Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 18 de maio de 2016

IGNORAR O POBRE É DESPREZAR DEUS


Na sua catequese desta manhã o Papa Francisco falou sobre pobreza e misericórdia referindo-se à parábola do rico avarento e do pobre Lázaro Lucas (16, 19-31)
   
   
Prosseguindo a reflexão sobre o tema jubilar da misericórdia, relendo-o à luz de conhecidos trechos evangélicos, o Papa Francisco relançou «o grito silencioso dos pobres de todos os tempos», denunciando «a contradição de um mundo onde riquezas e recursos imensos estão nas mãos de poucos».

«a misericórdia de Deus por nós está relacionada com a nossa misericórdia pelo próximo; quando ela falta, também aquela não encontra espaço no coração fechado.
Se eu não escancarar a porta do meu coração ao pobre, aquela porta permanece fechada. Também a Deus. Isto é terrível»


O resumo da catequese do Santo Padre:


A misericórdia de Deus está ligada à nossa misericórdia para com o próximo; quando falta esta, também aquela não encontra espaço no nosso coração fechado, não pode entrar.
Assim no-lo mostra a parábola do rico avarento e o pobre Lázaro.

O portão da casa do rico estava sempre fechado ao pobre, que ali jazia esfomeado e coberto de chagas.
Ignorando Lázaro e negando-lhe até mesmo as sobras da sua mesa, o rico desprezou a Deus, segundo as conhecidas palavras de Jesus: «Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer».
Há um pormenor interessante na parábola: enquanto o nome do rico não é mencionado, repete-se cinco vezes o nome do pobre – chama-se «Lázaro» – que, em hebraico, significa «Deus ajuda».
Assim Lázaro à porta é um apelo vivente feito ao rico para que se recorde de Deus, mas o rico não acolhe este apelo.
Será condenado, não pelas suas riquezas, mas por não ter tido compaixão de Lázaro socorrendo-o.

Quão errada seja esta atitude, vemo-lo na segunda parte da parábola, que apresenta invertida a situação de ambos no além-túmulo: o pobre Lázaro aparece feliz no seio de Abraão, ao passo que o rico é atormentado.
Agora o rico reconhece Lázaro e pede-lhe ajuda, enquanto em vida fazia de conta que não o via.
Antes negava-lhe as sobras da mesa, agora pede para lhe dar de beber.
Mas, como explica Abraão, aquele portão de casa que, na terra, separava o rico do pobre, transformou-se num «grande abismo», que é intransponível.
Assim Jesus une a pobreza à misericórdia.


Fontes: Santa Sé; L'Osservatore Romano


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