«O
sangue dos nossos irmãos é um testemunho que brada»: disse o
Papa Francisco recordando o bárbaro assassínio de um grupo de
egípcios coptas em Sirte por obra das milícias jihadistas
Na
manhã de hoje, na audiência aos representantes da Igreja da
Escócia, o Papa Francisco falou sobre ecumenismo e expressou a sua
comoção:
«Hoje
pude ler sobre a decapitação daqueles vinte e um ou vinte e dois
cristãos coptas.
Diziam
unicamente: «Jesus, ajuda-me!».
Foram
assassinados unicamente por serem cristãos.
Você,
irmão, no seu discurso fez referência ao que está a acontecer na
terra de Jesus.
O
sangue dos nossos irmãos cristãos é um testemunho que brada.
Sejam
eles católicos, coptas, luteranos, não importa: são cristãos!
E
o sangue é o mesmo.
O
sangue confessa Cristo.
Recordando
estes irmãos que morreram unicamente por confessarem Cristo, peço
que nos encorajemos uns ao outros para prosseguir com este
ecumenismo, que nos está a dar força, o ecumenismo do sangue.
Os
mártires são de todos os cristãos!».
O
vídeo mostrando a decapitação em massa de reféns cristãos coptas
foi divulgado por militantes na Líbia que alegaram fazer parte do
grupo Estado Islâmico.
O
vídeo, divulgado neste domingo, mostra vários homens vestidos com
fato macaco laranja sendo conduzidos ao longo de uma praia, cada um
acompanhado por um militante mascarado.
Os
homens são obrigados a ajoelhar-se e, em seguida, um militante
vestido diferente dos outros, fala para a câmara em inglês.
Logo
em seguida os reféns são colocados com o rosto virado para baixo e
decapitados simultaneamente.
“Somos
peregrinos e juntos peregrinamos”,
disse
o Papa Francisco afirmando que somente unindo forças será possível
enfrentar os desafios do mundo contemporâneo.
O
termo copta aplica-se aos cristãos de origem egípcia.
A
igreja copta foi fundada segundo os ensinamentos de São Marcos que
levou o cristianismo ao Egipto no tempo do imperador romano Nero.
A
esmagadora maioria pertence à Igreja Copta Ortodoxa, liderada pelo
Patriarca de Alexandria, Papa Tawadros II eleito em Novembro de 2012.
Esta Igreja separou-se da Igreja Universal depois do concílio de
Calcedónia, devido a divergências teológicas.
Existem
outras confissões cristãs no Egipto, nomeadamente algumas igrejas
coptas protestantes e a Igreja Copta Católica com um número
reduzido de fiéis.
Hoje
os cristãos coptas representam cerca de 10% da população egípcia,
o que equivale a cerca de 8 milhões de fiéis.
Fonte:
Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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