Os
nossos Bispos convidam-nos:
-
a prosseguir os caminhos que o Papa Francisco diariamente nos abre e
nos convida a percorrer;
-
a ser presença transformadora e de intervenção activa dos cristãos
no mundo, particularmente no campo da família, da educação, da
cultura e da acção social;
-
a sermos ‘misericordiosos como o Pai’.
No
passado dia 15 de Julho, às 21h30, no Auditório da Casa Diocesana
de Vilar, foi apresentado o Plano Diocesano de Pastoral da diocese do
Porto para o ano 2016-2017, integrado na planificação diocesana
para o quinquénio 2015-2020.
Mensagem
à Diocese na apresentação do Plano Diocesano de Pastoral 2016-2017
Vamos
apresentar a toda a nossa Diocese o Plano Diocesano de Pastoral para
o próximo ano pastoral, para a todos motivar, envolver e mobilizar
para a missão.
Fazemo-lo
na continuidade do caminho percorrido ao longo do tempo pela Igreja
do Porto, procurando nada perder do que a história nos transmite em
herança, em dinamismo apostólico, em recursos humanos, em
estruturas edificadas e em desafios pastorais.
A
apresentação agora feita a toda a Diocese vai a partir daqui
multiplicar-se e replicar-se em cada vigararia, paróquia,
secretariado diocesano, comunidades religiosas, movimentos,
associações e obras da Igreja do Porto.
É
tempo de agradecer o ano pastoral em curso e todos os bens e dons que
Deus nos concedeu no percurso abençoado deste tempo pastoral.
Depois
do belo caminho percorrido neste Ano jubilar da Misericórdia e da
avaliação feita por toda a Diocese, queremos continuar, com a ajuda
de Deus e guiados pela mão de Maria, Mãe de Jesus e Mãe da Igreja,
a construir o futuro com alegria e com esperança.
O
Plano Diocesano de Pastoral 2015-2020, que há um ano apresentamos à
Diocese, desenvolve-se e desdobra-se em cinco etapas, ao ritmo de
cada ano pastoral.
Nas
metas traçadas, nos objectivos definidos, nos caminhos propostos e
nas actividades programadas espelha-se a consciência da Igreja que
somos no Porto e projecta-se o horizonte temporal do trabalho
eclesial que nos propomos realizar e do caminho sinodal que desejamos
percorrer.
Somos
conduzidos neste caminho pelo amor misericordioso de Deus em cada
passo dado, em cada meta proposta, em cada objectivo procurado.
Vemos
este amor de Deus em Cristo, Seu Filho e rosto da misericórdia do
Pai, e sabemo-nos animados pelo Espírito Santo, alma da Igreja.
O
lema que nos conduz “A Alegria do Evangelho é nossa missão”,
constitui a força inspiradora da programação pastoral e a matriz
unificadora da calendarização pastoral ao longo de todo o
quinquénio.
Esta
certeza de missão reforça o nosso vínculo à Palavra de Deus e à
Boa Nova de Jesus, que diariamente nos convoca para proclamar as
bem-aventuranças e para realizar as obras de misericórdia com
alegria!
Sentimos
que este é um tempo propício e oportuno para o anúncio do
Evangelho.
Neste
paradigma de missão e neste programa de acção pastoral traduzimos
a Palavra de Deus e o Evangelho de Jesus para o nosso tempo humano e
para o nosso espaço cultural e social.
Encontramos
no magistério da Igreja, concretamente nos documentos conciliares e
na vida, nas palavras e nos gestos do Papa Francisco orientações,
instrumentos e contributos indispensáveis para a nossa missão.
Acompanham-nos
ao longo deste Plano quinquenal a Exortação Evangelii Gaudium,
que o Papa Francisco apresentou como texto paradigmático do seu
ministério e programático da sua missão.
Juntamos
a este texto inspirador a encíclica Laudato Si e a mais
recente Exortação Apostólica Amoris Laetitia sobre a vida,
a vocação e a missão da família.
Temos
consciência que são imensos os desafios de iniciação e de
formação cristã que temos pela frente, sobretudo no âmbito da
catequese e do catecumenato, e que são amplos e interpeladores os
horizontes novos de presença transformadora e de intervenção
activa dos cristãos no mundo, particularmente no campo da família,
da educação, da cultura e da acção social.
Um
Plano Diocesano de Pastoral é um percurso e um processo de um longo
e abençoado caminho, feito em Igreja.
Nunca
deve ser olhado e entendido como um produto acabado, uma receita
eficaz ou um resultado antecipadamente adquirido.
Na
planificação pastoral diocesana importa que todos compreendamos que
o tempo é sempre maior do que o espaço: o nosso tempo e o tempo da
Igreja; o nosso espaço e o espaço onde a Igreja diariamente se
constrói.
Mas
porque o lugar também faz a missão, enraizados nos nossos espaços
humanos, físicos, culturais e territoriais devemos olhar para além
deles e devemos unir-nos em redes de trabalho e de comunhão
paroquial, inter-paroquial, vicarial e diocesana.
