Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 21 de março de 2014

O DESEMPREGO É FRUTO DA GLORIFICAÇÃO DO DINHEIRO

O problema do desemprego é causado por um sistema económico incapaz de criar trabalho porque coloca no centro um ídolo, o dinheiro.
O trabalho é uma realidade essencial.
O desempregado é marginalizado, vítima da exclusão social.


Considerações do Papa Francisco, recebendo na manhã de ontem, quinta-feira, alguns milhares de pessoas provenientes da diocese italiana de Terni, nomeadamente operários e dirigentes das fábricas de aço daquela região, criadas há 130 anos, mas agora numa crise que levou a despedimentos.

Perante a actual evolução da economia e da actividade laboral, o Papa fez questão de “reafirmar que o trabalho é uma realidade essencial para a sociedade, para as famílias e para os indivíduos”.

O trabalho não tem apenas uma finalidade económica e de lucro, mas sobretudo uma finalidade que diz respeito ao homem e à sua dignidade.
Se faltar o trabalho, fere-se esta dignidade”.

Interrogando-se sobre o que se haverá que dizer perante o “gravíssimo problema do desemprego que afecta diversos países europeus”, observou o Papa Francisco:

(O desemprego) é a consequência de um sistema económico que se tornou incapaz de criar trabalho porque colocou no centro um ídolo, o dinheiro!

Há que adoptar uma posição diferente, baseada na justiça e na solidariedade.

O trabalho é um bem de todos, que deve estar disponível para todos.
A fase de grave dificuldade e desemprego tem que ser enfrentada com os instrumentos da criatividade e da solidariedade... – a solidariedade entre todas as componentes da sociedade, que renunciam a alguma coisa e adoptam um estilo de vida mais sóbrio, para ajudar a todos os que se encontram em situação de dificuldade.

Na parte final do seu discurso a esta numerosa peregrinação de Terni, o Santo Padre dirigiu-se especialmente aos fiéis da diocese, sublinhando “o empenho primário” de reavivar as raízes da fé e da adesão a Jesus Cristo.
Uma fé que seja “viva e vivificante”.

É aqui que está o princípio inspirador das opções de um cristão: a sua fé. A fé move montanhas!
Uma fé acolhida com alegria, vivida a fundo e com generosidade pode conferir à sociedade uma força humanizante”.

E o Papa concluiu exortando a continuar sempre a “esperar num futuro melhor”, sem cair no “vórtice do pessimismo”.
Se cada um fizer a parte que lhe toca, consolidando uma atitude de solidariedade e partilha fraterna, há-de se conseguir “sair do pântano de uma fase económica e laboral árdua e difícil “.

Fonte: Rádio Vaticano

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