D. Armindo Lopes Coelho
Nasceu a 16 de Fevereiro de 1931 na freguesia de Santa Comba de Regilde, concelho de Felgueiras, diocese do Porto;
Faleceu a 29 de Setembro de 2010, aos 79 anos, em Ermesinde, na Casa da Mão Poderosa, da diocese do Porto.
Entrou
no seminário em 1942, concluindo o curso de Teologia no Seminário
Maior do Porto em 1954.
Foi ordenado sacerdote em 01 de Agosto de1954 e enviado para Roma onde frequentou a Universidade Gregoriana até 1959 e se licenciou em Filosofia e em Teologia.
Em
1959 foi nomeado Prefeito e Professor do Seminário do Porto, onde
leccionou até 1974.
Deu
aulas no Instituto de Ciências Humanas e Teológicas, até ser
nomeado bispo titular de Elvas e auxiliar do Porto em 1979.Deu ainda aulas no Liceu Normal de D. Manuel II, no Instituto de Serviço Social do Porto e no Centro de Cultura Católica.
De
1962 a 1965 foi assistente diocesano da Juventude Universitária
Católica, assistente da Pastoral Familiar nas Equipes de Nossa
Senhora e assistente na Escola de Pais Nacional, de que foi
cofundador.
Foi
cónego da Sé do Porto de 1971 até 1982.
Foi
nomeado vigário episcopal para o Clero e Renovação do Ministério
Eclesiástico em 1975 e pró vigário geral da Diocese do Porto em
1976.
Em
27 de Setembro de 1982 foi nomeado bispo da Diocese de Viana do
Castelo.
Em
13 de Junho de 1997 foi nomeado bispo do Porto, tomando posse a 29 de
Julho.Em 22 de Fevereiro de 2007 foi aceite sua resignação pelo Papa Bento XVI.
Depois
da resignação, passou a residir na Casa da Mão Poderosa, em
Ermesinde, onde faleceu.
Foi
sepultado num jazigo do cemitério da Lapa.
Desta forma, D. Manuel Clemente, então Bispo do Porto, comunicou
o falecimento de D. Armindo Lopes Coelho:
Na
Casa da Mão Poderosa e junto dos restos mortais do Senhor D. Armindo
Lopes Coelho, Bispo Emérito do Porto, há pouco falecido, cumpro o
dever de comunicar o doloroso facto à Diocese do Porto, bem como à
de Viana do Castelo e a todas em geral.
O
Senhor D. Armindo foi um fiel e generoso pastor da Igreja, com
abnegada dedicação à causa do Evangelho em todos os importantes
cargos que lhe foram confiados.
A
todos nos deixa um grande exemplo de serviço eclesial, que nos cabe
agradecer e continuar.
Pedindo
a Deus a feliz recompensa dos seus muitos méritos, informo que os
seus restos mortais estarão na Sé do Porto a partir desta tarde,
sendo celebrada Missa Exequial amanhã, Quinta-feira, às 16 horas.
+
Manuel Clemente, Bispo do Porto
29
Set 2010
E foi com palavras de D. Armindo que D. Manuel Clemente terminou a sua Homilia da Missa Exequial:
[...]
No tempo difícil que vivemos, o fortalecimento das famílias, é inadiável para o futuro que precisamos de alcançar.
No tempo difícil que vivemos, o fortalecimento das famílias, é inadiável para o futuro que precisamos de alcançar.
Assim
se revelam as redes familiares, como indispensáveis para a
sobrevivência - árdua sobrevivência nalguns casos! - de tantos
concidadãos nossos.
Oiçamos
D. Armindo:
“A
condição de Deus Trino e pessoal é a raiz da nossa condição
humana de socialidade, sociabilidade e solidariedade. E é por isso
que a pessoa humana egoisticamente individual e solitária redunda
numa atitude ou condição, mesmo que inconsciente, contra a própria
natureza humana, radicalmente sociável e social. […] É neste
espírito e contexto que importa reflectir sobre a Família. […]
Sendo uma comunidade natural que denota a sociabilidade humana, a
família contribui de modo insubstituível para o bem da sociedade,
de tal modo que pode considerar-se uma garantia contra qualquer
tendência individualista ou colectivista. […] É por isso que se
afirma a prioridade da família em relação à sociedade e ao
Estado. A família não é para a sociedade e para o Estado. A
sociedade e o Estado é que são para a família”
(Homilia
na Solenidade da Santíssima Trindade – Dia Diocesano da Família,
11 de Junho de 2006. Igreja Portucalense, nº 11, p. 38-39).
Finalmente,
nas últimas ordenações sacerdotais a que presidiu nesta Sé, o
Senhor D. Armindo deixou-nos palavras que certamente ouvirão com
renovado assentimento os novos presbíteros desse dia, como
acolheremos nós todos, especialmente os que compartilhamos o
sacerdócio ministerial:
“Agora
ides vós que sois os apóstolos deste tempo e para este mundo. Ides
na pessoa de Jesus (in persona Christi) […], para serdes seus
representantes, a sua presença entre o povo. […] Apesar de
ataques, marginalizações, desconsiderações e desconfortos, é
preciso haver quem ensine o Evangelho e esteja disponível para o
ministério de Deus e para a paz entre os homens”
(Homilia
nas Ordenações Sacerdotais, 9 de Julho de 2006. Ibidem, p.28).
“Para
o serviço de Deus e a paz entre os homens”: mais ainda
do que uma exortação situada, estas palavras do Senhor D. Armindo
podem resumir-lhe a vida inteira: lúcida, serena e dedicada.
Essa
mesma vida que agora agradecemos a Deus e nos comprometemos a
prosseguir na Igreja de Cristo, para bem de todos.
Sé
do Porto, 30 de Setembro de 2010
+
Manuel Clemente
Fontes:
Agência Ecclesia, Agência Lusa, Expresso.
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