Vence
a indiferença e conquista a paz
é
o lema do Santo Padre para este 49º Dia Mundial da Paz
Na
mensagem do Papa Francisco para a celebração do dia Mundial da Paz
deste ano, o Papa Francisco refere que a paz:
é
dom de Deus e trabalho dos homens; a paz é dom de Deus, mas confiado
a todos os homens e a todas as mulheres, que são chamados a
realizá-lo.
Os
vários pontos abordados pelo Santo Padre na sua mensagem:
Conservar
as razões da esperança
Variadas
são as razões para crer na capacidade que a humanidade tem de agir,
conjunta e solidariamente, reconhecendo a própria interligação e
interdependência e tendo a peito os membros mais frágeis e a
salvaguarda do bem comum.
Algumas
formas de indiferença
Há
quem esteja bem informado, ouça o rádio, leia os jornais ou veja
programas de televisão, mas fá-lo de maneira entorpecida, quase
numa condição de rendição: estas pessoas conhecem vagamente os
dramas que afligem a humanidade, mas não se sentem envolvidas, não
vivem a compaixão.
Este
é o comportamento de quem sabe, mas mantém o olhar, o pensamento e
a acção voltados para si mesmo.
A
paz ameaçada pela indiferença globalizada
…
a
indiferença e consequente desinteresse constituem uma grave falta ao
dever que cada pessoa tem de contribuir – na medida das suas
capacidades e da função que desempenha na sociedade – para o bem
comum, especialmente para a paz, que é um dos bens mais preciosos da
humanidade.
Da
indiferença à misericórdia: a conversão do coração
…
a
solidariedade constitui a atitude moral e social que melhor dá
resposta à tomada de consciência das chagas do nosso tempo e da
inegável interdependência que se verifica cada vez mais,
especialmente num mundo globalizado, entre a vida do indivíduo e da
sua comunidade num determinado lugar e a de outros homens e mulheres
no resto do mundo.
Fomentar
uma cultura de solidariedade e misericórdia para se vencer a
indiferença
A
solidariedade como virtude moral e comportamento social, fruto da
conversão pessoal, requer empenho por parte duma multiplicidade de
sujeitos que detêm responsabilidades de carácter educativo e
formativo.
- as famílias;
- os educadores e formadores;
- os agentes culturais e dos meios de comunicação social.
A
paz, fruto duma cultura de solidariedade, misericórdia e compaixão
Conscientes
da ameaça duma globalização da indiferença, não podemos deixar
de reconhecer que, no cenário acima descrito, inserem-se também
numerosas iniciativas e acções positivas que testemunham a
compaixão, a misericórdia e a solidariedade de que o homem é
capaz.
Quero
recordar alguns exemplos de louvável empenho, que demonstram como
cada um pode vencer a indiferença, quando opta por não afastar o
olhar do seu próximo, e constituem passos salutares no caminho rumo
a uma sociedade mais humana.
- as organizações não-governamentais e grupos sócio-caritativos;
- os jornalistas e fotógrafos, que informam a opinião pública sobre as situações difíceis que interpelam as consciências;
- as famílias, no meio de inúmeras dificuldades laborais e sociais;
- os jovens que se unem para realizar projectos de solidariedade.
A
paz, sob o signo do Jubileu da Misericórdia
No
espírito do Jubileu da Misericórdia, cada um é chamado a
reconhecer como se manifesta a indiferença na sua vida e a adoptar
um compromisso concreto que contribua para melhorar a realidade onde
vive, a começar pela própria família, a vizinhança ou o ambiente
de trabalho.
Nesta
perspectiva, desejo dirigir um tríplice apelo:
- apelo a abster-se de arrastar os outros povos para conflitos ou guerras que destroem não só as suas riquezas materiais, culturais e sociais, mas também – e por longo tempo – a sua integridade moral e espiritual;
- apelo ao cancelamento ou gestão sustentável da dívida internacional dos Estados mais pobres;
- apelo à adopção de políticas de cooperação que, em vez de submeter à ditadura dalgumas ideologias, sejam respeitadoras dos valores das populações locais e, de maneira nenhuma, lesem o direito fundamental e inalienável dos nascituros à vida.
Fonte:
Santa Sé
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