Queremos ver Jesus
Na liturgia do 5º Domingo da Quaresma ecoa, com insistência, a preocupação de Deus no sentido de apontar ao homem o caminho da salvação e da vida definitiva. A Palavra de Deus garante-nos que a salvação passa por uma vida vivida na escuta atenta dos projectos de Deus e na doação total aos irmãos.
Na primeira leitura, Jahwéh apresenta a Israel a proposta de uma nova Aliança. Essa Aliança implica que Deus mude o coração do Povo, pois só com um coração transformado o homem será capaz de pensar, de decidir e de agir de acordo com as propostas de Deus.
A segunda leitura apresenta-nos Jesus Cristo, o sumo-sacerdote da nova Aliança, que Se solidariza com os homens e lhes aponta o caminho da salvação. Esse caminho (e que é o mesmo caminho que Jesus seguiu) passa por viver no diálogo com Deus, na descoberta dos seus desafios e propostas, na obediência radical aos seus projectos.
O Evangelho convida-nos a olhar para Jesus, a aprender com Ele, a segui-l'O no caminho do amor radical, do dom da vida, da entrega total a Deus e aos irmãos. O caminho da cruz parece, aos olhos do mundo, um caminho de fracasso e de morte; mas é desse caminho de amor e de doação que brota a vida verdadeira e eterna que Deus nos quer oferecer.
LEITURA I - Jer 31, 31-34
Leitura do Livro de Jeremias
Dias virão, diz o Senhor, em que estabelecerei com a casa de Israel e com a casa de Judá uma aliança nova.
Não será como a aliança que firmei com os seus pais, no dia em que os tomei pela mão para os tirar da terra do Egipto, aliança que eles violaram, embora Eu exercesse o meu domínio sobre eles, diz o Senhor.
Esta é a aliança que estabelecerei com a casa de Israel, naqueles dias, diz o senhor:
Hei-de imprimir a minha lei no íntimo da sua alma e gravá-la-ei no seu coração.
Eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.
Não terão já de se instruir uns aos outros, nem de dizer cada um a seu irmão:
«Aprendei a conhecer o Senhor».
Todos eles Me conhecerão, desde o maior ao mais pequeno, diz o Senhor.
Porque vou perdoar os seus pecados e não mais recordarei as suas faltas.
LEITURA II - Heb 5, 7-9
Leitura da Epístola aos Hebreus
Nos dias da sua vida mortal, Cristo dirigiu preces e súplicas, com grandes clamores e lágrimas, Àquele que O podia livrar da morte e foi atendido por causa da sua piedade.
Apesar de ser Filho, aprendeu a obediência no sofrimento e, tendo atingido a sua plenitude, tornou-Se para todos os que Lhe obedecem causa de salvação eterna.
EVANGELHO - Jo 12, 20-33
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo,
alguns gregos que tinha vindo a Jerusalém para adorar nos dias da festa, foram ter com Filipe, de Betsaida da Galileia, e fizeram-lhe este pedido:
«Senhor, nós queríamos ver Jesus».
Filipe foi dizê-lo a André; e então André e Filipe foram dizê-lo a Jesus.
Jesus respondeu-lhes:
«Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado. Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, lançado à terra, não morrer, fica só; mas se morrer, dará muito fruto. Quem ama a sua vida, perdê-la-á, e quem despreza a sua vida neste mundo conservá-la-á para a vida eterna. Se alguém Me quiser servir, que Me siga, e onde Eu estiver, ali estará também o meu servo. E se alguém Me servir, meu Pai o honrará. Agora a minha alma está perturbada. E que hei de dizer? Pai, salva-Me desta hora? Mas por causa disto é que Eu cheguei a esta hora. Pai, glorifica o teu nome».
Veio então uma voz do céu que dizia:
«Já O glorifiquei e tornarei a glorificá-l'O».
A multidão que estava presente e ouvira dizia ter sido um trovão.
Outros afirmavam: «Foi um Anjo que Lhe falou».
Disse Jesus:
«Não foi por minha causa que esta voz se fez ouvir; foi por vossa causa. Chegou a hora em que este mundo vai ser julgado. Chegou a hora em que vai ser expulso o príncipe deste mundo. E quando Eu for elevado da terra, atrairei todos a Mim».
Falava deste modo, para indicar de que morte ia morrer.
