O
Papa Francisco na visita pastoral que realizou hoje a Campobasso e
Isérinia, duas dioceses do centro sul de Itália, põe em questão o
trabalho ao domingo e propõe um "pacto do trabalho".
Comentando
a intervenção de uma operária, mãe de família, o Papa agradeceu
o seu testemunho e o apelo por esta lançado a favor do trabalho e da
família.
“Trata-se
de procurar conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família.
É um ponto crítico, um ponto que nos permite discernir, avaliar a
qualidade humana do sistema económico em que nos encontramos”.
Foi
neste contexto que o Papa colocou a questão do “trabalho
dominical, que (observou) não diz respeito apenas aos crentes, mas
todos, como escolha ética”:
“A
pergunta é: a que é que queremos dar prioridade? O domingo livre do
trabalho – exceptuados os serviços necessários – está a
afirmar que a prioridade não é o elemento económico, mas o humano,
o gratuito, as relações não comerciais mas sim familiares,
amigáveis, para os crentes também a relação com Deus e com a
comunidade. Chegou porventura o momento de nos perguntarmos se
trabalhar ao domingo é uma verdadeira liberdade”.
O
Papa concluiu propondo aos trabalhadores e empresários presentes um
“pacto do trabalho” para responder ao “drama do desemprego e
congregando as forças de modo construtivo”.
“Não
ter trabalho não significa apenas não ter o necessário para viver.
Nós podemos comer todos os dias: vamos à Cáritas, a uma
associação, ao clube, vamos a estes lugares e dão-nos algo para
comer. Não é esta a questão. O problema consiste em não levar o
pão para casa: isto é grave, pois priva o homem da sua dignidade!”.
É
preciso debelar o flagelo do desemprego, e para isto é urgente “uma
estratégia concordada com as autoridades nacionais”,
para alcançar um autêntico “pacto
do trabalho que saiba
aproveitar as oportunidades oferecidas pelos regulamentos nacionais e
europeus”.
Fontes:
Rádio Vaticano e L'Osservatore Romano
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