Nesta o Santo Padre retomou as catequeses sobre a Igreja neste Ano da Fé.
Começou
por dizer que de entre as imagens que o Concílio Vaticano II
escolheu para nos fazer perceber melhor a natureza da Igreja está
aquela da Mãe: a Igreja é nossa Mãe na Fé.
É
esta uma das imagens mais usadas pelos Pais da Igreja nos primeiros
séculos e, segundo o Papa Francisco, talvez possa ser útil também
para nós.
E,
assim, o Santo Padre partiu da realidade da maternidade e perguntou:
“o que faz uma mãe?”
"Em
primeiro lugar, uma mãe gera a vida. Assim também faz a Igreja, que
no
baptismo
nos gera como filhos de Deus, nos gera na fé.”
Ensina-nos
a dizer “eu creio”, porque um
cristão não é uma ilha e não é gerado em “laboratório”,
pois a fé é um dom de Deus que nos é dado na Igreja e através da
Igreja. E a Igreja dá-nos a vida na Fé no Baptismo.
Foi
neste momento que o Papa Francisco se dirigiu à multidão,
perguntando quantos cristãos se lembravam da data do Baptismo,
recordando que esta é a data em que a “Igreja
nos gerou”.
E deu “uma tarefa” aos fiéis presentes, que, ao voltarem para casa, procurassem saber a data do próprio Baptismo, para recordá-la no coração e festejá-la.
Além
de dar a vida, uma mãe também nutre os seus filhos, dá-lhes
educação e corrige-os. “Uma boa mãe ajuda
os filhos a saírem de si mesmos, a não permanecerem comodamente sob
as asas maternas, como uma ninhada de pintainhos sob as asas da
galinha.”
“A
Igreja, como boa mãe, faz a mesma coisa: acompanha o nosso
crescimento, transmitindo a Palavra de Deus e administrando os
sacramentos. Nutre-nos com a Eucaristia, oferece-nos o perdão de
Deus e ampara-nos nos momentos de doença.”
Por
último, o Papa Francisco lembrou que, ainda que a Igreja forme os
cristãos, Ela também é formada por eles.
“Ela
não é diferente de nós mesmos, mas é vista como a totalidade dos
fiéis: eu, tu, ele, nós somos parte da Igreja. “Às vezes
– diz o Papa Francisco - , ouço: acredito em
Deus, mas não na Igreja. Não acredito naquele padre. Mas a Igreja
não são só os padres.”
Desta
forma, o Papa Francisco reforçou a ideia da Igreja que somos: Todos
iguais através do baptismo!
Desta forma, alguém que diz acreditar
em Deus mas não acredita na Igreja... não acredita em si próprio,
porque todos somos Igreja.
Rádio
Vaticano, 11-09-2013
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