É
amanhã que o Papa Francisco parte para a Terra Santa para uma viagem
de grande importância para o diálogo inter-religioso.
Percorrerá
três estados em três dias: A Jordânia, a Palestina e Israel.
O
Santo Padre percorrerá os caminhos da história para abrir um novo
tempo de diálogo e esperança.
Foi
no dia 5 de Janeiro de 2014 que o Papa Francisco anunciou que
visitaria a Terra Santa, para comemorar o histórico encontro entre o
Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, realizado exactamente no dia
5 de Janeiro de 1964, no Monte das Oliveiras em Jerusalém, há 50
anos.
Então,
em 1964, encontravam-se pela primeira vez depois de 525 anos os
máximos representantes da Igreja católica e da Igreja ortodoxa e,
na sua pessoa, duas Igrejas irmãs que estão divididas há mais de
nove séculos.
O
Patriarca Atenágoras e Paulo VI, em 1964, em Jerusalém
O
Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I e o Papa Francisco, em
2013, em Roma
A
deslocação do Papa Francisco será a Amã na Jordânia, a Belém na
Palestina e a Jerusalém em Israel.
A
viagem à Terra Santa terá um carácter inter-religioso, dimensão
demonstrada pela delegação papal que integra um rabino e um
representante muçulmano, marcando também um novo tempo de diálogo.
O
primeiro dia da peregrinação, sábado, 24 de Maio,
será dedicado aos encontros na Jordânia com destaque para a Missa
onde será celebrada a Primeira Comunhão de 1400 crianças;
Importante também a visita ao lugar do Baptismo de Jesus no Rio
Jordão.
O
dia 25, Domingo, será o dia dedicado pelo Papa
à Palestina encontrando-se com o Presidente Mahmoud Abbas e
celebrando a Eucaristia na Praça da Manjedoura de onde recitará o
Regina Coeli dominical; Estará também com um grupo de refugiados.
À
tarde, o Papa chegará ao Estado de Israel.
Após
uma cerimónia de boas-vindas, terá o encontro com o Patriarca
Ecuménico de Constantinopla Bartolomeu com a assinatura de uma
declaração conjunta.
Segue-se
um momento crucial e histórico, com a oração ecuménica com todos
os representantes das Igrejas cristãs de Jerusalém na Basílica do
Santo Sepulcro. Um momento ecuménico, que é a grande novidade
ecuménica desta viagem: uma oração em comum num lugar santo de
Jerusalém, no Santo Sepulcro em particular, é algo que nunca
aconteceu antes. As comunidades cristãs que podem celebrar e rezar
nos lugares santos fazem-no – e sempre o fizeram até agora –
separadamente, nos tempos propícios e destinados às diversas
comunidades.
No
último dia da peregrinação, Segunda-feira 26 de Maio, o
Papa Francisco estará na Esplanada das Mesquitas, terá um momento
de oração junto ao Muro das Lamentações e estará no Monte Herzl
para depositar flores no monte que tem o nome do fundador do
movimento sionista.
O
Santo Padre depois de prestar homenagem às vítimas do Holocausto no
memorial Yad Vashem, terá um encontro com o Presidente Peres.
A
peregrinação do Papa terminará com uma Eucaristia no Cenáculo com
os Ordinários da Terra Santa e com a delegação papal.
Na
reunião da Assembleia dos Bispos Católicos da Terra Santa,
realizada em Março passado, os líderes das comunidades católicas
em Israel, Palestina, Jordânia e Chipre, definiram o lema e o
logótipo da peregrinação do Papa Francisco a realizar de 24 a 26
de Maio de 2014.
Ut
unum sinté é o lema que
adoptaram para a visita do Papa Francisco - para
que os cristãos sejam um só,
na
versão do Vaticano.
O
logótipo, representa o abraço entre os apóstolos São Pedro e
Santo André – o santo que conduziu o seu irmão Pedro até Cristo
e que, por isto, é chamado «protóclito», os dois primeiros
discípulos chamados por Jesus na Galiléia, e patronos,
respectivamente, da Igreja de Roma e da Igreja Constantinopla.
Os
dois abraçam-se a bordo do barco, cujo mastro tem a cruz do Senhor,
que representa a Igreja.
Fontes:
Rádio Vaticano, L'Osservatore Romano, Assembleia dos Bispos Católicos
da Terra Santa, Fondazione Terra Santa
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