Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 2 de dezembro de 2017

INTENÇÃO DE ORAÇÃO DO PAPA PARA O MÊS DE DEZEMBRO





INTENÇÃO DE ORAÇÃO UNIVERSAL:
Pelos idosos
[actualizado a 4Dez com o vídeo do Papa]
   
   
Intenção Universal:
Pelos idosos, para que, sustentados pelas famílias e pelas comunidades cristãs, colaborem com a sua sabedoria e experiência na transmissão da fé e na educação das novas gerações.


[…] Quando estive nas Filipinas, o povo filipino saudava-me dizendo: «Lolo Kiko» — ou seja, avô Francisco — «Lolo Kiko», diziam!
Em primeiro lugar, é importante sublinhar algo: é verdade que a sociedade tende a descartar-nos, mas certamente não o Senhor.
O Senhor nunca nos descarta!
Ele chama-nos a segui-lo em todas as fases da vida, e inclusive a velhice recebe uma graça e uma missão, uma verdadeira vocação do Senhor.
A velhice é uma vocação!
Ainda não chegou o momento de «nos resignarmos».
Sem dúvida, este período da vida é diferente dos precedentes; devemos também «inventá-lo» um pouco porque, espiritual e moralmente, as nossas sociedades não estão prontas para lhe conferir, a este momento da vida, o seu pleno valor.
Com efeito, outrora não era tão normal ter tempo à disposição; hoje é-o muito mais.
E inclusive a espiritualidade cristã foi um pouco surpreendida, e trata-se de delinear uma espiritualidade das pessoas idosas.
Mas graças a Deus não faltam testemunhos de santos e santas idosos!

Fiquei muito surpreendido com o «Dia dos idosos», que pudemos celebrar aqui na praça de São Pedro no ano passado: a praça estava apinhada!
Ouvi histórias de idosos que se prodigalizam pelo próximo, mas também histórias de casais que me diziam: «Celebramos 50 anos de matrimónio, festejamos o sexagésimo aniversário de casamento».
É importante mostrá-lo aos jovens, que se cansam depressa; é importante o testemunho dos idosos na fidelidade.
E nesta praça havia um grande número deles naquele dia.
Trata-se de uma reflexão que deve prosseguir, tanto em âmbito eclesial como civil.
O Evangelho vem ao nosso encontro com uma imagem muito bonita, comovente e encorajadora.
É a imagem de Simeão e Ana, dos quais nos fala o Evangelho da infância de Jesus, composto por são Lucas.
Certamente eram idosos, o «velho» Simeão e a «profetisa» Ana, que tinha 84 anos.
Aquela mulher não escondia a sua idade!
O Evangelho diz-nos que todos os dias esperavam a vinda de Deus, com grande fidelidade, havia muitos anos.
Queriam realmente ver aquele dia, captar os seus sinais, intuir o seu início.
Talvez já se tivessem um pouco resignado a morrer antes: no entanto, aquela longa expectativa continuava a ocupar toda a vida deles, e não tinham compromissos mais importantes do que este: esperar o Senhor e rezar.
Pois bem, quando Maria e José chegaram ao templo para cumprir os preceitos da Lei, Simeão e Ana apressaram-se, animados pelo Espírito Santo (cf. Lc 2, 27).
O peso da idade e da espera esvaeceu num instante.
Eles reconheceram o Menino e descobriram uma nova força, para uma renovada tarefa: dar graças e testemunhar este Sinal de Deus.
Simeão improvisou um lindo hino de júbilo (cf. Lc 2, 29-32) — naquele momento foi um poeta — e Ana tornou-se a primeira pregadora de Jesus: «Falava de Jesus a todos aqueles que, em Jerusalém, esperavam a libertação» (Lc 2, 38).

