O
Papa Francisco aos participantes no Congresso Internacional "A
riqueza dos anos"
O
Papa Francisco recebeu hoje os participantes do primeiro Congresso
Internacional da Pastoral dos Idosos sobre o tema “A riqueza dos
anos”.
A
conferência, promovida pelo Dicastério para os Leigos, a Família e
a Vida, focou a atenção na Pastoral dos Idosos e iniciou uma
reflexão sobre a presença substancial de avós nas paróquias e
sociedades.
“A
riqueza dos anos é riqueza das pessoas, de cada pessoa que tem
muitos anos de vida, experiência e história.
É
o tesouro precioso que toma forma no percurso da vida de cada homem e
mulher, qualquer que seja a sua origem, sua proveniência, suas
condições económicas ou sociais.
A
vida é um dom, e quando é longa é um privilégio, para si e para
os outros.
Sempre,
sempre é assim.”
"No
século XXI, a velhice tornou-se um dos traços marcantes da
humanidade.
Em
poucas décadas, a pirâmide demográfica, que se referia a um grande
número de crianças e jovens e tinha no vértice poucos idosos, foi
invertida.
Se
tempos atrás os idosos povoavam um pequeno estado, hoje enchem um
continente inteiro.
Nesse
sentido, a grande presença de idosos é uma novidade para o ambiente
social e geográfico do mundo.
Além
disso, a velhice hoje corresponde a estações diferentes da vida:
para alguns é a idade em que cessa o compromisso de produzir, as
forças declinam e aparecem os sinais de doença, da necessidade de
ajuda e o isolamento social, para outros é o início de um longo
período de bem-estar psicofísico e liberdade das obrigações de
trabalho."
O
Papa Francisco convidou a ir “ao encontro dos idosos com o sorriso
no rosto e o Evangelho nas mãos”.
A
sair pelas ruas das paróquias, procurando os idosos que vivem
sozinhos.
"A
velhice não é uma doença, mas um privilégio! A solidão pode ser
uma doença que pode ser curada com a caridade, a proximidade e o
conforto espiritual”.
“Deus
tem um povo numeroso de avós em todas as partes do mundo.
Hoje,
nas sociedades secularizadas de muitos países, as gerações actuais
de pais não têm, na sua maioria, a formação cristã e a fé viva
que os avós podem transmitir aos seus netos.
Eles
são o elo indispensável na educação das crianças e dos jovens na
fé.
Devemos
acostumar-nos a incluí-los em nossos horizontes pastorais e a
considerá-los como uma das componentes vitais de nossas comunidades.
Eles
não são apenas pessoas que somos chamados a ajudar e a proteger,
mas podem ser protagonistas de uma pastoral evangelizadora,
testemunhas privilegiadas do amor fiel de Deus.”
O
I Congresso Internacional da Pastoral dos Idosos contou com a
participação de 550 pessoas em representação de Conferências
Episcopais, congregações religiosas, associações e movimentos
laicais provenientes de 60 países.
Portugal
esteve presente uma delegação de 17 pessoas, composta por oito
participantes do Movimento Vida Ascendente, três do Departamento
Nacional da Pastoral Familiar, dois casais, D. Joaquim Mendes –
presidente da Comissão Episcopal Laicado e Família (CELF) – e
José Ribeiro da Cruz, secretário da CELF.
Um
dos conferencistas convidados foi o cardeal José Tolentino de
Mendonça, o qual defendeu que “ser velho é um extraordinário
milagre de amor e resiliência”.
“A
terceira idade não é o fim. Vista pelos olhos da fé, pode ser o
começo”, sustentou o bibliotecário e arquivista da Santa Sé.
O
cardeal português falou dos idosos como “mestres convictos da fé”,
realçando que “o ser humano não precisa apenas de uma educação
escolar, mas de uma transmissão vital”.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; Agência Ecclesia
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