Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

2 DE FEVEREIRO DIA DA SENHORA DAS CANDEIAS


Nossa Senhora das Candeias, da Luz, da Candelária e tantos outros títulos que são lembrados neste dia da Festa da Apresentação de Jesus no Templo

Este ano, na nossa paróquia, a Eucaristia de Acção de Graças à Senhora das Candeias é amanhã, Terça-feira, às 18H30, com a benção das velas.



A Festa da Apresentação do Senhor, quarenta dias depois do Natal, no dia 2 de Fevereiro, marca o fim do ciclo natalício.


A Apresentação de Jesus no Templo celebrava-se já nos finais do século IV, em Jerusalém.

A seguir, estendeu-se a toda a Igreja do Oriente onde se chamava «hypapántè» (encontro), a festa do Encontro do Salvador com aqueles que veio salvar, representados pelas pessoas de Simeão e Ana, segundo as palavras de Lucas 2, 29-32, usadas nos cantos litúrgicos da festa: «Luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel».

No século VII, no tempo do Papa Sérgio I, chegou a Roma e ao Ocidente, sendo fixada a quarenta dias depois do Natal, derivando entretanto para a recordação da "Purificação da Bem-aventurada Virgem Maria", título que se manteve até 1969.

No século X, começaram a benzer-se as velas.

No século XX, com o Concílio Vaticano II e pela Carta Apostólica CELEBRAÇÃO DO MISTÉRIO PASCAL do Papa Paulo VI que aprova a 14 de Fevereiro de 1969 o novo Calendário Romano Geral, passou a designar-se a partir de 1 de Janeiro de 1970 «Apresentação do Senhor».

A missa desta festa tem a particularidade da bênção e da procissão das velas; por isso, se chama popularmente “A Candelária” ou “Senhora das Candeias”, sublinhando a importância simbólica do encontro de Jesus, Luz que ilumina as nações, com o Templo de Jerusalém, e com os justos representados pelo velho Simeão, pela profetisa Ana, e também pelos seus pais, Maria e José.

Também hoje, em pleno Ano da Vida Consagrada, termina a Semana do Consagrado, iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa.

No dia 2 de Fevereiro de 1997, foi celebrado pela primeira vez o Dia da Vida Consagrada instituído pelo Papa S. João Paulo II.
É desse dia que transcrevemos as palavras do Santo Padre no Angelus:



JOÃO PAULO II
no ANGELUS de 2 de Fevereiro de 1997

Caríssimos Irmãos e Irmãs

1. Hoje, festa da Candelária, recordamos a apresentação de Jesus no Templo. Maria e José, quarenta dias depois do nascimento de Jesus, foram a Jerusalém para O oferecer ao Senhor, segundo a prescrição da lei mosaica. É um episódio que se enquadra na perspectiva da especial consagração do povo de Israel a Deus. Ele, porém, tem também um significado mais amplo: recorda, com efeito, o reconhecimento que se deve ao Criador por toda a vida humana.

A vida é um grande dom de Deus, que se deve acolher sempre com acção de graças. Se no domingo passado eu me mostrava preocupado pelo vazio de valores, que ameaça a nossa convivência, hoje quereria recordar com vigor um destes valores fundamentais, que absolutamente devem ser recuperados, se não se quiser precipitar no abismo: refiro-me ao valor sagrado da vida, de cada vida humana, desde o seu desabrochar no seio materno até ao seu declínio natural.

Digo-o recordando que hoje na Itália se celebra o Dia pela Vida, ocasião propícia para afirmar com vigor que da vida, própria e dos outros, não se pode dispor à vontade: ela pertence ao Autor da vida. O amor inspira a cultura da vida, e o egoísmo, a cultura da morte. Escolhei a vida — diz o Senhor — para viverdes vós e as gerações futuras! (cf. Dt. 30, 19).

2. No Templo de Jerusalém, segundo a narração evangélica, um ancião homem de Deus, Simeão, toma Jesus nos braços e indica n’Ele a salvação que chegou para Israel e para todos os povos: a Luz das nações (cf. Lc. 2, 30-31).

As palavras do santo ancião dão voz ao anélito que percorre a história da humanidade. Exprimem a expectativa de Deus, aquele desejo universal, talvez inconsciente mas incancelável, de que Ele venha ao nosso encontro para nos tornar partícipes da Sua vida. Simeão encarna a imagem da humanidade que tende a acolher o raio de luz, que faz novas todas as coisas, o germe de vida que transforma cada velhice em perene juventude.

3. Neste contexto, adquire um significado singular o Dia da Vida consagrada, que hoje celebramos pela primeira vez. Já há tempo a Festa da apresentação de Jesus no Templo reunia nas Comunidades diocesanas os membros dos Institutos de Vida consagrada e das Sociedades de Vida apostólica, para manifestarem diante do povo de Deus a alegria do empenho, sem reservas, pelo Senhor e pelo seu Reino. Eu quis que esta experiência se estendesse à Igreja inteira, para dar graças a Deus pelo grande dom da vida consagrada e promover, cada vez mais, o seu conhecimento e a sua estima. E de estímulo serviu também o Sínodo dos Bispos sobre a Vida consagrada, celebrado recentemente, cujos resultados confluíram na Exortação Apostólica pós-sinodal «Vita consecrata».

Enquanto vos convido a orar, caríssimos, por estes nossos irmãos e irmãs que oferecem o seu testemunho de Cristo pobre, casto e obediente, dirijo-me com o pensamento em particular a quantos corroboraram o seu serviço à Igreja com o sacrifício da vida. Chegou-me há pouco a notícia da morte trágica do Pe. Guy Pinard, Missionário da África, barbaramente assassinado hoje de manhã, durante a celebração da Santa Missa na sua paróquia de Ruhengeri, em Ruanda. Supliquemos a Virgem Santíssima por ele, pelos seus entes queridos e pelo seu povo, a fim de que encontre de novo a paz, no respeito da vida.


Fazendo fé no provérbio que propõe uma previsão do tempo a partir das condições atmosféricas do dia da Senhora das Candeias, 2 de Fevereiro,
«Se a candeia rir, está o Inverno para vir; se a candeia chora, o Inverno está para fora.», o tempo de Inverno já passou.

Fontes: Santa Sé, Ecclesia, Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, Dehonianos


Sem comentários:

Enviar um comentário