Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

MODIFICADO O RITO DO LAVA-PÉS


O Papa Francisco dispôs a modificação da rubrica do Missal Romano relativa ao lava-pés durante a missa na Ceia do Senhor, estabelecendo que a participação no rito não seja limitada só aos homens e rapazes
   
   
Em 2013, o Papa Francisco já tinha incluído na cerimónia de Quinta-feira Santa duas raparigas, quando lavou os pés a 12 jovens de várias nacionalidades e religiões numa prisão juvenil.

Em 2014, o Santo Padre celebrou a cerimónia do lava-pés num centro de reabilitação para pessoas com deficiência e idosos, entre eles um jovem de 16 anos, tetraplégico, natural de Cabo Verde.

Em 2015, realizou a cerimónia de lava-pés com reclusos de uma prisão de Roma, lavando os pés a 6 homens e 6 mulheres e também a uma criança no colo da sua mãe detida.


O texto do decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, divulgado hoje pela Santa Sé:

A reforma da Semana santa, com o decreto Maxima Redemptionis nostrae mysteria (30 de Novembro de 1955), conferiu a faculdade, onde o aconselhava um motivo pastoral, de realizar o lava-pés a doze homens durante a Missa na ceia do Senhor, depois da leitura do Evangelho segundo João, como que a manifestar representativamente a humildade e o amor de Cristo pelos seus discípulos.

Na liturgia romana, tal rito foi transmitido com o nome de Mandatum do Senhor sobre a caridade fraterna segundo as palavras de Jesus (cf. Jo 13, 34), cantadas na Antífona durante a celebração. Ao realizar tal rito, Bispos e sacerdotes são convidados a conformar-se intimamente com Cristo que «não veio para ser servido mas para servir» (Mt 20, 28) e, impelido por um amor «até ao fim» (Jo 13, 1), dar a vida para a salvação de todo o género humano.

Para manifestar este significado pleno do rito a quantos nele participam, o Sumo Pontífice Francisco houve por bem mudar a norma que se lê nas rubricas do Missale Romanum (p. 300 n. 11): «Os homens escolhidos são acompanhados pelos ministros...», que portanto deve ser modificada do seguinte modo: «Os escolhidos entre o povo de Deus são acompanhados pelos ministros...» (e consequentemente no Caeremoniale Episcoporum nn. 301 e 299b: «as cadeiras para os designados»), de maneira que os pastores possam escolher um grupo de fiéis que representem a variedade e a unidade de cada porção do povo de Deus.
Tal grupo pode ser composto por homens e mulheres e, convenientemente, jovens e idosos, sadios e doentes, clérigos, consagrados, leigos.

Esta Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, em virtude das faculdades concedidas pelo Sumo Pontífice, introduz tal inovação nos livros litúrgicos do Rito Romano, recordando aos pastores a sua tarefa de instruir devidamente tanto os fiéis escolhidos como os demais, a fim de que participem no rito consciente, activa e frutuosamente.

Não obstante qualquer coisa em contrário.

Da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, 6 de Janeiro de 2016, solenidade da Epifania do Senhor.

Robert Card. Sarah
Prefeito

Arthur Roche
Arcebispo Secretário


Fonte: L'Osservatore Romano


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