Partindo
do cap. 15 da epístola de S. Paulo aos Romanos, o Papa prosseguiu o
ciclo de suas catequeses sobre a esperança cristã
São
Paulo recorda-nos que tanto a perseverança como a consolação nos
são transmitidas de um modo particular pelas Escrituras, sublinhou o
Papa Francisco:
“De
facto a Palavra de Deus, em primeiro lugar, leva-nos a dirigir o
olhar para Jesus, a conhecê-lo melhor e a conformar-nos a Ele, a
assemelhar-nos cada vez mais a Ele.
Em
segundo lugar, a Palavra revela-nos que o Senhor é verdadeiramente
"o Deus da perseverança e da consolação", sempre
fiel ao seu amor por nós e que cuida de nós, cobrindo as nossas
feridas com a carícia da sua bondade e misericórdia”.
Nesta
perspectiva, prosseguiu o Santo Padre, podemos compreender as
palavras de Paulo "Nós, que somos fortes, temos o dever de
carregar as fraquezas dos fracos, e não buscar apenas o que nos
agrada".
Na
verdade, a expressão "nós, que somos fortes" que
poderia parecer presunçosa, na lógica do Evangelho não o é, antes
pelo contrário, porque a nossa força não vem de nós, mas do
Senhor.
E
o Papa Francisco acrescentou:
“Quem
experimenta na própria vida o amor fiel de Deus e a sua consolação
pode, ou melhor, tem o dever de ficar próximo dos irmãos mais
fracos e se carregar das suas fragilidades.
E
pode fazê-lo sem auto-complacência, mas sentindo-se simplesmente
como um "canal" que transmite os dons do Senhor; e
assim, se torna, concretamente um "semeador" de
esperança”.
Resumo
da catequese do Santo Padre:
O
Apóstolo Paulo, na Carta aos Romanos que escutamos há pouco,
ajuda-nos a compreender melhor a natureza da esperança cristã, ao
tratar da perseverança e da consolação.
A
perseverança, ou paciência, é a capacidade de suportar, permanecer
fiel, mesmo quando o peso é demasiado grande e somos tentados a
abandonar tudo.
A
consolação é a graça de saber perceber e manifestar a presença e
a acção compassiva de Deus, em todas as circunstâncias, mesmo
quando marcadas pela decepção e sofrimento.
Desse
modo tornamos-nos fortes, a fim de poder permanecer próximos aos
irmãos mais fracos, ajudando-os na sua fragilidade.
Isso
não significa que sejamos melhores, pois a nossa força vem do
Senhor, que é o Deus da perseverança e da consolação e que nos
chama ao serviço recíproco: quem é forte hoje, pode se sentir
fraco amanhã, e terá necessidade do auxílio de um outro irmão.
No
fundo, todos temos necessidade de que Jesus, “o irmão forte”,
cuide de nós e nos carregue nas suas costas como o Bom Pastor.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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