«Assim
como temos necessidade do pão, temos também necessidade do perdão»
Recordou
o Papa Francisco na catequese de hoje
Prosseguindo
as catequeses sobre o Pai-Nosso, o Santo Padre comentou a expressão:
«Perdoai as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido», a partir de um excerto da primeira Carta de São João
(1, 8-9).
Referindo-se
precisamente às palavras do apóstolo – «Se dizemos que não
temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em
nós» – o Papa advertiu contra a tentação do orgulho, definido
«a atitude mais perigosa de toda a vida cristã» porque impele o
homem a pôr-se diante de Deus «pensando que tem sempre as contas em
ordem com Ele».
Entre
os pecados «sub-reptícios que se escondem no coração sem que nos
apercebamos» o Papa Francisco indicou a soberba, que «pode
contagiar até as pessoas que levam uma vida religiosa intensa».
Ao
contrário, reiterou, «diante de Deus somos todos pecadores».
E
a Ele «somos devedores porque nesta vida recebemos muito»: de facto
«amemos, antes de tudo porque fomos amados, perdoemos porque fomos
perdoados».
Resumo
da catequese do Papa Francisco:
Depois
de pedir «o pão nosso de cada dia», a oração do Pai-Nosso entra
no campo das nossas relações com os outros: «Perdoai-nos as nossas
ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido».
Assim
como temos necessidade de pão, também precisamos do perdão todos
os dias.
A
posição mais perigosa da vida é a do orgulho: a atitude de quem se
coloca diante de Deus, pensando que as suas contas com Ele estão em
ordem.
Como
aquele fariseu da parábola que, no templo, pensava estar a rezar,
quando na verdade estava apenas a louvar-se a si mesmo diante de
Deus.
Pelo
contrário, o publicano – um pecador desprezado por todos – não
se sente digno sequer de entrar no templo, fica ao fundo e confia-se
à misericórdia de Deus.
E
Jesus comenta: «Este, o publicano, voltou para casa justificado
(isto é, perdoado, salvo); e o outro, não».
Há
pecados que se vêem e outros que passam despercebidos aos olhos dos
demais e, por vezes, nem nós próprios nos damos conta.
O
pior destes é a soberba, o orgulho: o pecado que rompe a
fraternidade, levando-nos a presumir que somos melhores do que os
outros, que nos faz crer iguais a Deus.
Mas,
diante de Deus, somos todos pecadores; e não faltam motivos para
batermos no peito, como aquele publicano no templo.
Escreve
São João: «se dizemos que não temos pecado, enganamo-nos a nós
mesmos e a verdade não está em nós».
A
verdade é que ninguém ama tanto a Deus como Ele nos amou a nós.
Basta
fixar Jesus crucificado, para vermos a desproporção: amou-nos
primeiro e não deixará jamais de nos amar.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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