INTENÇÃO
DE ORAÇÃO UNIVERSAL:
Pelos
idosos
[actualizado a 4Dez com o vídeo do Papa]
[actualizado a 4Dez com o vídeo do Papa]
Intenção
Universal:
Pelos
idosos, para que, sustentados pelas famílias e pelas comunidades
cristãs, colaborem com a sua sabedoria e experiência na transmissão
da fé e na educação das novas gerações.
[…]
Quando estive nas Filipinas, o povo filipino saudava-me dizendo:
«Lolo Kiko» — ou seja, avô Francisco — «Lolo Kiko», diziam!
Em
primeiro lugar, é importante sublinhar algo: é verdade que a
sociedade tende a descartar-nos, mas certamente não o Senhor.
O
Senhor nunca nos descarta!
Ele
chama-nos a segui-lo em todas as fases da vida, e inclusive a velhice
recebe uma graça e uma missão, uma verdadeira vocação do Senhor.
A
velhice é uma vocação!
Ainda
não chegou o momento de «nos resignarmos».
Sem
dúvida, este período da vida é diferente dos precedentes; devemos
também «inventá-lo» um pouco porque, espiritual e moralmente, as
nossas sociedades não estão prontas para lhe conferir, a este
momento da vida, o seu pleno valor.
Com
efeito, outrora não era tão normal ter tempo à disposição; hoje
é-o muito mais.
E
inclusive a espiritualidade cristã foi um pouco surpreendida, e
trata-se de delinear uma espiritualidade das pessoas idosas.
Mas
graças a Deus não faltam testemunhos de santos e santas idosos!
Fiquei
muito surpreendido com o «Dia dos idosos», que pudemos celebrar
aqui na praça de São Pedro no ano passado: a praça estava
apinhada!
Ouvi
histórias de idosos que se prodigalizam pelo próximo, mas também
histórias de casais que me diziam: «Celebramos 50 anos de
matrimónio, festejamos o sexagésimo aniversário de casamento».
É
importante mostrá-lo aos jovens, que se cansam depressa; é
importante o testemunho dos idosos na fidelidade.
E
nesta praça havia um grande número deles naquele dia.
Trata-se
de uma reflexão que deve prosseguir, tanto em âmbito eclesial como
civil.
O
Evangelho vem ao nosso encontro com uma imagem muito bonita,
comovente e encorajadora.
É
a imagem de Simeão e Ana, dos quais nos fala o Evangelho da infância
de Jesus, composto por são Lucas.
Certamente
eram idosos, o «velho» Simeão e a «profetisa» Ana, que tinha 84
anos.
Aquela
mulher não escondia a sua idade!
O
Evangelho diz-nos que todos os dias esperavam a vinda de Deus, com
grande fidelidade, havia muitos anos.
Queriam
realmente ver aquele dia, captar os seus sinais, intuir o seu início.
Talvez
já se tivessem um pouco resignado a morrer antes: no entanto, aquela
longa expectativa continuava a ocupar toda a vida deles, e não
tinham compromissos mais importantes do que este: esperar o Senhor e
rezar.
Pois
bem, quando Maria e José chegaram ao templo para cumprir os
preceitos da Lei, Simeão e Ana apressaram-se, animados pelo Espírito
Santo (cf. Lc 2, 27).
O
peso da idade e da espera esvaeceu num instante.
Eles
reconheceram o Menino e descobriram uma nova força, para uma
renovada tarefa: dar graças e testemunhar este Sinal de Deus.
Simeão
improvisou um lindo hino de júbilo (cf. Lc 2, 29-32) — naquele
momento foi um poeta — e Ana tornou-se a primeira pregadora de
Jesus: «Falava de Jesus a todos aqueles que, em Jerusalém,
esperavam a libertação» (Lc 2, 38).
Estimados
avós, amados idosos, coloquemo-nos no sulco destes anciãos
extraordinários!
Tornemo-nos,
também nós um pouco poetas da oração: adquiramos o gosto de
procurar palavras que nos são próprias, voltando a apoderar-nos
daquelas que a Palavra de Deus nos ensina.
É
um grande dom para a Igreja, a oração dos avós e dos idosos!
A
oração dos anciãos e dos avós é uma dádiva para a Igreja uma
riqueza!
Uma
grande dose de sabedoria também para toda a sociedade humana:
sobretudo para aquela que vive demasiado ocupada, absorvida,
distraída.
