Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

52º ANIVERSÁRIO DA CONSTITUIÇÃO SACROSANCTUM CONCILIUM



Em 4 de Dezembro de 1963 o Papa Paulo VI promulga a Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia

Em 16 de Fevereiro de 1964 entrou em vigor
   
   
Foi com este documento que o Concílio Vaticano II realizou uma reforma geral na liturgia.

Pode-se dizer que uma das ideias fundamentais do Concílio com esta constituição, como se diz expressamente no seu número 14, foi que todos os fieis participem das celebrações litúrgicas de maneira consciente e activa:

14. É desejo ardente na mãe Igreja que todos os fiéis cheguem àquela plena, consciente e activa participação nas celebrações litúrgicas que a própria natureza da Liturgia exige e que é, por força do Baptismo, um direito e um dever do povo cristão, «raça escolhida, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido» (1 Ped. 2,9; cfr. 2, 4-5).
Na reforma e incremento da sagrada Liturgia, deve dar-se a maior atenção a esta plena e activa participação de todo o povo porque ela é a primeira e necessária fonte onde os fiéis hão-de beber o espírito genuinamente cristão.


No entanto a Constituição sobre a Sagrada Liturgia não se reduz à plena, consciente e activa participação dos fieis nas celebrações litúrgicas, nem à introdução das línguas vernáculas na celebração dos divinos mistérios.

Podemos referir, para além da passagem de uma mera assistência para a participação activa dos cristãos na sagrada Liturgia, o lugar dado à Sagrada Escritura nas celebrações eucarísticas; a abolição das grades que separavam o altar dos fiéis; o terminar da leitura da epístola à esquerda e do evangelho à direita do altar; a introdução da concelebração eucarística – a este propósito lembramos que nos encontros eclesiásticos muitas vezes se montavam pequenos altares para que cada padre, individualmente, pudesse dizer Missa.


A Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia foi dividida num proémio e sete capítulos, com diversos sub capítulos cada um, e um apêndice.

Capítulo I - Princípios gerais em ordem à reforma e incremento da Liturgia
(como sua natureza e importância na vida da Igreja, a formação litúrgica e sua participação pelos fieis, entre outros, para enfim abordar a reforma litúrgica propriamente dita, com diversos pontos, entre os quais os relativos ao emprego do vernáculo);
Capítulo II - O Sagrado Mistério da Eucaristia
(No número 48 se lê: "É por isso que a Igreja procura, solícita e cuidadosa, que os cristãos não entrem neste mistério de fé como estranhos ou espectadores mudos, mas participem na acção sagrada, consciente, activa e piedosamente, por meio duma boa compreensão dos ritos e orações; sejam instruídos pela palavra de Deus; alimentem-se à mesa do Corpo do Senhor; dêem graças a Deus; aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer juntamente com o sacerdote, que não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada; que, dia após dia, por Cristo mediador, progridam na unidade com Deus e entre si, para que finalmente Deus seja tudo em todos".);
Capítulo III - Os outros Sacramentos e os Sacramentais;
Capítulo IV - O Ofício Divino;
Capítulo V - O Ano Litúrgico;
Capítulo VI - A Música Sacra;
Capítulo VII - A Arte e as Alfaias Litúrgicas.





Fonte: Santa Sé


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