D.
Manuel pede o nosso contributo para ajudar a população de
Moçambique atingida pelo ciclone Idai
A
Diocese do Porto quer recolher 100 mil euros de ajuda à população
de Moçambique atingida pelo ciclone Idai, a acrescentar aos 60 mil
já disponibilizados, e lançou um apelo à solidariedade de todos
dos cristãos.
“O
sonho é chegarmos aos 100 mil euros.
Para
isso, precisamos do contributo dos nossos cristãos, individualmente
ou por intermédio das suas paróquias e organismos.”
Mensagem
de D. Manuel:
A
responsabilidade global
Fomos
nós quem contribuiu para o ciclone Idai e, consequentemente, para o
rasto de morte e destruição que deixou no centro de Moçambique?
A
pergunta é tudo menos retórica ou ociosa.
É
óbvio que ninguém quer acarretar com as culpas.
É
óbvio que nenhum de nós se foi confessar, acusando-se de estar
implicado no sumo mal das perdas de vidas e bens de primeira
necessidade.
É
óbvio que nem sequer pensamos nisso e tomamos a culpa à natureza.
Não
obstante, os cientistas espicaçam a nossa consciência ao garantirem
que há interferências entre poluição e mudanças climáticas.
E
o Papa Francisco, com a sabedoria e a franqueza que o caracterizam,
também aponta o dedo ao nosso estilo de vida sôfrego de consumismo,
o que acaba por se repercutir na pobreza dos pobres.
Escreve
ele na «Encíclica sobre o cuidado da casa comum»:
“A
deterioração do meio ambiente e da sociedade afectam de modo
especial os mais frágeis do planeta.
Tanto
a experiência comum da vida quotidiana como a investigação
científica demonstram que os efeitos mais graves de todas as
agressões ambientais recaem sobre as pessoas mais pobres” (LS 48).
Não
é aqui o lugar para desenvolver este assunto, porventura, recorrendo
aos dados científicos.
Mas
é altura de nos comprometermos com a indigência dos necessitados,
tanto mais, então, porque o nosso estilo de vida «desarruma» e põe
em perigo a casa comum de toda a humanidade.
A
sociedade portuguesa e internacional está a responder razoavelmente
às urgências que a situação nos impõe.
Claro
que a Diocese do Porto não poderia ficar na penumbra.
Mercê
dos contributos da Irmandade dos Clérigos e do Fundo Diocesano,
temos já 60.000 euros para transferência imediata para as dioceses
mais atingidas: Beira, Chimoio, Gurué, Quelimane e Tete.
Mas
o sonho é chegarmos aos 100.000.
Para
isso, precisamos do contributo dos nossos cristãos, individualmente
ou por intermédio das suas paróquias e organismos.
A
conta é a do Fundo Social Diocesano: PT50.0018.2194.01559041020.17,
com a indicação “Moçambique”.
Há
um velho princípio da moral que diz que para o pobre se desenvolver,
os ricos têm de se envolver.
Neste
caso, para os pobres refazerem a sua vida, é indispensável que a
nossa se comprometa com a deles.
Fontes:
Diocese do Porto; Agência Ecclesia
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