Porque
a vida humana é o primeiro e mais estimável dos bens, é urgente
lutar por novos rumos e construir uma verdadeira cultura da vida
(Cfr. Ev 95).
A
Semana da Vida decorre este ano de 10 a 17 de Maio; No
dia 15 de Maio celebra-se o Dia Mundial da Família.
A
Semana da Vida, este ano com o tema VIDA COM
DIGNIDADE – Opção pelos mais fracos, inscreve-se neste
esforço de rumos novos, procurando suscitar o reconhecimento do
sentido e valor da vida humana em todos os seus momentos e condições,
com uma atenção muito especial à gravidade do aborto e da
eutanásia, sem descurar outros momentos e aspectos da vida.
O
Papa Francisco advertiu-nos recentemente contra o esquecimento dos
outros e o desinteresse perante os problemas, tribulações e
injustiças que sofrem, e denunciou esta atitude egoísta, que
atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma
globalização da indiferença (Mensagem para a Quaresma 2015).
Ao
contrário, apelou à solidariedade para não ficarmos surdos ao
clamor dos pobres, que podem ser pessoas, multidões ou povos
inteiros, reclamando respeito pelos direitos humanos (Cfr EG 190).
E
apontando o caminho da opção pelos pobres, própria de Deus e
recebida de Jesus Cristo, lembrou que estes são os necessitados de
bens materiais e todos os atingidos na sua dignidade, porque
excluídos, maltratados, violentados, indefesos… (Cfr EG 212), com
os quais Jesus se identifica: «Sempre que fizeste isto a um destes
meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizeste» (Mt 25, 40).
Entre
estes seres frágeis, de que a Igreja quer cuidar com predilecção,
diz Francisco, estão também os nascituros, os mais inermes e
inocentes de todos, a quem hoje se quer negar a dignidade humana para
poder fazer deles o que apetece, tirando-lhes a vida e promovendo
legislações para que ninguém o possa impedir (EG 213).
O
Papa Francisco reafirma que a defesa da vida nascente está
intimamente ligada à defesa de qualquer direito humano, que um ser
humano é sempre sagrado e inviolável, e que é fim em si mesmo e
nunca meio para resolver outras dificuldades, e salienta que, sem
esta base, caem os fundamentos dos direitos humanos porque, nesse
caso ficam sujeitos às conveniências dos poderosos(idem).
Nem
é opção progressista pretender resolver os problemas, eliminando
uma vida humana (EG 214).
Por
si só, a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável
de qualquer vida humana mas, se a olhamos também a partir da fé,
«toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por
vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem (Idem).
E,
como escreveu João Paulo II, a revelação do Evangelho da vida
foi-nos confiada como um bem que há-de ser comunicado a todos: … a
questão da vida e da sua defesa e promoção não é prerrogativa
unicamente dos cristãos.
Mesmo
se recebe uma luz e força extraordinária da fé, ela pertence a
cada consciência humana que aspira pela verdade e vive atenta e
apreensiva pela sorte da humanidade. (EV 101).
Optando
preferencialmente pelos mais fracos, a exemplo de Jesus, propomos
para cada dia uma atenção especial aos nascituros, crianças,
doentes, pobres e idosos.
Pelo
meio, no Dia Internacional da Família, 15 de Maio, destacamos a
família.
É
nela que a Semana da Vida poderá ter a sua melhor celebração.
Daí
que os gestos, reflexões e orações sugeridos para cada dia, se
dirijam às famílias e às pessoas como seus membros.
Para
todos, boa Semana da Vida!
Desde
1994, a Conferência Episcopal Portuguesa através da Comissão
Episcopal competente para a área da Família, organiza a Semana da
Vida.
Esta
iniciativa vem na sequência do apelo lançado em 1991 pelo Papa João
Paulo II, na Encíclica O Evangelho da Vida sobre o valor e a
inviolabilidade da vida humana, ao propor uma celebração que tenha
por objectivo «suscitar nas consciências, nas famílias, na Igreja
e na sociedade, o reconhecimento do sentido e valor da vida humana em
todos os seus momentos e condições, concentrando a atenção de
modo especial na gravidade do aborto e da eutanásia, sem contudo
menosprezar os outros momentos e aspectos da vida…» (EV 85).
A
Semana da Vida decorre habitualmente na semana em que se celebra o
Dia Mundial da Família (15 de Maio).
Fontes:
Comissão Episcopal Laicado e Família; Diocese do Porto; Patriarcado
de Lisboa
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