“Jesus
é capaz de vencer em nós tudo aquilo que se opõe ao bem”
O
Papa Francisco na catequese da audiência desta manhã
E
“se
Deus está connosco, ninguém poderá roubar-nos aquela virtude de
que temos necessidade para viver. Enfim, ninguém nos roubará a
esperança”.
Daí,
a necessidade, segundo o Santo Padre, de conhecermos muito bem os
principais “inimigos”
da esperança em geral e da esperança cristã de modo particular.
O
Papa recorda que “é a esperança que
mantém em pé a vida, que a protege e a faz crescer”;
esta esperança porém, sublinhou, é assaz diferente daquilo que se
costuma dizer que “enquanto houver vida há sempre esperança”.
“Se
os homens não tivessem cultivado a esperança nunca teriam saído
das cavernas e não teriam deixado marcas na história do mundo”.
Francisco
recordou então que “a esperança não é
virtude para pessoas com o estômago cheio”, e é
precisamente por este motivo que, sublinhou, “os
pobres são os primeiros portadores da esperança”, como
José e Maria e os pastores de Belém.
“Enquanto
o mundo dormia recostado nas tantas certezas adquiridas, os humildes
preparavam no silêncio a revolução da bondade.
Eram
pobres de tudo, mas eram ricos do bem mais precioso que existe no
mundo, isto é, o desejo de mudança”.
Daí
que, observou o Pontífice, “às vezes ter
tudo na vida é um infortúnio”:
“Pensem
num jovem a quem não foi ensinada a virtude da espera e da
paciência, que não teve que suar por nada, que queimou as etapas e
aos vinte anos “já sabe como funciona o mundo”.
Está
destinado à pior condenação: a de não desejar mais nada.
Parece
um jovem, mas já entrou o outono no seu coração”.
Resumo
da catequese do Papa Francisco:
A
esperança, virtude que move o coração a buscar um futuro melhor,
mesmo no meio das amarguras presentes da vida, pode deparar-se com
alguns obstáculos.
O
primeiro inimigo da esperança é a ilusão da saciedade, de achar
que já se possui tudo, que não é necessário desejar mais coisa
alguma.
Ao
contrário, a esperança é a virtude dos humildes, daqueles que não
se contentam com as garantias alcançadas, mas estão sempre buscando
um bem mais precioso, capaz de mudar este mundo.
Por
isso, o pior obstáculo para a esperança é o coração vazio.
Trata-se
de um perigo que nos ameaça a todos, mesmo aos cristãos.
Os
antigos monges alertavam para a tentação da acídia, ou seja, de
nos deixarmos levar pela monotonia, tédio e a melancolia, que causam
uma erosão interna que nos deixa vazios.
Devemos
combater essas tentações, na certeza de que Deus nos criou para a
felicidade; para isso invoquemos o nome de Jesus, que venceu o mundo
e é capaz de vencer em nós tudo aquilo que se opõe ao bem.
Ele
não deixará que nos roubem a esperança.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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