Reflexão pelo Padre Manuel Barbosa, scj:
Proposta Diocesana para a Caminhada da Quaresma à Páscoa de 2021:
«Todos família. Todos irmãos»
5.º Domingo: A Aliança conjugal
A 1.ª leitura deste Domingo oferece-nos um belíssimo texto, com o anúncio e a promessa da nova Aliança. A nova Aliança, prometida no livro de Jeremias (Jr 31,31-34), será gravada no coração. O coração novo é afinal a grande arca do tesouro: «Onde estiver o teu tesouro aí estará o teu coração» (Mt 6,21). Vale a pena aprofundar o significado da palavra Aliança e da sua íntima ligação ao Matrimónio, porque esta perspectiva é muito pouco conhecida e compreendida, entre nós. “Não esqueçamos que a Aliança de Deus com o seu povo se exprime como um desposório (cf. Ez 16, 8.60; Is 62, 5; Os 2, 21-22), e a nova Aliança é apresentada também como um matrimónio (cf. Ap 19, 7; 21, 2; Ef 5, 25)” (AL 318, nota 378). E a partir daqui podemos reflectir mais atentamente sobre o casamento como vocação cristã a exprimir o amor e a Aliança de Deus connosco (cf. AL 71-75 e 131-132; 279; 318).
Sabemos bem que nem todas as famílias estão constituídas por casais. Basta pensar nas famílias monoparentais. Mas, em todo o caso, urge compreender, anunciar e celebrar a beleza do sacramento do Matrimónio, a partir da imagem da Aliança. É um desafio para todos, mesmo para aqueles que ainda não correspondem plenamente ao ideal do Matrimónio (casais em união de facto ou casados civilmente) ou já não o podem alcançar, depois de algumas feridas abertas ou de rupturas consumadas.
Em família, podemos:
• Realizar a Liturgia Familiar proposta e/ou adaptada.
• Desenhar e colocar no cantinho da oração o coração da família, no qual podemos inscrever três qualidades de cada pessoa, na certeza de que «o homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom» (Lc 6,45).
• Construir umas Alianças e entregá-las ao casal ou a um casal amigo.
• Revisitar o álbum ou o filme do Matrimónio (se os houver).
• Meditar a 1.ª leitura e enriquecer a compreensão do significado das Alianças que trocaram entre si, ou doutros sinais que fazem parte do rito do Matrimónio (AL 216).
• Renovar os compromissos do Matrimónio (cf. Ritual do Matrimónio, n.º 277) e/ou a renovação das Alianças (Ritual do Matrimónio, n.º 279).
• Procurar a palavra Aliança na Exortação Apostólica Amoris laetitia (AL 63,66,73,91,120, 123, 279, 318 – nota 378).
Avisos à Comunidade Paroquial:
Celebrações Eucarísticas
Sábado dia 20, às 17H00 – Eucaristia Vespertina no Salão Paroquial
Domingo dia 21, às 09H30 – Eucaristia Dominical no Salão Paroquial
– 30º dia do falecimento de Dr. Joaquim de Sá Couto Reis
Quarta-feira dia 24, às 08H30 – Eucaristia na Igreja Paroquial
Sábado dia 27, às 17H00 – Eucaristia Vespertina no Salão Paroquial
– 30º dia do falecimento de Maria Emília Maia da Costa
Domingo dia 28, às 09H30 – Eucaristia Dominical (Domingo de Ramos) no Salão Paroquial
– 1º aniversário do falecimento de Arnaldo de Sousa Pereira e seu filho Joaquim Macedo Pereira
Sacramento da Reconciliação / Confissões Gerais da Quaresma
23 de Março das 17 às 20H00 – Centro Paroquial de Alvarelhos
24 de Março das 9H30 às 12H00 e das 17 às 20H00 – Igreja Nova da Trofa
25 de Março das 17 às 20H00 – Salão Paroquial
Formação Vicarial para Catequistas
Formação on-line através da plataforma Zoom.
25 de Março às 21H00, pelo Diácono Luís Lencastre;
Tema: Carta Apostólica PATRIS CORDE do Papa Francisco por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como Padroeiro Universal da Igreja.
Boletim Vicarial
Foi publicado o Boletim Vicarial de Fevereiro de 2021 que pode ser consultado no espaço da Vigararia.
Fontes: Dehonianos; Agência Ecclesia
Sem comentários:
Enviar um comentário