III Domingo do Advento - ANO A
O
REINO DA JUSTIÇA E DA PAZ
A
liturgia deste domingo lembra a proximidade da intervenção
libertadora de Deus e acende a esperança no coração dos crentes.
Diz-nos:
“não vos inquieteis; alegrai-vos, pois a libertação está a
chegar”.
A
primeira leitura anuncia a chegada de Deus, para dar vida nova ao
seu Povo, para o libertar e para o conduzir – num cenário de
alegria e de festa – para a terra da liberdade.
O
Evangelho descreve-nos, de forma bem sugestiva, a acção de
Jesus, o Messias (esse mesmo que esperamos neste Advento): Ele irá
dar vista aos cegos, fazer com que os coxos recuperem o movimento,
curar os leprosos, fazer com que os surdos ouçam, ressuscitar os
mortos, anunciar aos pobres que o “Reino” da justiça e da paz
chegou.
É
este quadro de vida nova e de esperança que Jesus nos vai oferecer.
A
segunda leitura convida-nos a não deixar que o desespero nos
envolva enquanto esperamos e aguardarmos a vinda do Senhor com
paciência e confiança.
Vaticano:
PAPA DENUNCIA «EXPLORAÇÃO DO TRABALHO» E «GUERRAS»
FINANCEIRAS
Mensagem para
o Dia Mundial da Paz 2014 recorda situações de desigualdade,
pobreza e injustiça
Cidade
do Vaticano, 12 dez 2013 (Ecclesia) – O Papa denunciou hoje
as consequências da “tragédia da exploração do trabalho” e
das “guerras" económico-financeiras, na mensagem para o Dia
Mundial da Paz 2014, dedicada ao tema ‘Fraternidade, fundamento e
caminho para a paz’.
“Penso
nos tráficos ilícitos de dinheiro como também na especulação
financeira que, muitas vezes, assume expressões predadoras e nocivas
para sistemas económicos e sociais inteiros, lançando na pobreza
milhões de homens e mulheres”, escreve Francisco, num documento
divulgado pela Santa Sé.
Nesse
contexto, o Papa fala em “guerras menos visíveis, mas não menos
cruéis” do que os conflitos armados, que acontecem “nos campos
económico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de
famílias, de empresas”.
A
primeira mensagem do actual pontificado para esta celebração anual
promovida pela Igreja Católica aponta o dedo a “inúmeras
situações de desigualdade, pobreza e injustiça”, considerando
que as mesmas “indicam não só uma profunda carência de
fraternidade mas também a ausência duma cultura de solidariedade”.
“As
novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo,
egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais,
alimentando aquela mentalidade do ‘descartável’ que induz ao
desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados
‘inúteis’, lamenta o Papa.
Francisco
alerta para o aumento de um relacionamento humano “pragmático e
egoísta”, em que cada um se deixa guiar pela “avidez do lucro”
e pela “sede do poder”.
“É
necessário encontrar o modo para que todos possam beneficiar dos
frutos da terra, não só para evitar que se alargue o fosso entre
aqueles que têm mais e os que devem contentar-se com as migalhas,
mas também e sobretudo por uma exigência de justiça e equidade e
de respeito por cada ser humano”, sustenta.
A
mensagem alude à “corrupção que hoje se difunde de maneira
capilar”, pedindo à comunidade política para "agir de forma
transparente e responsável".
"A
fraternidade gera paz social, porque cria um equilíbrio entre
liberdade e justiça, entre responsabilidade pessoal e
solidariedade", frisa.
O
documento reforça os apelos papais em favor de um compromisso global
contra a fome.
“É
mais que sabido que a produção actual é suficiente e todavia há
milhões de pessoas que sofrem e morrem de fome, o que constitui um
verdadeiro escândalo”, insiste Francisco.
Segundo
Papa, o “necessário realismo” da política e da economia não
pode reduzir-se a um “tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão
transcendente do homem”.
“Quando
falta esta abertura a Deus, toda a actividade humana se torna mais
pobre, e as pessoas são reduzidas a objecto passível de
exploração”, adverte.
