Quem pratica a verdade aproxima-se da luz
A liturgia do 4º Domingo da Quaresma garante-nos que Deus nos oferece, de forma totalmente gratuita e incondicional, a vida eterna.
A primeira leitura diz-nos que, quando o homem prescinde de Deus e escolhe caminhos de egoísmo e de auto-suficiência, está a construir um futuro marcado por horizontes de dor e de morte. No entanto, diz o autor do Livro das Crónicas, Deus dá sempre ao seu Povo outra possibilidade de recomeçar, de refazer o caminho da esperança e da vida nova.
A segunda leitura ensina que Deus ama o homem com um amor total, incondicional, desmedido; é esse amor que levanta o homem da sua condição de finitude e debilidade e que lhe oferece esse mundo novo de vida plena e de felicidade sem fim que está no horizonte final da nossa existência.
No Evangelho, João recorda-nos que Deus nos amou de tal forma que enviou o seu Filho único ao nosso encontro para nos oferecer a vida eterna. Somos convidados a olhar para Jesus, a aprender com Ele a lição do amor total, a percorrer com Ele o caminho da entrega e do dom da vida. É esse o caminho da salvação, da vida plena e definitiva.
LEITURA I - 2 Cr 36,14-16.19-23
Leitura do Segundo Livro das Crónicas
Naqueles dias,
todos os príncipes dos sacerdotes e o povo multiplicaram as suas infidelidades, imitando os costumes abomináveis das nações pagãs, e profanaram o templo que o Senhor tinha consagrado para Si em Jerusalém.
O Senhor, Deus de seus pais, desde o princípio e sem cessar, enviou-lhes mensageiros, pois queria poupar o povo e a sua própria morada.
Mas eles escarneciam dos mensageiros de Deus, desprezavam as suas palavras e riam-se dos profetas, a tal ponto que deixou de haver remédio, perante a indignação do Senhor contra o seu povo.
Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém.
Lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objectos preciosos.
O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada; e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas.
Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias:
«Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos».
No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação:
«Assim fala Ciro, rei da Pérsia:
O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá.
Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele».
LEITURA II - Ef 2, 4-10
Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios
Irmãos:
Deus, que é rico em misericórdia, pela grande caridade com que nos amou, a nós, que estávamos mortos por causa dos nossos pecados, restituiu-nos à vida em Cristo – é pela graça que fostes salvos – e com Ele nos ressuscitou e nos fez sentar nos Céus com Cristo Jesus, para mostrar aos séculos futuros a abundante riqueza da sua graça e da sua bondade para connosco, em Cristo Jesus.
De facto, é pela graça que fostes salvos, por meio da fé.
A salvação não vem de vós: é dom de Deus.
Não se deve às obras: ninguém se pode gloriar.
Na verdade, nós somos obra sua, criados em Cristo Jesus, em vista das boas obras que Deus de antemão preparou, como caminho que devemos seguir.
EVANGELHO: Jo 3, 14-21
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos:
«Assim como Moisés elevou a serpente no deserto, também o Filho do homem será elevado, para que todo aquele que acredita tenha n'Ele a vida eterna.
Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho Unigénito, para que todo o homem que acredita n'Ele não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus não enviou o Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele.
Quem acredita n'Ele não é condenado, mas quem não acredita já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho Unigénito de Deus.
E a causa da condenação é esta:
a luz veio ao mundo e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque eram más as suas obras.
Todo aquele que pratica más acções odeia a luz e não se aproxima dela, para que as suas obras não sejam denunciadas.
Mas quem pratica a verdade aproxima-se da luz, para que as suas obras sejam manifestas, pois são feitas em Deus.
Reflexão pelo Padre Manuel Barbosa, scj:
Domingo 14 de Março, às 9H30 - Transmissão on-line da Eucaristia Dominical a celebrar na Igreja Paroquial.
