências episcopais e confrontado com as diversas realidades locais a fim de evidenciar os pontos focais sobre os quais adiantar propostas pastorais a serem debatidas e aprofundadas durante os trabalhos da assembleia extraordinária e depois na ordinária que terá lugar de 4 a 25 de Outubro de 2015 cujo tema será «Jesus Cristo revela o mistério e a vocação da família».



Fonte: L'Osservatore Romano, Rádio Vaticano


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