Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

PENSAR NA ATITUDE DO CRISTÃO

 



O cristão deve ser aberto

à Palavra de Deus e aos irmãos

   


O Papa Francisco concluiu o ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico, pedindo para nos deixarmos "inspirar pela Palavra de Deus para ajudar a cultivar a paixão pelo anúncio do Evangelho".

Também nós, que recebemos o effatá do Espírito no Baptismo, somos chamados a abrir-nos. “Abre-te”, diz Jesus a cada crente e à sua Igreja: abre-te porque a mensagem do Evangelho precisa de ti para ser testemunhado e anunciado! E isto faz-nos pensar também na atitude do cristão: o cristão deve estar aberto à Palavra de Deus e ao serviço do próximo. Os cristãos fechados acabam mal, sempre, porque não são cristãos, são ideólogos, ideólogos do fechamento. O cristão deve estar aberto ao anúncio da Palavra, ao acolhimento dos irmãos e irmãs.”

O Papa Francisco convidou cada um a perguntar-se:

Amo verdadeiramente o Senhor, a ponto de o querer anunciar? Desejo tornar-me sua testemunha ou contento-me com ser seu discípulo? Tomo a peito as pessoas que encontro, levo-as a Jesus na oração? Desejo fazer algo para que a alegria do Evangelho, que transformou a minha vida, torne a vida deles mais bela? Pensemos nisto, reflictamos sobre estas perguntas e vamos em frente com o nosso testemunho.”



PAPA FRANCISCO - AUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI, Quarta-feira, 13 de Dezembro de 2023

Catequeses. A paixão pela evangelização: o zelo apostólico do crente.

30. Effatà, abre-te Igreja!

Estimados irmãos e irmãs!

Hoje concluímos o ciclo dedicado ao zelo apostólico, no qual nos deixamos inspirar pela Palavra de Deus para ajudar a cultivar a paixão pelo anúncio do Evangelho. E isto diz respeito a cada cristão. Pensemos no Baptismo, quando o celebrante diz, tocando os ouvidos e os lábios do baptizado: «O Senhor Jesus, que fez ouvir os surdos e falar os mudos, te conceda ouvir depressa a sua palavra e professar a tua fé».

E ouvimos o prodígio de Jesus. O evangelista Marcos descreve minuciosamente o lugar onde ele ocorreu: «Rumo ao mar da Galileia...» (7, 31). O que têm em comum estes territórios? São habitados predominantemente por pagãos. Não eram territórios habitados por judeus, mas sobretudo por pagãos. Os discípulos saíram com Jesus, que é capaz de abrir os ouvidos e a boca, ou seja, o fenómeno da mudez e da surdez, que na Bíblia é também metafórico e designa o fechamento às exortações de Deus. Existe uma surdez física, mas na Bíblia quem é surdo à palavra de Deus é mudo, não comunica a palavra de Deus.

Há também outro sinal indicativo: o Evangelho cita a palavra decisiva de Jesus em aramaico, effatá, que significa “abre-te”, que se abram os ouvidos, que se abra a língua, é um convite dirigido não tanto ao surdo-mudo, que não podia ouvi-lo, mas precisamente aos discípulos daquela época e de todos os tempos. Também nós, que recebemos o effatá do Espírito no Baptismo, somos chamados a abrir-nos. “Abre-te”, diz Jesus a cada crente e à sua Igreja: abre-te porque a mensagem do Evangelho precisa de ti para ser testemunhado e anunciado! E isto faz-nos pensar também na atitude do cristão: o cristão deve estar aberto à Palavra de Deus e ao serviço do próximo. Os cristãos fechados acabam mal, sempre, porque não são cristãos, são ideólogos, ideólogos do fechamento. O cristão deve estar aberto ao anúncio da Palavra, ao acolhimento dos irmãos e irmãs. E por isso, este effatá, este “abre-te”, é um convite a todos nós para nos abrirmos.

Já no final dos Evangelhos, Jesus recomenda-nos o seu desejo missionário: ide além, ide apascentar, ide anunciar o Evangelho.

Irmãos, irmãs, como baptizados, sintamo-nos todos chamados a testemunhar e a anunciar Jesus. E, como Igreja, peçamos a graça de ser capazes de realizar uma conversão pastoral e missionária. Nas margens do mar da Galileia, o Senhor perguntou a Pedro se o amava e depois pediu-lhe para apascentar as suas ovelhas (cf. vv. 15-17). Interroguemo-nos também nós, que cada um de nós faça esta pergunta, questionemo-nos: amo verdadeiramente o Senhor, a ponto de o querer anunciar? Desejo tornar-me sua testemunha ou contento-me com ser seu discípulo? Tomo a peito as pessoas que encontro, levo-as a Jesus na oração? Desejo fazer algo para que a alegria do Evangelho, que transformou a minha vida, torne a vida deles mais bela? Pensemos nisto, reflictamos sobre estas perguntas e vamos em frente com o nosso testemunho.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano


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