Paróquia de S. Cristóvão do Muro

Vigararia Trofa/Vila do Conde
Diocese do Porto - Portugal

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ

Esta manhã, 12 de Dezembro, foi divulgada a mensagem do Santo Padre Francisco para a celebração do 47º Dia Mundial da Paz que se celebra a 1 de Janeiro de 2014.
"Fraternidade, fundamento e caminho para a paz" é o tema da mensagem em que o Papa convida a redescobrir o valor da solidariedade como remédio para os males sociais do mundo de hoje.



Transcrevemos alguns excertos da mensagem:
Nesta minha primeira Mensagem para o Dia Mundial da Paz, desejo formular a todos, indivíduos e povos, votos duma vida repleta de alegria e esperança.
Com efeito, no coração de cada homem e mulher, habita o anseio duma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.

Na realidade, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem, sendo ele um ser relacional.
A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura.
E convém desde já lembrar que a fraternidade se começa a aprender habitualmente no seio da família, graças sobretudo às funções responsáveis e complementares de todos os seus membros, mormente do pai e da mãe.
A família é a fonte de toda a fraternidade, sendo por isso mesmo também o fundamento e o caminho primário para a paz, já que, por vocação, deveria contagiar o mundo com o seu amor.
[…]
A globalização, como afirmou Bento XVI, torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos.
As inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça indicam não só uma profunda carência de fraternidade, mas também a ausência duma cultura de solidariedade.
As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do «descartável» que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados «inúteis».
Assim, a convivência humana assemelha-se sempre mais a um mero do ut des pragmático e egoísta.
[…]

As perguntas do Papa Francisco:
  • Poderão um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio de fraternidade, gravado neles por Deus Pai?
  • Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs?
  • De que modo usamos os recursos da terra?

Com palavras do Sumo Pontífice João Paulo II [nº 40 da Carta Encíclica Sollicitudo Rei Socialis], prossegue o Santo Padre: 
A solidariedade cristã pressupõe que o próximo seja amado não só como «um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais, mas [como] a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objecto da acção permanente do Espírito Santo», como um irmão.

Conclui o Papa Francisco:


Há necessidade que a fraternidade seja descoberta, amada, experimentada, anunciada e testemunhada; mas só o amor dado por Deus é que nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade.

O texto completo da mensagem do Papa Francisco para o próximo Dia Mundial da Paz.
Fontes: Santa Sé, L'Osservatore Romano, Rádio Vaticano

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