Não
recorras ao que já sabes do Natal,
mas
coloca-te à espera
daquilo
que de repente em teu coração
se
pode revelar
Não
reduzas o Natal ao enredo dos símbolos
tornando-o
um fragmento trémulo sem lugar
no
concreto da vida
Não
repitas apenas as frases que te sentes obrigado a dizer
como
se o Natal devesse preencher um vazio
em
vez de o desocultar
Não
confundas os embrulhos com o dom
nem
a acumulação de coisas com a possibilidade da festa:
o
que recebes de graça
só
gratuitamente poderás partilhar
Cuida
do exterior sabendo que ele é verdadeiro
quando
movido por uma alegria que vem de dentro
Uma
só coisa merece ser buscada e celebrada, uma só:
o
despertar de uma Presença no fundo da alma
Por
isso o Natal que é teu não te pertence
Só
a outro o poderás pedir.
Editorial
da Agência Ecclesia, 13-12-2013
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