[Transmissão no facebook do Grupo de Jovens]
Proposta Diocesana para a Caminhada da Quaresma à Páscoa de 2021:
«Todos família. Todos irmãos»
4.º Domingo: O perdão
A 1.ª leitura deste domingo evoca a deportação para a Babilónia, o exílio do povo de Deus e o regresso à Terra Prometida. Vem ao de cima o pecado, como infidelidade à Aliança, com as suas consequências, e a prevalência da misericórdia do Senhor, sempre mais forte do que o pecado. O pecado, como infidelidade à Aliança e a oferta do perdão como nova oportunidade do amor, para refazer a Aliança, emergem assim da temática da 1.ª leitura. Podemos reflectir no dom do perdão, como o dom maior do amor. Pode perspectivar-se aqui o perdão como tesouro a descobrir, também na vida familiar, em resposta ao pecado que nos divide e separa da comunhão com Deus e com os irmãos. Esta é uma boa ocasião para reflectir em família sobre o amor que tudo perdoa e pô-lo em prática (cf. Papa Francisco, Audiência, 4.11.2015; AL 105-108; AL 112-113; AL 118-119; FT números 243 e 250).
Em família, podemos:
• Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.
• Tecer uma corda ou laços com os nomes dos membros da família e colocar no cantinho da oração.
• Desenhar as mãos unidas de todos os membros da família e colocar no cantinho da oração.
• Fazer um exame de consciência familiar.
• Fazer um exercício de correcção fraterna.
• Fazer memória, contando momentos e gestos de perdão e de reconciliação vividos em família.
• Celebrar o Dia do Pai, a 19 de Março.
• Oferecer uma pagela pintada à mão com a imagem e a oração a São José.
• Rezar a Oração de São José, proposta pelo Papa no final da Carta Apostólica Patris Corde:
Salve, guardião do Redentor e esposo da Virgem Maria!
A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem.
Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida.
Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem, e defendei-nos de todo o mal. Ámen.
Ou a Oração seguinte:
Glorioso Patriarca São José, cujo poder consegue tornar possíveis as coisas impossíveis, vinde em minha ajuda nestes momentos de angústia e dificuldade. Tomai sob a vossa protecção as situações tão graves e difíceis que vos confio, para que obtenham uma solução feliz.
Meu amado Pai, toda a minha confiança está colocada em vós. Que não se diga que eu vos invoquei em vão, e dado que tudo podeis junto de Jesus e Maria, mostrai-me que a vossa bondade é tão grande como o vosso poder. Ámen.
Avisos à Comunidade Paroquial:
Celebrações Eucarísticas
A partir desta semana, a Eucaristia das Terças-feiras passa a ser celebrada à Quarta-feira; devido às Confissões Gerais da Quaresma, nos dias 17 e 24 de Março serão celebradas, excepcionalmente, às 8H30.
De acordo com a recente decisão da Conferência Episcopal Portuguesa, a partir da próxima Quarta-feira dia 17 de Março as Eucaristias passam a celebrar-se com a presença de fieis – à Quarta-feira na Igreja Paroquial e ao Sábado e ao Domingo no Salão Paroquial.
Quarta-feira dia 17, às 08H30 – Eucaristia na Igreja Paroquial
Sexta-feira dia 19, às 08H30 – Eucaristia do dia de S. José na Igreja Paroquial
Sábado dia 20, às 17H00 – Eucaristia Vespertina no Salão Paroquial
Domingo dia 21, às 09H30 – Eucaristia Dominical no Salão Paroquial
17 de Março – 1º aniversário do falecimento de António Gomes Pinheiro
Sacramento da Reconciliação / Confissões Gerais da Quaresma
23 de Março das 17 às 20H00 – Centro Paroquial de Alvarelhos
24 de Março das 9H30 às 12H00 e das 17 às 20H00 – Igreja Nova da Trofa
25 de Março das 17 às 20H00 – Salão Paroquial do Muro
Formação Vicarial para Catequistas
Formação on-line através da plataforma Zoom.
25 de Março às 21H00, pelo Diácono Luís Lencastre;
Tema: Carta Apostólica PATRIS CORDE do Papa Francisco por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja.
Boletim Vicarial
Foi publicado o Boletim Vicarial de Fevereiro de 2021 que pode ser consultado no espaço da Vigararia.
Direitos Paroquiais
Decorre desde o dia 20 de Fevereiro a recolha dos Direitos Paroquiais.
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
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