Na
audiência desta Quarta-feira o Papa deu continuidade às reflexões
sobre os mandamentos
Dando
continuidade ao ciclo de catequeses dedicadas ao decálogo o Papa
Francisco afirmou que «Ser cristão é um caminho de libertação»,
porque «os mandamentos libertam» do egoísmo e manifestam o amor de
Deus.
A
partir do Livro do Deuteronómio (4, 32-35) reflectiu principalmente
sobre o início das dez Palavras: «Eu sou o Senhor, teu Deus».
A
tal propósito explicou que o amor do Pai celeste precede a lei e lhe
dá sentido.
De
facto, comentou com um dos muitos acréscimos ao texto preparado, o
Senhor «nunca pede sem dar. Nunca. Primeiro salva, primeiro dá,
depois pede».
De
resto, «assim é o nosso Pai, Deus bom».
E
a consequência, observou o Papa Francisco, é que a vida do cristão
deve evitar «o comportamento egoísta» de quem «é incapaz de
abrir caminho», de quem «parte de si mesmo» e «volta para si
mesmo», de quem «sai de si mesmo e volta para si mesmo»; ao
contrário – esclareceu – a vida do cristão «é antes de tudo a
resposta agradecida a um Pai generoso».
Portanto,
«os cristãos que só seguem os “deveres” denunciam que não têm
experiência pessoal daquele Deus que é “nosso”».
Neste
caso «falta algo», dado que «o fundamento deste dever é o amor de
Deus Pai, que antes dá depois ordena».
Resumo,
disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Papa Francisco:
O
texto bíblico que narra a entrega dos Dez Mandamentos à humanidade
começa com a seguinte frase: «Eu sou o Senhor teu Deus, que te fiz
sair do Egipto, da casa da servidão» (Ex, 20,2).
Com
essas palavras, Deus ensina-nos que, antes de transmitir a sua Lei,
Ele quer que façamos experiência da sua acção redentora nas
nossas vidas.
Por
isso, Deus apresenta-se como o “nosso Deus”, não alguém
distante, mas um Pai que nos ama e que enviou Seu Filho Unigénito
por amor.
Com
isso, descobrimos que o segredo do agir do cristão é o
agradecimento.
Assim,
entendemos também o porquê de muitas pessoas terem dificuldade para
acolher a fé cristã: às vezes, apresenta-se a Lei, as obrigações,
antes da experiência da libertação.
Por
isso, é necessário fazer sempre memória de tudo o que Deus fez por
nós.
E
aqueles que não fizeram experiência dessa libertação de Deus,
fazer como fez o povo eleito: devem clamar para que sejam socorridos.
Desse
modo, faremos que a nossa vida cristã se converta numa verdadeira
acção de graças ao “nosso Deus”, que é um Pai generoso.
Fontes:
Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano
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