Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 28 de junho de 2018

SER CRISTÃO É UM CAMINHO DE LIBERTAÇÃO




Na audiência desta Quarta-feira o Papa deu continuidade às reflexões sobre os mandamentos

   
   
Dando continuidade ao ciclo de catequeses dedicadas ao decálogo o Papa Francisco afirmou que «Ser cristão é um caminho de libertação», porque «os mandamentos libertam» do egoísmo e manifestam o amor de Deus.

A partir do Livro do Deuteronómio (4, 32-35) reflectiu principalmente sobre o início das dez Palavras: «Eu sou o Senhor, teu Deus».
A tal propósito explicou que o amor do Pai celeste precede a lei e lhe dá sentido.
De facto, comentou com um dos muitos acréscimos ao texto preparado, o Senhor «nunca pede sem dar. Nunca. Primeiro salva, primeiro dá, depois pede».
De resto, «assim é o nosso Pai, Deus bom».

E a consequência, observou o Papa Francisco, é que a vida do cristão deve evitar «o comportamento egoísta» de quem «é incapaz de abrir caminho», de quem «parte de si mesmo» e «volta para si mesmo», de quem «sai de si mesmo e volta para si mesmo»; ao contrário – esclareceu – a vida do cristão «é antes de tudo a resposta agradecida a um Pai generoso».
Portanto, «os cristãos que só seguem os “deveres” denunciam que não têm experiência pessoal daquele Deus que é “nosso”».

Neste caso «falta algo», dado que «o fundamento deste dever é o amor de Deus Pai, que antes dá depois ordena».



Resumo, disponibilizado pela Santa Sé, da catequese do Papa Francisco:

O texto bíblico que narra a entrega dos Dez Mandamentos à humanidade começa com a seguinte frase: «Eu sou o Senhor teu Deus, que te fiz sair do Egipto, da casa da servidão» (Ex, 20,2).

Com essas palavras, Deus ensina-nos que, antes de transmitir a sua Lei, Ele quer que façamos experiência da sua acção redentora nas nossas vidas.
Por isso, Deus apresenta-se como o “nosso Deus”, não alguém distante, mas um Pai que nos ama e que enviou Seu Filho Unigénito por amor.
Com isso, descobrimos que o segredo do agir do cristão é o agradecimento.
Assim, entendemos também o porquê de muitas pessoas terem dificuldade para acolher a fé cristã: às vezes, apresenta-se a Lei, as obrigações, antes da experiência da libertação.
Por isso, é necessário fazer sempre memória de tudo o que Deus fez por nós.
E aqueles que não fizeram experiência dessa libertação de Deus, fazer como fez o povo eleito: devem clamar para que sejam socorridos.
Desse modo, faremos que a nossa vida cristã se converta numa verdadeira acção de graças ao “nosso Deus”, que é um Pai generoso.


Fontes: Santa Sé; Notícias do Vaticano; L’Osservatore Romano



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