INTENÇÃO
DE ORAÇÃO UNIVERSAL:
Por
aqueles que têm uma responsabilidade na economia
Intenção
de oração universal:
Para
que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia
tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir
novos caminhos.
Além
do aspecto imediato e prático de fornecer ajuda material a estes
nossos irmãos e irmãs, a comunidade internacional está chamada a
encontrar respostas políticas, sociais e económicas a longo prazo
para problemáticas que superam os confins nacionais e continentais e
envolvem a família humana inteira.
A
luta contra a pobreza não é só um problema económico mas antes de
tudo moral, que apela a uma solidariedade global e ao desenvolvimento
de uma abordagem mais equilibrada em relação aos necessitados e às
aspirações dos indivíduos e povos em todo o mundo.
À
luz desta tarefa comprometedora, a iniciativa da vossa Fundação é
particularmente tempestiva.
Inspirando-se
no rico património da Doutrina social da Igreja, a presente
Conferência explora a partir de diversos pontos de vista as
implicações práticas e éticas da actual economia mundial,
enquanto, ao mesmo tempo, procura assentar os alicerces para uma
cultura económica e dos negócios que seja mais inclusiva e
respeitadora da dignidade humana.
Como
são João Paulo II repetiu muitas vezes, a actividade económica não
pode ser gerida num vazio institucional nem político (cf. Carta
encíclica Centesimus annus, 48), mas possui um componente ético
essencial; deve também pôr-se sempre ao serviço da pessoa humana e
do bem comum.
Uma
visão económica exclusivamente orientada para o lucro e o bem-estar
material — como a experiência nos mostra quotidianamente — é
incapaz de contribuir de modo positivo para uma globalização que
favoreça o desenvolvimento integral dos povos no mundo, uma
distribuição justa dos recursos, a garantia de trabalho digno e o
crescimento da iniciativa privada e das empresas locais.
A
economia da exclusão e da iniquidade (cf. Exortação apostólica
Evangelii gaudium, 53) produz um número cada vez maior de deserdados
e de pessoas descartadas como improdutivas e inúteis.
Os
efeitos são percebidos também nas sociedades mais desenvolvidas,
nas quais o crescimento em percentagem da pobreza e a decadência
social representam uma séria ameaça para as famílias, para a
classe média que se retrai e, de modo particular, para os jovens.
Os
índices de desemprego juvenil são um escândalo que não só requer
que seja enfrentado primeiramente em termos económicos, mas deve ser
tratado também, e não menos urgentemente, como doença social, dado
que à nossa juventude é roubada a esperança e são desperdiçados
os seus grandes recursos de energia, criatividade e intuição.
A
minha esperança é que a vossa Conferência possa contribuir para
gerar novos modelos de progresso económico orientados mais
directamente para o bem comum, a inclusão e o desenvolvimento
integral, para o incremento do trabalho e o investimento nos recursos
humanos.
O
Concílio Vaticano II frisou justamente que, para os cristãos, a
actividade económica, financeira e dos negócios não pode ser
separada do dever de lutar pelo aperfeiçoamento da ordem temporal em
conformidade com os valores do Reino de Deus (cf. Const. past.
Gaudium et spes, 72).
Com
efeito, a vossa vocação consiste no serviço da dignidade humana e
da construção de um mundo de autêntica solidariedade.
Iluminados
e inspirados pelo Evangelho, e mediante uma frutuosa cooperação com
as Igrejas locais e os seus Pastores, e também com outros crentes e
homens e mulheres de boa vontade, possa o vosso trabalho contribuir
sempre para o crescimento daquela civilização do amor que abraça a
inteira família humana na justiça e na paz.
Sobre
todos vós e sobre as vossas famílias invoco a bênção do Senhor e
os seus dons de sabedoria, alegria e fortaleza.
DISCURSO
AOS PARTICIPANTES NA CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
DA
FUNDAÇÃO CENTESIMUS ANNUS PRO PONTIFICE
Papa
Francisco
13
de Maio de 2016
ORAÇÃO
Pai
bom, criaste este mundo
e
o confiaste aos teus filhos
para
que pudessem viver dos seus frutos,
através
do trabalho das suas mãos e do seu engenho.
A
nossa casa comum
é
o lugar onde começamos a viver já a felicidade do Céu,
como
teus filhos, irmãos e irmãs uns dos outros.
Mas
neste mundo geram-se tantas diferenças,
tanta
exclusão, e poucos têm o que deveria ser de muitos.
Unidos
à Rede Mundial de Oração do Papa,
oferecemos
os nossos dias, palavras e acções,
para
que os responsáveis da economia
saibam
pensar e decidir caminhos
que
não deixem ninguém à margem do bem comum.
Pai
Nosso...
DESAFIOS
PARA O MÊS
-
Procurar informar-me sobre os países onde existe maior desequilíbrio entre ricos e pobres e perceber o que leva a estas situações.
-
Promover, na própria comunidade, ou em casa, experiências de acolhimento e convívio com pessoas vítimas de exclusão por motivos económicos (desemprego, situações de vulnerabilidade, pobreza, etc.)
-
Pessoalmente e comunitariamente, fazer um tempo de oração, tendo presentes aqueles que tomam as grandes decisões a nível mundial, para que se deixem tocar pelo Espírito e encontrar modos de pensar uma economia que seja inclusiva.
O
VÍDEO DO PAPA – Responsáveis
da economia
Para
que os responsáveis pelo planeamento e pela gestão da economia
tenham a coragem de rejeitar uma economia da exclusão e saibam abrir
novos caminhos.
Papa
Francisco - Abril 2018
“A
economia não pode pretender apenas aumentar a rentabilidade,
reduzindo o mercado de trabalho e criando assim novos excluídos.
Deve
seguir o caminho dos empresários, políticos, pensadores e agentes
sociais que colocam em primeiro lugar a pessoa humana e fazem todo o
possível para assegurar que haja oportunidades de trabalho digno.
Vamos
juntos levantar a voz para que os responsáveis pelo planeamento e
pela gestão da economia tenham a coragem de rejeitar uma economia de
exclusão e saibam abrir novos caminhos.”
Fontes:
Apostolado da Oração; Rede Mundial de Oração do Papa;
L'Osservatore Romano
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