Nesta
Quarta-feira o Papa Francisco iniciou um novo ciclo de catequeses
dedicado às Bem-aventuranças
Na
primeira catequese, o
Papa Francisco
deu uma
explicação global das palavras de Jesus.
O
Santo Padre afirmou que, antes
de tudo, é importante como acontece a proclamação desta mensagem:
as
suas
palavras são endereçadas aos discípulos, com um horizonte mais
amplo que é a multidão que se reuniu às margens do mar da Galileia
– multidão que representa hoje toda a humanidade.
"É
uma mensagem para toda a humanidade."
As
Bem-aventuranças,
prosseguiu o Papa,
compõem-se
de três partes.
Da
primeira
consta sempre a palavra felizes
/ Bem-aventurados;
depois, a situação
em que se encontram: pobreza, aflição, injustiça, guerra,
perseguição, etc.; e finalmente o motivo
de tal felicidade, introduzido pela palavra “porque…”.
No
final da Audiência Geral o Papa Francisco fez uma recomendação:
ler o capítulo quinto do Evangelho de Mateus e decorar as
Bem-aventuranças:
“As
Bem-aventuranças levam à alegria, sempre.
São
o caminho para chegar à alegria.
Vai
fazer-nos bem, hoje, pegar o Evangelho de Mateus, capítulo 5,
versículos 1-11 e ler as Bem-aventuranças - e talvez repetir isso,
algumas vezes durante a semana, para entender este caminho belo e
certo da felicidade que o Senhor nos propõe.”
Resumo
da catequese do Santo Padre:
O
texto das «Bem-aventuranças» oferece-nos o «Bilhete de
Identidade» do cristão, apresentando-nos o estilo de vida de Jesus,
a norma de vida do cristão.
Nelas
Jesus não impõe nada; apenas revela o caminho da felicidade, o seu
caminho, repetindo oito vezes a palavra «felizes…».
Cada
«Bem-aventurança» compõe-se de três partes: primeiro, a palavra
«felizes»; depois, a situação em que se encontram estes
felizardos: pobreza, aflição, injustiça, guerra, perseguição,
etc.; e finalmente o motivo de tal felicidade, introduzido pela
palavra «porque…».
Se
repararmos bem nos vários motivos, constatamos que dizem respeito
não à situação actual, mas à nova condição que os
Bem-aventurados receberão de Deus.
De
facto, ao indicar tais motivos, Jesus usa frequentemente um futuro
passivo: serão consolados, serão saciados, etc.
Trata-se
do chamado «passivo divino», ou seja, para evitar nomear o santo
Nome de Deus em vão, o judeu usava o verbo no passivo, bem ciente,
porém, de que o sujeito não nomeado é Deus: sim, é Ele que
realiza tudo isto, a iniciativa é sempre d’Ele.
Assim,
as Bem-aventuranças indicam oito portas pelas quais se pode
experimentar a força e a providência de Deus: só Ele pode saciar o
coração do homem.
E,
para Se dar a nós, muitas vezes escolhe estradas impensáveis, tais
como a das nossas limitações, das nossas lágrimas, das nossas
derrotas; pois, a esta felicidade que vem de Deus, aplicam-se as
palavras ditas por Jesus a propósito da paz trazida por Ele: «Não
é como a dá o mundo, que Eu vo-la dou» (Jo 14, 27).
Aqui
pensamos na alegria pascal de Cristo que está vivo e glorioso, mas
traz os estigmas: atravessou a morte e experimentou o poder de Deus.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano
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