Na
Missa de ontem em Santa Marta o Papa Francisco afirmou que explorar
os trabalhadores para enriquecer é ser como sanguessugas e isso é
um pecado mortal
O
Santo Padre comentou a primeira leitura da liturgia do dia, extraída
da carta de S. Tiago (Tiago 5, 1-6), e afirmou que “não se
pode servir Deus e as riquezas”.
Estas,
as riquezas – continuou o Papa Francisco – são boas em si
mesmas, mas erram aqueles que seguem a “teologia da prosperidade”.
O
Papa recordou o que diz S. Tiago:
“Olhai
que o salário que não pagastes aos trabalhadores que ceifaram os
vossos campos está a clamar; e os clamores dos ceifeiros chegaram
aos ouvidos do Senhor do universo!”
Francisco
recordou a precariedade dos vínculos laborais e, em particular,
citou o que lhe disse uma jovem que encontrou um emprego de 11 horas
diárias por 650 euros na informalidade.
E
disseram-lhe que se queria podia ficar com o trabalho senão há mais
quem queira: “há uma fila atrás de si”.
A
exploração das pessoas hoje é uma verdadeira escravidão –
denunciou o Papa: “Viver do sangue das
pessoas. Isto é pecado mortal. É pecado mortal.”
No
final da sua homilia o Papa Francisco propôs uma reflexão sobre a
exploração das pessoas no mundo do trabalho que chega mesmo à
escravidão:
“Pensemos
neste drama de hoje: a exploração das pessoas, o sangue das pessoas
que se tornam escravas, os traficantes de seres humanos e não
somente aqueles que traficam prostitutas e crianças para o trabalho
infantil, mas aquele tráfico mais ‘civilizado’: Eu
pago-te mas sem direito a férias e assistência médica, tudo
clandestino.
Porém,
eu torno-me rico!
Que
o Senhor nos faça entender aquela simplicidade que Jesus nos diz no
Evangelho de hoje: É mais importante um copo de água em nome de
Cristo que todas as riquezas acumuladas com a exploração das
pessoas.”
Fonte:
Rádio Vaticano
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