Converte-nos
noutro Cristo se acolhido com o coração aberto à fé
Papa Francisco na catequese desta semana
Papa Francisco na catequese desta semana
Após
concluir na semana passada as reflexões sobre a Eucaristia, o Santo
Padre iniciou um novo ciclo de catequeses.
O
novo tema escolhido é o Baptismo - o fundamento da vida cristã.
O
verbo grego “baptizar” significa “imergir” (Catecismo
da Igreja Católica, 1214).
Banhar-se
com água é um rito comum a várias crenças para expressar a
passagem de uma condição a outra, sinal de purificação para um
novo início.
Citando
o escritor romano Tertuliano o Papa explicou:
“Mas
para nós cristãos não deve passar despercebido que se é o corpo a
ser imergido na água, é
a alma a ser imersa em Cristo
para receber o perdão do pecado e resplandecer de luz divina”.
Explicou:
“Em
virtude do Espírito Santo, o baptismo imerge-nos na morte e
ressurreição do Senhor afogando na pia baptismal o homem velho,
dominado pelo pecado que separa de Deus, e dando à luz o homem novo,
recriado em Jesus, nele todos os filhos de Adão são chamados à
nova vida.
Isto
é, o baptismo é um renascimento.”
Por
isso o Papa, dirigindo-se directamente aos fiéis presentes, pediu a
cada um deles para se recordarem da data do próprio baptismo e para
«nunca a esquecerem», porque aquele é «o dia no qual
Jesus entrou em mim, o Espírito Santo entrou em mim».
E
apelou a que se baptizem as crianças:
“O
sacramento do baptismo supõe um caminho de fé, que chamamos de
catecumenato , evidente quando um adulto pede o baptismo.
Mas
até as crianças, desde os tempos antigos, são baptizadas na fé de
seus pais.
Sobre
isso eu gostaria de lhes dizer o seguinte.
Alguns
pensam: porque baptizar uma criança que não entende?
Esperamos
que ela cresça, que entenda e que seja ela própria a pedir o
baptismo.
Mas
isso significa não ter confiança no Espírito Santo, porque quando
nós baptizamos uma criança, o Espírito Santo entra nela, e o
Espírito Santo faz crescer naquela criança, desde pequenina,
virtudes cristãs que depois florescerão.
Devemos
proporcionar sempre esta oportunidade a todos, a todas as crianças,
de ter dentro de si o Espírito Santo que os guie durante a vida.
Não
vos esqueçais de baptizar as crianças!”
As
promessas baptismais «devem ser reavivadas todos os dias para que o
Baptismo “cristifique”», pois quem o recebeu
«assemelha-se a Cristo, transforma-se em Cristo».
Resumo
da catequese do Santo Padre:
O
tempo litúrgico da Páscoa é apropriado para reflectir sobre o
fundamento da vida cristã, que tem a sua origem no Baptismo.
Este
é o sacramento que une a nossa vida à de Cristo.
Baptizar
significa imergir; esse gesto, no sacramento, faz referência ao
banho de água que, pela acção do Espírito Santo, imerge-nos na
morte e ressurreição de Jesus.
Por
isso, o Baptismo regenera-nos, num novo nascimento que nos torna
membros do Corpo de Cristo que é a Igreja, fazendo com que
participemos também da sua missão no mundo.
Trata-se
de um dom absolutamente gratuito.
Porém,
apesar de que ninguém mereça receber esse dom, é necessário
acolhê-lo com o coração aberto à fé, de tal modo que o
sacramento realize em nós uma cristificação, ou seja, que
nos converta num outro Cristo.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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