Só
na comunhão afectiva e efectiva da Igreja veremos o que Deus nos
pede e receberemos em abundância os dons que Deus tem oferecido à
Igreja do Porto.
Seria
um erro reduzir o Plano Diocesano de Pastoral a uma metodologia
pastoral, mesmo que ancorada em experimentadas pedagogias de práxis
pastoral.
O
Plano Diocesano de Pastoral vai mais longe ao procurar desde a sua
concepção, à elaboração, à execução e à avaliação delinear
o rosto da Igreja: na colegialidade que expressa, na
co-responsabilidade que afirma, na comunhão que revela e na unidade
que constrói.
Este
rosto da Igreja, vivificada pelo Espírito de Deus, alimentada pela
Palavra e fortalecida pelos Sacramentos, mostra ao Mundo a beleza da
fé, a força da esperança e a ousadia da caridade – que são os
valores e as virtudes que o Mundo mais procura na Igreja e mais
direito tem a encontrar em nós cristãos.
O
Plano Diocesano de Pastoral deve assumir os desafios humanos, acolher
as intuições pastorais, multiplicar as bênçãos divinas,
partilhar as preocupações, ocupações e atenções de todos os
agentes de pastoral e exprimir as alegrias e as esperanças de todos
nós.
O
Plano Diocesano de Pastoral não é um mero programa nem se
concretiza por decreto.
A
sua autoridade intrínseca vem-lhe da procura incessante do sonho de
Deus para a sua Igreja e recebe-a do múnus pastoral que aos bispos
cumpre para conduzir a Igreja, com coração de pastores segundo o
coração de Cristo, o Bom Pastor.
O
Plano Diocesano de Pastoral só ganhará esta autoridade quando nele
se manifestar com clareza o nosso amor pela Igreja.
O
Plano de Pastoral da nossa Diocese constitui, por isso,
necessariamente um sinal muito belo do amor Deus pela Igreja do Porto
e do compromisso generoso de leigos, consagrados (as), diáconos,
presbíteros e bispos, disponíveis e prontos para a missão.
É
deste amor de Deus pela Igreja do Porto que nos fala este Plano de
Pastoral, que agora apresentamos à Diocese.
Um
dos valores primeiros do trabalho pastoral que neste Plano Diocesano
de Pastoral se anuncia está na abertura de alma de cada um de nós,
das comunidades, estruturas e serviços, movimentos e obras,
instituições e grupos ao amor misericordioso de Deus por nós,
acolhido, celebrado, vivido e testemunhado em Igreja.
Cumpre-nos
continuar na etapa pastoral que agora começa a caminhada feita em
2015/2016, centrados no Ano Jubilar da Misericórdia, proclamando:
“Felizes os Misericordiosos” e “praticando as obras
de misericórdia, com alegria!”
Estamos
certos de que este Ano Jubilar, vivido com grande acolhimento e
encanto encontrou uma salutar recepção nos cristãos e no mundo e
os seus frutos perdurarão no tempo.
A
Igreja deve prosseguir os caminhos que o Papa Francisco diariamente
nos abre e nos convida a percorrer.
Deve
procurar sempre que a misericórdia divina lhe modele o coração,
para que seja uma Igreja de rosto terno e de coração materno e nos
ensine e eduque a sermos “misericordiosos como o Pai”.
Recebemos,
de 10 de Abril a 1 de maio, a visita da Imagem Peregrina de Nossa
Senhora de Fátima que percorreu os caminhos da nossa Diocese.
Se
por um lado vimos que ninguém no Porto ficou indiferente à presença
da Virgem Peregrina, sabemos também que Ela levou no seu coração
de Mãe esta Igreja do Porto, sentiu a alma mariana das suas gentes e
abriu-nos sendas novas de evangelização e de missão.
Em
sintonia com a celebração do centenário das Aparições de Nossa
Senhora em Fátima aos pastorinhos Francisco, Lúcia e Jacinta, e na
perspectiva da visita do Papa Francisco a Fátima e a Portugal, no
próximo mês de Maio, voltamo-nos agora para Maria, Mãe de Deus e
nossa Mãe.
Ela
é a Virgem Peregrina, a Mãe de ternura e a Senhora da Mensagem que
nos impele para uma pastoral de proximidade e de acolhimento, nos
guia em todos os caminhos de missão, nos conforta e consola nas
aflições, nos fortalece na comunhão e nos renova nas fontes da
alegria.
Que
Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora mais brilhante do que o sol,
que há 100 anos nos trouxe, em Fátima, uma mensagem de ternura, de
graça, de misericórdia e de paz, nos ilumine e nos guie para que
“com Maria, a Igreja do Porto se renove nas fontes da Alegria!”
Porto,
10 de Julho, dia das ordenações de presbíteros e diáconos, de
2016
D.
António Francisco dos Santos, Bispo do Porto
D.
António Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
D.
Pio Alves de Sousa; Bispo Auxiliar do Porto
D.
António Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto
Fonte:
Diocese do Porto
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