Contudo,
também por eles alguém deve cantar os sinais de Deus, proclamar os
sinais de Deus, rezar por eles!
Observemos
Bento XVI, que quis passar na oração e na escuta de Deus a última
fase da sua vida! Isto é bonito!
Um
grande crente de tradição ortodoxa do século passado, Olivier
Clément, dizia: «Uma civilização na qual já não se reza é uma
civilização onde a velhice não tem mais sentido. E isto é
terrificante! Antes de tudo, temos necessidade de idosos que rezem,
porque a velhice nos é concedida para isto».
Precisamos
de anciãos que orem, pois a velhice nos é oferecida precisamente
para isto.
A
oração dos idosos é bonita!
Podemos
dar graças ao Senhor pelos benefícios recebidos, e preencher o
vazio da ingratidão que o circunda.
Podemos
interceder pelas expectativas das novas gerações e conferir
dignidade à memória e aos sacrifícios das passadas.
Podemos
recordar aos jovens ambiciosos que uma existência sem amor é uma
vida árida.
Podemos
dizer aos jovens medrosos que a angústia em relação ao futuro pode
ser derrotada.
Podemos
ensinar aos jovens demasiado apaixonados por si mesmos que há mais
alegria em dar do que em receber.
Os
avôs e as avós formam o «coral» permanente de um grande santuário
espiritual, onde a oração de súplica e o canto de louvor sustentam
a comunidade que trabalha e luta no campo da vida.
Enfim,
a oração purifica incessantemente o coração.
O
louvor e a súplica a Deus evitam o endurecimento do coração no
ressentimento e no egoísmo.
Como
é desagradável o cinismo de um idoso que perdeu o sentido do seu
testemunho, despreza os jovens e não comunica uma sabedoria de vida!
Ao
contrário, como é bonito o encorajamento que o ancião consegue
transmitir ao jovem em busca do sentido da fé e da vida!
Esta
é verdadeiramente a missão dos avós, a vocação dos idosos!
As
palavras dos avós têm algo de especial para os jovens.
E
eles sabem-no!
As
palavras que a minha avó me confiou por escrito no dia da minha
ordenação sacerdotal, ainda as tenho comigo, sempre no breviário;
leio-as com frequência e isto faz-me bem.
Como
gostaria de uma Igreja que desafia a cultura do descartável com a
alegria transbordante de um novo abraço entre jovens e idosos!
E
é isto, este abraço, que hoje peço ao Senhor!
AUDIÊNCIA
GERAL
PAPA
FRANCISCO
11
de Março de 2015
ORAÇÃO
Pai
de bondade,
neste
mês em que celebramos o nascimento do teu Filho Jesus,
damo-nos
conta que a Encarnação acontece no seio de uma família,
como
o lugar onde Deus veio habitar entre nós.
A
família é o núcleo da sociedade,
a
primeira escola de socialização,
onde
se aprende a lidar com as diferenças e as riquezas de cada um.
A
história de cada família
é
marcada pela experiência de vida dos mais velhos,
que
deixam um testemunho importante
para
as gerações futuras.
Senhor
Deus,
ensina-nos
a valorizar o contributo dos mais idosos,
a
não os descartarmos,
e
a prestarmos atenção aos seus ensinamentos
e
às suas lições de vida.
DESAFIOS
PARA O MÊS
-
Visitar familiares ou conhecidos idosos neste tempo de Natal e levar-lhes a alegria do nascimento de Jesus.
-
Promover na própria comunidade algum momento de partilha de histórias de vida da parte de alguns idosos, orientado para os mais jovens.
-
Estar atentos a situações de abandono ou fragilidade de pessoas idosas e ajudar a resolvê-las.
O
VÍDEO DO PAPA – Pelos
idosos
Pelos idosos, para que, sustentados pelas famílias e instituições, colaborem com a sua sabedoria e experiência na educação das novas gerações.
Papa
Francisco - Dezembro 2017
“Um
povo que não protege os avós e não os trata bem é um povo que não
tem futuro!
São
os idosos que oferecem a sabedoria da vida.
Eles
foram encarregados de transmitir a experiência da vida, a história
de uma família, de uma comunidade, de um povo.
Tenhamos
presente os nossos idosos, para que, sustentados pelas famílias e
instituições, colaborem com a sua sabedoria e experiência na
educação das novas gerações.”
Fontes:
Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa
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