Cinquenta
anos atrás, 8 de Dezembro de 1965, o Papa Paulo VI concluía o
Concílio Ecuménico Vaticano II
O
Papa Francisco quis abrir o Jubileu extraordinário da Misericórdia
em coincidência com este significativo aniversário
O
Papa Francisco escreve na Bula de convocação do Jubileu:
Escolhi
a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história
recente da Igreja.
Com
efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do
Concílio Ecuménico Vaticano II.
A
Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento.
Começava
então, para ela, um percurso novo da sua história.
Os
Padres, reunidos no Concílio, tinham sentido forte, como um
verdadeiro sopro do Espírito, a exigência de falar de Deus aos
homens do seu tempo de modo mais compreensível.
Derrubadas
as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja numa
cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de
maneira nova.
Uma
nova etapa na evangelização de sempre.
Um
novo compromisso para todos os cristãos de testemunharem, com mais
entusiasmo e convicção, a sua fé.
A
Igreja sentia a responsabilidade de ser, no mundo, o sinal vivo do
amor do Pai.
Voltam
à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João
XXIII pronunciou na abertura do Concílio para indicar a senda a
seguir: « Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere usar mais o
remédio da misericórdia que o da severidade. (…) A Igreja
Católica, levantando por meio deste Concílio Ecuménico o facho da
verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de todos, benigna,
paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela
separados ».
E,
no mesmo horizonte, havia de colocar-se o Beato Paulo VI, que assim
falou na conclusão do Concílio: « Desejamos notar que a religião
do nosso Concílio foi, antes de mais, a caridade. (...) Aquela
antiga história do bom samaritano foi exemplo e norma segundo os
quais se orientou o nosso Concílio. (…) Uma corrente de interesse
e admiração saiu do Concílio sobre o mundo actual.
Rejeitaram-se
os erros, como a própria caridade e verdade exigiam, mas os homens,
salvaguardado sempre o preceito do respeito e do amor, foram apenas
advertidos do erro.
Assim
se fez, para que, em vez de diagnósticos desalentadores, se dessem
remédios cheios de esperança; para que o Concílio falasse ao mundo
actual não com presságios funestos mas com mensagens de esperança
e palavras de confiança.
Não
só respeitou mas também honrou os valores humanos, apoiou todas as
suas iniciativas e, depois de os purificar, aprovou todos os seus
esforços. (…) Uma outra coisa, julgamos digna de consideração.
Toda
esta riqueza doutrinal orienta-se apenas a isto: servir o homem, em
todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas fraquezas, em
todas as suas necessidades ».
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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