Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

sábado, 14 de dezembro de 2013

Boletim Paroquial nº 79

Semana de 15 a 22 de Dezembro de 2013
III Domingo do Advento - ANO A



O REINO DA JUSTIÇA E DA PAZ

A liturgia deste domingo lembra a proximidade da intervenção libertadora de Deus e acende a esperança no coração dos crentes.
Diz-nos: “não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a chegar”.

A primeira leitura anuncia a chegada de Deus, para dar vida nova ao seu Povo, para o libertar e para o conduzir – num cenário de alegria e de festa – para a terra da liberdade.

O Evangelho descreve-nos, de forma bem sugestiva, a acção de Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento): Ele irá dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento, curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os mortos, anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz chegou.
É este quadro de vida nova e de esperança que Jesus nos vai oferecer.

A segunda leitura convida-nos a não deixar que o desespero nos envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor com paciência e confiança.

Vaticano: PAPA DENUNCIA «EXPLORAÇÃO DO TRABALHO» E «GUERRAS» FINANCEIRAS
Mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014 recorda situações de desigualdade, pobreza e injustiça

Cidade do Vaticano, 12 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje as consequências da “tragédia da exploração do trabalho” e das “guerras" económico-financeiras, na mensagem para o Dia Mundial da Paz 2014, dedicada ao tema ‘Fraternidade, fundamento e caminho para a paz’.

Penso nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação financeira que, muitas vezes, assume expressões predadoras e nocivas para sistemas económicos e sociais inteiros, lançando na pobreza milhões de homens e mulheres”, escreve Francisco, num documento divulgado pela Santa Sé.

Nesse contexto, o Papa fala em “guerras menos visíveis, mas não menos cruéis” do que os conflitos armados, que acontecem “nos campos económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas”.
A primeira mensagem do actual pontificado para esta celebração anual promovida pela Igreja Católica aponta o dedo a “inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça”, considerando que as mesmas “indicam não só uma profunda carência de fraternidade mas também a ausência duma cultura de solidariedade”.

As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do ‘descartável’ que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados ‘inúteis’, lamenta o Papa.
Francisco alerta para o aumento de um relacionamento humano “pragmático e egoísta”, em que cada um se deixa guiar pela “avidez do lucro” e pela “sede do poder”.

É necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas, mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e de respeito por cada ser humano”, sustenta.
A mensagem alude à “corrupção que hoje se difunde de maneira capilar”, pedindo à comunidade política para "agir de forma transparente e responsável".
"A fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e solidariedade", frisa.

O documento reforça os apelos papais em favor de um compromisso global contra a fome.
É mais que sabido que a produção actual é suficiente e todavia há milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um verdadeiro escândalo”, insiste Francisco.

Segundo Papa, o “necessário realismo” da política e da economia não pode reduzir-se a um “tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem”.
Quando falta esta abertura a Deus, toda a actividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objecto passível de exploração”, adverte.

Francisco sublinha que a fraternidade é o “fundamento principal” da paz e apela a uma atitude de “de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas”.
O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz”, acrescenta.

Natal/Crise: LIGA OPERÁRIA CATÓLICA PEDE MUDANÇAS
Movimento de Trabalhadores Cristãos pede atenção a sinais de esperança para contrariar desânimo provocado pela crise

Lisboa, 12 dez 2013 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) publicou uma mensagem de Natal na qual admite “a dificuldade em descobrir sinais” de esperança em Portugal perante a actual crise económica e apela à mudança de políticas.

Faz muito tempo, anos até, que os nossos governantes não são capazes de tomar uma medida capaz de aliviar o sofrimento de milhares de famílias, pelo contrário, agravam ainda mais a sua já aflita situação de vida”, denuncia a LOC/MTC.

Na Mensagem de Natal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o Movimento de Trabalhadores Cristãos destaca a “altíssima” taxa de desemprego agravada pelo facto de “metade dos desempregados não terem direito ao subsídio de desemprego e mais de metade estarem em situação de desemprego de longa duração”.
Por isso, a mensagem assinala com preocupação que “avizinham novos cortes nos salários e pensões e redução dos direitos sociais”.
A LOC/MTC constata que no meio de “tantos sinais de morte”, Deus convida à surpresa da vida para que a “esperança continue a habitar” em cada um, como é referido no livro do profeta Isaías -"Eis que vou realizar uma obra nova” [Is 43,19-20].

Esta obra, segundo o Movimento, é visível em diversos sectores e situações da sociedade portuguesa: “Nos trabalhadores e trabalhadoras capazes de se unir para lutar pela justiça; nas famílias que exigem os direitos sociais para poderem cumprir a sua tarefa; nos vizinhos que se aproximam e criam laços de solidariedade; nos grupos que fazem Revisão de Vida; nos gestos de gratuidade; na voz profética de quem defende a dignidade e o bem comum; em quem aposta no desenvolvimento integral da pessoa e na sustentabilidade do emprego com direitos”.

Às notícias sobre o aumento do número de milionários em Portugal e ao facto destes estarem cada vez “mais ricos”, a mensagem cita o Papa Francisco e diz que as desigualdades representam uma “traição ao bem comum”.
Todos os dias batem à nossa porta notícias e imagens de homens e mulheres a quem é retirada a possibilidade de contribuir com o seu trabalho e a sua criatividade na obra da criação”, desenvolve.

Segundo a análise da LOC/MTC, o Governo dá “prioridade à estabilidade financeira” que permite “aos bancos sobreviver e aos ricos satisfazer-se”: Esta é a nossa história repetida à saciedade, que até nos faz cair na tentação da normalidade e da indiferença”, acrescenta a mensagem.

AVISOS

HORÁRIOS DAS MISSAS
Terça-feira, dia 17 de Dezembro, às 19:00
Sábado, dia 21 de Dezembro, às 17:00
Domingo, dia 22 de Dezembro, às 9:15

ATENDIMENTO
Na próxima Terça-feira não há atendimento.
NOTA
O Grupo de Jovens do Muro informa que no próximo Sábado, dia 14 de Dezembro irá começar a cantar as Janeiras pela freguesia.
Esta actividade decorrerá todos os dias e iniciará pelas 19H00.
Este ano iremos começar pelo lugar de Vilares.

NOTA
Na próxima Terça-feira, a partir das 15H00, visitarei os restantes doentes que estão inscritos.

CONFISSÕES NO ADVENTO
Há Confissões na Igreja de São Mamede do Coronado, na Sexta-feira das 16 às 19H00.


O EVANGELHO DESTE DOMINGO [Mateus 11, 2-11], POR OUTRAS PALAVRAS...
«Que fostes ver ao deserto?».

Texto: Cónego João Aguiar Campos
Publicado em: My ECCLESIA TV


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