Francisco
sublinha que a fraternidade é o “fundamento principal” da paz e
apela a uma atitude de “de serviço às pessoas, incluindo as mais
distantes e desconhecidas”.
“O
serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz”, acrescenta.
Natal/Crise:
LIGA OPERÁRIA CATÓLICA PEDE MUDANÇAS
Movimento de
Trabalhadores Cristãos pede atenção a sinais de esperança para
contrariar desânimo provocado pela crise
Lisboa,
12 dez 2013 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento
de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) publicou uma mensagem de Natal
na qual admite “a dificuldade em descobrir sinais” de esperança
em Portugal perante a actual crise económica e apela à mudança de
políticas.
“Faz
muito tempo, anos até, que os nossos governantes não são capazes
de tomar uma medida capaz de aliviar o sofrimento de milhares de
famílias, pelo contrário, agravam ainda mais a sua já aflita
situação de vida”, denuncia a LOC/MTC.
Na
Mensagem de Natal, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o Movimento de
Trabalhadores Cristãos destaca a “altíssima” taxa de desemprego
agravada pelo facto de “metade dos desempregados não terem direito
ao subsídio de desemprego e mais de metade estarem em situação de
desemprego de longa duração”.
Por
isso, a mensagem assinala com preocupação que “avizinham novos
cortes nos salários e pensões e redução dos direitos sociais”.
A
LOC/MTC constata que no meio de “tantos sinais de morte”, Deus
convida à surpresa da vida para que a “esperança continue a
habitar” em cada um, como é referido no livro do profeta Isaías
-"Eis que vou realizar uma obra nova” [Is 43,19-20].
Esta
obra, segundo o Movimento, é visível em diversos sectores e
situações da sociedade portuguesa: “Nos trabalhadores e
trabalhadoras capazes de se unir para lutar pela justiça; nas
famílias que exigem os direitos sociais para poderem cumprir a sua
tarefa; nos vizinhos que se aproximam e criam laços de
solidariedade; nos grupos que fazem Revisão de Vida; nos gestos de
gratuidade; na voz profética de quem defende a dignidade e o bem
comum; em quem aposta no desenvolvimento integral da pessoa e na
sustentabilidade do emprego com direitos”.
Às
notícias sobre o aumento do número de milionários em Portugal e ao
facto destes estarem cada vez “mais ricos”, a mensagem cita o
Papa Francisco e diz que as desigualdades representam uma “traição
ao bem comum”.
“Todos
os dias batem à nossa porta notícias e imagens de homens e mulheres
a quem é retirada a possibilidade de contribuir com o seu trabalho e
a sua criatividade na obra da criação”, desenvolve.
Segundo
a análise da LOC/MTC, o Governo dá “prioridade à estabilidade
financeira” que permite “aos bancos sobreviver e aos ricos
satisfazer-se”: Esta é a nossa história repetida à saciedade,
que até nos faz cair na tentação da normalidade e da indiferença”,
acrescenta a mensagem.
AVISOS
HORÁRIOS
DAS MISSAS
Terça-feira,
dia 17
de Dezembro, às 19:00
Sábado,
dia 21 de Dezembro, às 17:00
Domingo,
dia 22
de Dezembro, às 9:15
ATENDIMENTO
Na
próxima Terça-feira não há atendimento.
NOTA
O
Grupo de Jovens do Muro informa que no próximo Sábado, dia 14 de
Dezembro irá começar a cantar as Janeiras pela freguesia.
Esta
actividade decorrerá todos os dias e iniciará pelas 19H00.
Este
ano iremos começar pelo lugar de Vilares.
NOTA
Na
próxima Terça-feira, a partir das 15H00, visitarei os restantes
doentes que estão inscritos.
CONFISSÕES
NO ADVENTO
Há
Confissões na Igreja de São Mamede do Coronado, na Sexta-feira das
16 às 19H00.
«Que
fostes ver ao deserto?».
Texto:
Cónego João Aguiar Campos
Publicado em: My
ECCLESIA TV
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