Em
4 de Dezembro de 1963 o Papa Paulo VI promulga a Constituição
Sacrosanctum Concilium
sobre a Sagrada Liturgia
Em
16 de Fevereiro de 1964 entrou em vigor
Foi
com este documento que o Concílio Vaticano II realizou uma reforma
geral na liturgia.
Pode-se
dizer que uma das
ideias
fundamentais
do Concílio com esta constituição, como se diz expressamente no
seu número 14, foi que
todos os fieis participem das celebrações litúrgicas de maneira
consciente e activa:
14.
É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela
plena, consciente e activa participação nas celebrações
litúrgicas que a própria natureza da Liturgia exige e que é, por
força do Baptismo, um direito e um dever do povo cristão, «raça
escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido» (1 Ped.
2,9; cfr. 2, 4-5).
Na
reforma e incremento da sagrada Liturgia, deve dar-se a maior atenção
a esta plena e activa participação de todo o povo porque ela é a
primeira e necessária fonte onde os fiéis hão-de beber o espírito
genuinamente cristão.
No
entanto a Constituição sobre a Sagrada Liturgia não se reduz à
plena, consciente e activa participação dos fieis nas celebrações
litúrgicas, nem à introdução das línguas vernáculas na
celebração dos divinos mistérios.
Podemos
referir, para além da passagem de uma mera assistência para
a participação activa dos cristãos na sagrada Liturgia, o lugar
dado à Sagrada Escritura nas celebrações eucarísticas; a abolição
das grades que separavam o altar dos fiéis; o terminar da leitura da
epístola à esquerda e do evangelho à direita do altar; a
introdução da concelebração eucarística – a este propósito
lembramos que nos encontros eclesiásticos muitas vezes se montavam
pequenos altares para que cada padre, individualmente, pudesse dizer
Missa.
A
Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia foi dividida num proémio
e sete capítulos, com diversos sub capítulos cada um, e um
apêndice.
Capítulo
I - Princípios gerais em ordem à reforma e incremento da Liturgia
(como
sua natureza e importância na vida da Igreja, a formação litúrgica
e sua participação pelos fieis, entre outros, para enfim abordar a
reforma litúrgica propriamente dita, com diversos pontos, entre os
quais os relativos ao emprego do vernáculo);
Capítulo
II - O Sagrado Mistério da Eucaristia
(No
número 48 se lê: "É
por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos
não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores
mudos, mas participem na acção sagrada, consciente, activa e
piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações;
sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo
do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos,
ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos
dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador,
progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus
seja tudo em todos".);
Capítulo
III - Os outros Sacramentos e
os Sacramentais;
Capítulo
IV - O Ofício Divino;
Capítulo
V - O Ano Litúrgico;
Capítulo
VI - A Música Sacra;
Capítulo
VII - A
Arte e as Alfaias Litúrgicas.
Fonte:
Santa Sé
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