Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 5 de julho de 2014

O PAPA FRANCISCO PÕE EM QUESTÃO O TRABALHO AO DOMINGO

O Papa Francisco na visita pastoral que realizou hoje a Campobasso e Isérinia, duas dioceses do centro sul de Itália, põe em questão o trabalho ao domingo e propõe um "pacto do trabalho".



Comentando a intervenção de uma operária, mãe de família, o Papa agradeceu o seu testemunho e o apelo por esta lançado a favor do trabalho e da família.

Trata-se de procurar conciliar os tempos do trabalho com os tempos da família. É um ponto crítico, um ponto que nos permite discernir, avaliar a qualidade humana do sistema económico em que nos encontramos”.

Foi neste contexto que o Papa colocou a questão do “trabalho dominical, que (observou) não diz respeito apenas aos crentes, mas todos, como escolha ética”:
A pergunta é: a que é que queremos dar prioridade? O domingo livre do trabalho – exceptuados os serviços necessários – está a afirmar que a prioridade não é o elemento económico, mas o humano, o gratuito, as relações não comerciais mas sim familiares, amigáveis, para os crentes também a relação com Deus e com a comunidade. Chegou porventura o momento de nos perguntarmos se trabalhar ao domingo é uma verdadeira liberdade”.

O Papa concluiu propondo aos trabalhadores e empresários presentes um “pacto do trabalho” para responder ao “drama do desemprego e congregando as forças de modo construtivo”.

Não ter trabalho não significa apenas não ter o necessário para viver. Nós podemos comer todos os dias: vamos à Cáritas, a uma associação, ao clube, vamos a estes lugares e dão-nos algo para comer. Não é esta a questão. O problema consiste em não levar o pão para casa: isto é grave, pois priva o homem da sua dignidade!”.

É preciso debelar o flagelo do desemprego, e para isto é urgente “uma estratégia concordada com as autoridades nacionais”, para alcançar um autêntico pacto do trabalho que saiba aproveitar as oportunidades oferecidas pelos regulamentos nacionais e europeus”.


Fontes: Rádio Vaticano e L'Osservatore Romano

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