Como
consta do Plano Diocesano
de Pastoral 2015/2010,
“valorizar
a formação sobre as obras de misericórdia, traduzidas e
concretizadas, para hoje, em resposta às exigências do nosso tempo
e aos desafios das novas formas de pobreza”,
é o desejo dos nossos Bispos neste Ano Jubilar e particularmente neste tempo da Quaresma e da Páscoa
é o desejo dos nossos Bispos neste Ano Jubilar e particularmente neste tempo da Quaresma e da Páscoa
A
Mensagem dos nossos Bispos para a Quaresma e Páscoa de 2016:
Pratica
a misericórdia, com alegria! (Rom.12.8)
Felizes
os misericordiosos! (Mt.5,7)
A
Caminhada Quaresma-Páscoa, que agora apresentamos, integra-se na
pedagogia de acção pastoral que desejamos implementar na nossa
Diocese e que o Plano Diocesano de Pastoral 2015/2020 nos propõe,
para motivar todos os agentes de pastoral, mobilizar as comunidades
cristãs e fortalecer o sentido de que somos uma só Igreja.
Desejamos,
assim, neste Ano Jubilar e, particularmente neste tempo da quaresma e
da Páscoa, “valorizar a formação sobre as obras de
misericórdia, traduzidas e concretizadas, para hoje, em resposta às
exigências do nosso tempo e aos desafios das novas formas de
pobreza” (PDP, 2015, p.31).
Na
Carta Pastoral “Felizes os misericordiosos” que, a 3 de
Dezembro de 2015, poucos dias antes da abertura do Ano Santo da
Misericórdia, dirigimos à Diocese, lembrávamos que o Papa
Francisco retomou (MV15) o elenco clássico das obras de misericórdia
corporais e espirituais (cf. Catecismo da Igreja Católica, 2447) e
convidou-nos a reflectir sobre o seu alcance como maneira de “acordar
a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da
pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os
pobres são os privilegiados da misericórdia divina” (MV 15).
Com
esta Caminhada, queremos corresponder a este desejo do Papa
Francisco, que nos pede insistentemente para redescobrir e realizar
as obras de misericórdia corporais e espirituais.
No
evangelho de Mateus, capítulo 25, Jesus abre o coração e a
inteligência dos discípulos e apresenta-lhes as obras de
misericórdia, como critério incontornável de santidade e condição
irrenunciável de bem-aventurança e de recompensa eterna.
Para
ajudar os discípulos a compreender que as bem-aventuranças são
possíveis e que as obras de misericórdia são necessárias, Jesus
diz-lhes em parábolas que a felicidade está ao seu alcance e que
Deus se excede em amor e em misericórdia a exemplo do pai diante do
filho pródigo, do pastor na procura da ovelha extraviada, da mãe de
família na busca da moeda perdida, do publicano humilde que entra no
templo e regressa reconciliado, do mesmo modo com que corrige a
atitude errada do servo perdoado na sua grande dívida mas sem
capacidade de compaixão para perdoar a quem pouco lhe deve (cf. MV
9).
As
parábolas são a tradução, no quotidiano da nossa vida, das
bem-aventuranças do evangelho e revelam, no terreno concreto da
humanidade, como Deus dá rosto e voz às obras de misericórdia.
“A
misericórdia de Deus é a sua responsabilidade por nós. Ele
sente-se responsável por nós, deseja o nosso bem e quer ver-nos
felizes, cheios de alegria e serenos” (MV 9).
Devemos
todos, particularmente neste Ano santo da Misericórdia, dar de comer
a quem tem fome, dar de beber a quem tem sede, vestir os nus, dar
pousada aos peregrinos, cuidar dos enfermos, assistir os presos,
sepultar os mortos, dar bons conselhos, ensinar os ignorantes,
corrigir os que erram, consolar os tristes, perdoar as injúrias,
suportar com paciência as fraquezas do nosso próximo e rezar a Deus
pelos vivos e defuntos (cf. Mt 25).
Ao
abrirmos a porta santa da Catedral do Porto e as portas da
misericórdia das Igrejas Jubilares da Diocese estávamos a tocar a
grande porta da misericórdia do coração de Deus.