Estimados avós, amados idosos, coloquemo-nos no sulco destes anciãos extraordinários!
Tornemo-nos, também nós um pouco poetas da oração: adquiramos o gosto de procurar palavras que nos são próprias, voltando a apoderar-nos daquelas que a Palavra de Deus nos ensina.
É um grande dom para a Igreja, a oração dos avós e dos idosos!
A oração dos anciãos e dos avós é uma dádiva para a Igreja uma riqueza!
Uma grande dose de sabedoria também para toda a sociedade humana: sobretudo para aquela que vive demasiado ocupada, absorvida, distraída.
Contudo, também por eles alguém deve cantar os sinais de Deus, proclamar os sinais de Deus, rezar por eles!
Observemos Bento XVI, que quis passar na oração e na escuta de Deus a última fase da sua vida! Isto é bonito!
Um grande crente de tradição ortodoxa do século passado, Olivier Clément, dizia: «Uma civilização na qual já não se reza é uma civilização onde a velhice não tem mais sentido. E isto é terrificante! Antes de tudo, temos necessidade de idosos que rezem, porque a velhice nos é concedida para isto».
Precisamos de anciãos que orem, pois a velhice nos é oferecida precisamente para isto.
A oração dos idosos é bonita!

Podemos dar graças ao Senhor pelos benefícios recebidos, e preencher o vazio da ingratidão que o circunda.
Podemos interceder pelas expectativas das novas gerações e conferir dignidade à memória e aos sacrifícios das passadas.
Podemos recordar aos jovens ambiciosos que uma existência sem amor é uma vida árida.
Podemos dizer aos jovens medrosos que a angústia em relação ao futuro pode ser derrotada.
Podemos ensinar aos jovens demasiado apaixonados por si mesmos que há mais alegria em dar do que em receber.
Os avôs e as avós formam o «coral» permanente de um grande santuário espiritual, onde a oração de súplica e o canto de louvor sustentam a comunidade que trabalha e luta no campo da vida.

Enfim, a oração purifica incessantemente o coração.
O louvor e a súplica a Deus evitam o endurecimento do coração no ressentimento e no egoísmo.
Como é desagradável o cinismo de um idoso que perdeu o sentido do seu testemunho, despreza os jovens e não comunica uma sabedoria de vida!
Ao contrário, como é bonito o encorajamento que o ancião consegue transmitir ao jovem em busca do sentido da fé e da vida!
Esta é verdadeiramente a missão dos avós, a vocação dos idosos!
As palavras dos avós têm algo de especial para os jovens.
E eles sabem-no!
As palavras que a minha avó me confiou por escrito no dia da minha ordenação sacerdotal, ainda as tenho comigo, sempre no breviário; leio-as com frequência e isto faz-me bem.

Como gostaria de uma Igreja que desafia a cultura do descartável com a alegria transbordante de um novo abraço entre jovens e idosos!
E é isto, este abraço, que hoje peço ao Senhor!

AUDIÊNCIA GERAL
PAPA FRANCISCO
11 de Março de 2015


ORAÇÃO

Pai de bondade,
neste mês em que celebramos o nascimento do teu Filho Jesus,
damo-nos conta que a Encarnação acontece no seio de uma família,
como o lugar onde Deus veio habitar entre nós.

A família é o núcleo da sociedade,
a primeira escola de socialização,
onde se aprende a lidar com as diferenças e as riquezas de cada um.

A história de cada família
é marcada pela experiência de vida dos mais velhos,
que deixam um testemunho importante
para as gerações futuras.

Senhor Deus,
ensina-nos a valorizar o contributo dos mais idosos,
a não os descartarmos,
e a prestarmos atenção aos seus ensinamentos
e às suas lições de vida.



DESAFIOS PARA O MÊS

  • Visitar familiares ou conhecidos idosos neste tempo de Natal e levar-lhes a alegria do nascimento de Jesus.
  • Promover na própria comunidade algum momento de partilha de histórias de vida da parte de alguns idosos, orientado para os mais jovens.
  • Estar atentos a situações de abandono ou fragilidade de pessoas idosas e ajudar a resolvê-las.




O VÍDEO DO PAPA – Pelos idosos


Pelos idosos, para que, sustentados pelas famílias e instituições, colaborem com a sua sabedoria e experiência na educação das novas gerações.
Papa Francisco - Dezembro 2017


Um povo que não protege os avós e não os trata bem é um povo que não tem futuro!

São os idosos que oferecem a sabedoria da vida.

Eles foram encarregados de transmitir a experiência da vida, a história de uma família, de uma comunidade, de um povo.


Tenhamos presente os nossos idosos, para que, sustentados pelas famílias e instituições, colaborem com a sua sabedoria e experiência na educação das novas gerações.”


Fontes: Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa

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