Na
audiência geral desta manhã, largos milhares de fiéis saudaram o
Santo Padre e ouviram a sua catequese sobre a necessidade de
misericórdia e não de sacrifícios
Partindo
da passagem do Evangelho que nos conta a vocação de Mateus, o Papa
Francisco considerou ser essa uma grande lição que nos recorda que
a Igreja não é uma comunidade de seres perfeitos, mas de discípulos
que seguem o Senhor porque se reconhecem pecadores e necessitados do
seu perdão.
“Porque
todos somos pecadores”– disse
o Santo Padre recordando mesmo uma expressão significativa: “Não há
santo sem passado e não há pecador sem futuro”.
Porque
“todos somos discípulos que têm necessidade
de experimentar e viver a palavra consoladora de Jesus.
Todos
temos necessidade de nutrirmo-nos da misericórdia de Deus, porque é
dessa fonte que brota a nossa salvação” – disse o Papa
no final da sua catequese.
No
final da audiência o Papa Francisco convidou os fiéis a rezarem
pela sua visita aos refugiados na ilha grega de Lesbos no próximo
Sábado dia 16 de Abril:
“No
próximo Sábado irei à Ilha de Lesbos, onde nos passados meses
transitaram muitíssimos refugiados.
Irei
juntamente com os meus irmãos o Patriarca de Constantinopla
Bartolomeu e o Arcebispo de Atenas e de toda a Grécia Hieronymos,
para exprimir proximidade e solidariedade seja aos refugiados seja
aos cidadãos de Lesbos e a todo o povo grego, tão generoso no
acolhimento.
Peço,
por favor, que me acompanhem com a oração, invocando a luz e a
força do Espírito Santo e a materna intercessão da Virgem Maria.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
A
vocação de Mateus é uma grande lição que nos recorda que a
Igreja não é uma comunidade de seres perfeitos, mas de discípulos
que seguem ao Senhor porque se reconhecem pecadores e necessitados do
seu perdão.
Mateus
era um publicano, colector de impostos, considerado um pecador
público.
Ao
chamá-lo, Jesus mostra aos pecadores que não olha para o seu
passado, condição social ou convencionalismos exteriores.
Ele
não quer uma religiosidade de fachada, como a dos fariseus, a quem
lembra que Deus quer a misericórdia e não sacrifício.
De
facto, para quem aceita o seu convite com um coração humilde e
sincero, Jesus oferece um futuro novo, que significa também ser
chamado a sentar-se na sua mesa.
E
a mesa de Jesus, que nos transforma e salva, é dupla: a mesa da
palavra, onde Ele se revela para nós e nos fala como amigos, e a
mesa da Eucaristia, onde Ele nos nutre com o seu corpo e renova a
graça do Baptismo.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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