Consagrados
para evangelizar
O
lema escolhido para a Semana do Consagrado de 2020
que
decorre de 26Jan a 2Fev2020
A
instituição do Dia do Consagrado por S. João Paulo II teve como
objectivo ser uma jornada de acção de graças pelo dom da vida
consagrada que enriquece e alegra a Igreja, um dia que promove o
conhecimento e a estima pela vida consagrada pela Igreja, pelo povo
de Deus, e um convite a todas as pessoas consagradas, para celebrarem
juntas as maravilhas que o Senhor realiza nelas e através delas, no
tempo.
Esta
semana ajuda-nos a olhar, com especial atenção, para este grande
tesouro na vida da Igreja e da humanidade que é a vida consagrada.
Na
diversidade de expressões que adquiriu, identificamos a incessante
acção do Espírito Santo que sempre suscitou homens e mulheres
santos que deixaram marcas de Deus na história.
Na
verdade, a vida consagrada está colocada mesmo no coração da
Igreja, como elemento decisivo para a sua missão, e não se
restringe aos tempos passados, mas continua a ser um dom precioso e
necessário também no presente e para o futuro do Povo de Deus,
porque pertence intimamente à sua vida, santidade e missão.
A
nossa consciência atenta e agradecida desemboca, naturalmente, em
expressões de oração.
Pedimos
ao Senhor que os mais jovens descubram a riqueza do seu baptismo,
dêem tempo à escuta e respondam com alegria e generosidade à sua
vocação.
No
nosso tempo a vida consagrada pode e deve constituir um sinal de luz
e de esperança.
Estas
pessoas comprometidas com o tempo, neste tempo, dando tempo a ser
como candelabro que acolhendo Jesus, Luz das nações, O irradiam.
Mensagem
de D. António Augusto de Oliveira Azevedo, Presidente da Comissão
Episcopal das Vocações e Ministérios:
«CONSAGRADOS
PARA EVANGELIZAR»
SEMANA
DO CONSAGRADO – 2020
MENSAGEM
Consagrados
para evangelizar, o lema escolhido para a Semana do Consagrado de
2020, aponta para a principal razão de ser de cada Instituto,
Congregação ou Sociedade de Vida Apostólica.
A
Igreja, na sua pluralidade de expressões, existe para evangelizar na
fidelidade ao mandato de Jesus Cristo e às inspirações do Espírito
Santo.
Na
Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, o Papa Francisco
convida os cristãos para uma nova etapa evangelizadora.
Esta
prioridade da vida da Igreja, para ser concretizada de modo eficaz,
precisa de se revestir de alegria e de novidade.
A
alegria irradiada por quem se reconhece salvo, amado e escolhido por
Deus.
A
novidade que acontece «sempre que procuramos voltar à fonte e
recuperar o frescor original do Evangelho», condição para que
possam despontar «novas estradas, métodos criativos, formas de
expressão, sinais mais eloquentes, palavras cheias de significado
para o mundo actual» (EG, 11).
As
várias formas de Vida Consagrada têm um contributo específico e
decisivo a dar neste processo evangelizador.
Tal
como sucedeu nas grandes vagas da evangelização, em que foi
essencial o papel das comunidades monásticas, das ordens e dos
institutos missionários, também agora, essas e outras formas de
consagração se revestem de grande importância.
A
especificidade do contributo dos consagrados e consagradas para a
evangelização «consiste, primariamente, no testemunho de uma vida
totalmente entregue a Deus e aos irmãos (…) Ela mostra
eloquentemente que quanto mais se vive de Cristo, tanto mais se pode
servi-Lo nos outros, aventurando-se até aos postos da vanguarda da
missão e abraçando os maiores riscos» (VC, 76).
A
missão evangelizadora de cada consagrado, assumida segundo o
projecto da própria congregação ou instituto e em diálogo e
comunhão com outras realidades eclesiais, é verdadeiramente
profética.
Ela
assenta no testemunho de uma vida centrada em Deus, confirmada na
radicalidade do seguimento de Jesus e no serviço à Igreja.
O
próprio estilo de vida comunitário e a vivência da pobreza,
castidade e obediência são sinais proféticos que interpelam o
mundo e disponibilizam para a missão.
A
Vida Consagrada é um dos maiores tesouros da vida da Igreja.
As
suas variadas expressões são prova de que, ao longo dos séculos,
homens e mulheres crentes, iluminados pelo Espírito e cheios do fogo
do amor Deus, souberam encontrar instrumentos adequados para a
evangelização.
No
nosso tempo é necessário o discernimento para perceber o que Deus
pede a cada pessoa e instituição.
Um
discernimento que inclui a escuta da Palavra de Deus, a docilidade ao
Espírito e a capacidade de ler e interpretar os sinais dos tempos.
Mesmo
que a realidade de hoje se afigure complexa, os desafios imensos e os
meios limitados, nenhuma destas circunstâncias dispensa que a
motivação evangelizadora seja o grande objectivo de todas as
opções.
A
Semana do Consagrado é ocasião para conhecer melhor esta realidade
tão rica e multiforme da vida da Igreja.
É
também oportunidade para reconhecer e valorizar o trabalho que os
vários institutos e congregações desenvolvem ao serviço da
sociedade, nos mais variados domínios.
Mas
é sobretudo momento para dar graças a Deus pelo testemunho e
dedicação dos consagrados e consagradas na acção evangelizadora
da Igreja, e para pedir que o Senhor a todos renove no entusiasmo
pela missão.
+António
Augusto de Oliveira Azevedo
Presidente
da Comissão Episcopal das Vocações e Ministérios
Fontes:
Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal; Secretariado
Diocesano da Pastoral das Vocações - Porto
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