Essas
portas acolhem os nossos pecados, recebem o nosso arrependimento e
devolvem-nos em abundância a graça e o perdão de Deus, através da
celebração do sacramento da reconciliação e da realização das
obras de misericórdia.
Há
portas santas que só o sacramento da reconciliação abre e tantas
outras que as obras de misericórdia podem abrir aos que vêm de
perto e aos que estão longe da Igreja.
Convidamos
toda a Diocese a viver esta Caminhada centrada nas obras de
misericórdia, dando tempo à formação e à mobilização de todos
para a sua prática.
É
lema desta Caminhada: “Pratica a misericórdia, com alegria!”
(Rom 12,8).
“Praticar
a misericórdia com alegria” implica valorizar a celebração
do sacramento da reconciliação, sobretudo nas Igrejas jubilares,
onde haja disponibilidade de horários ampliados de acolhimento e
presença de pessoas que possam ir ao encontro de todos.
“Praticar
a misericórdia com alegria” deve abrir caminho, despertar
criativamente novas iniciativas e desenvolver projectos concretos que
nos levem ao encontro de todos quantos vivem situações ou momentos
de pobreza física e económica e de pobreza cultural, social ou
religiosa.
“A
misericórdia é a arquitrave que suporta a vida da igreja.
A
credibilidade da igreja passa por aqui. O perdão é uma força que
ressuscita para a nossa vida nova e infunde coragem para olhar o
futuro com esperança”, afirma
o papa Francisco (cf. MV n.º 10).
Desenvolve-se
a presente Caminhada Quaresma-Páscoa deste Ano jubilar na nossa
Diocese, em tempo marcado por abençoados acontecimentos, que devem
ser oportunidade para anunciarmos, com acrescido encanto, a alegria
do Evangelho, para sentirmos a presença mais próxima de Maria, Mãe
de Misericórdia, e para darmos graças pelo dom da ordenação de um
novo bispo para o serviço da Igreja do Porto.
Assim,
a Virgem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, presente entre nós
de 10 de Abril a 1 de maio neste caminho comum que envolve e mobiliza
a nossa Diocese e todas as dioceses de Portugal, decididas a aprender
na escola da Mãe a seguir Jesus, vai ajudar-nos, como ninguém, a
“praticar a misericórdia com alegria”.
Serão
diversas as iniciativas que nessa ocasião darão rosto de
misericórdia a esta presença de Nossa Senhora de Fátima junto dos
doentes, dos frágeis, dos reclusos e dos sem-abrigo.
Convocamos,
desde já e com muita alegria, os sacerdotes, diáconos, consagrados
e leigos para vivermos como hora de graça e de bênção de Deus a
ordenação episcopal de D. António Augusto de Oliveira Azevedo,
nomeado Bispo Auxiliar do Porto.
A
celebração da ordenação terá lugar no próximo dia 19 de Março,
solenidade de S. José, às 15, 30 horas, na Sé Catedral. D. António
Augusto é dom e bênção de Deus concedidos à Igreja e vai
ajudar-nos pelo seu ministério episcopal a praticar a misericórdia
com alegria, fazendo nosso o seu lema: “cantarei eternamente
a misericórdia do Senhor” (sal 89).
A
Caminhada da Quaresma-Páscoa dirige os nossos passos para a
celebração do mistério da paixão, morte e ressurreição de
Jesus.
Compreende-se,
por isso, que façamos da cruz o sinal maior e o símbolo expressivo
desta Caminhada da Quaresma-Páscoa, 2016.
É
na Páscoa que mais e melhor resplandece o rosto da misericórdia
divina, que é Cristo, crucificado e ressuscitado.
A
partir da Páscoa e, impelidos pela alegria da ressurreição de
Jesus e com o olhar do coração voltado para a cruz florida da
Páscoa, sentir-nos-emos discípulos missionários de Jesus enviados
a anunciar a “Alegria do Evangelho, nossa missão”
e a proclamar: “Felizes os misericordiosos!”
Porto,
20 de Janeiro de 2016
António
Francisco dos Santos, Bispo do Porto
António
Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
Pio
Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
Documentos
de apoio disponibilizados pela Diocese:
Caminhada
Diocesana Quaresma-Pascoa 2016:
Fonte:
Diocese do Porto
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