Os nossos Bispos propõem-nos a caminhada para a Quaresma/Páscoa de 2017
oportunidade
de revitalizar a graça recebida e de se deixar renovar nas fontes da
alegria, de modo que transbordem e irradiem, ao longe e ao largo
Mensagem
dos nossos Bispos para a Quaresma/Páscoa de 2017
A
experiência pastoral que vamos adquirindo ao ritmo de cada caminhada
diocesana integra-se na planificação pastoral que nos propomos e no
caminho sinodal que percorremos.
Trata-se,
assim, de uma bela experiência da Igreja do Porto, decidida a fazer
da alegria do Evangelho sua inadiável missão.
Ao
pensar na caminhada diocesana, das Cinzas ao Pentecostes de 2017,
temos em conta a oportunidade singular que a própria liturgia nos
oferece de nos reconduzir às fontes da alegria, uma vez que a
Quaresma do Ano A tem um afirmado sentido “sacramental”.
Ela
aparece na recta final do catecumenado, como um tempo de purificação
e iluminação, em ordem à celebração dos sacramentos da iniciação
cristã.
Para
aqueles que já são baptizados, crismados e alimentados na
Eucaristia, a Quaresma é oportunidade de revitalizar a graça
recebida e de se deixar renovar nas fontes da alegria, de modo que
transbordem e irradiem, ao longe e ao largo.
O
tempo pascal é por excelência o tempo da mistagogia, propício a
saborear e a partilhar, em chave missionária, a graça recebida.
Vamos
procurar ao longo das seis semanas da Quaresma aprofundar o
significado dos símbolos baptismais da água, da luz e da vida.
Maria,
Mãe de Jesus, tem um lugar insubstituível neste caminho.
Sentimo-la
presente em Caná da Galileia junto de Jesus e dos seus discípulos.
Estará
igualmente presente em todos os momentos da vida de Jesus e da vida
da Igreja.
As
seis talhas de água das bodas de Caná aproximam-nos desse momento
aí vivido por Maria e por Jesus (cf. Jo 2,1-11).
E
os cinquenta dias neste arco do tempo quase nos levam,
instintivamente, às 50 contas no terço do rosário.
A
partir desta associação quase intuitiva de ideias, palavras e
imagens, pareceu-nos bem escolher a/s ânfora/s (talhas/bilhas) e o
cântaro familiar como símbolos ou imagens de marca desta caminhada.
E
os verbos ou acções descritos na narrativa do primeiro sinal de
Jesus, em Caná da Galileia, por sugestão de Maria, sua Mãe (cf. Jo
2,1-12), são também aqui programáticos, para uma caminhada em três
tempos: encher as talhas (Quaresma), tirar e saborear (Tríduo
Pascal) e levar (Tempo Pascal).
Em
coerência com a nossa anterior proposta diocesana, queremos insistir
na prática da oração e da meditação de, pelo menos, um mistério
do rosário por semana, de modo a revitalizar a família, como Igreja
orante.
Em
toda a caminhada é nosso propósito oferecer caminhos de acesso, de
encontro e de partilha das fontes da alegria, sem deixar de lado a
exemplaridade e guia de Maria e a possibilidade de “beber do
Evangelho nas fontes de Fátima” (FSE 15).
Temos
presente o desejo já manifestado do Papa Francisco de ser peregrino
com os peregrinos de Fátima, em Portugal, no próximo mês de maio,
caminhando e ensinando-nos a caminhar, com Maria, pelas fontes da
alegria, que a mensagem de Fátima oferece à Igreja e ao mundo.
Esta
caminhada é, assim, uma proposta que nos quer ajudar a todos nós a
pormo-nos «a caminho com Maria, pelas fontes da alegria».
Cada
grupo, comunidade ou movimento, a seu jeito, e no seu ritmo, mas
todos juntos, na mesma direcção, caminhemos, para que a vivência
desta proposta, seja experiência a fortalecer a nossa comunhão
diocesana e a intensificar a nossa aprendizagem pastoral, nesta amada
Diocese do Porto, que deseja avançar, com Maria, em caminho sinodal.
Porto,
27 de Janeiro de 2017
António
Francisco dos Santos, Bispo do Porto
António
Bessa Taipa, Bispo Auxiliar do Porto
Pio
Alves de Sousa, Bispo Auxiliar do Porto
António
Augusto Azevedo, Bispo Auxiliar do Porto
Fonte:
Diocese do Porto
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