Diante
das desigualdades no mundo global é preciso «propor alternativas
justas e solidárias que sejam realmente praticáveis», disse o Papa
Francisco a cerca de sete mil representantes das Associações
cristãs dos trabalhadores italianos.
E
alertou sobre um sistema económico no qual o deus dinheiro comanda.
O
Papa Francisco recebeu hoje em audiência na Sala Paulo VI os membros
da ACLI – as Associações Cristãs dos Trabalhadores Italianos por
ocasião do 70º aniversário da fundação desta organização.
No
seu discurso o Santo Padre referiu-se à amplitude e velocidade de
reprodução actual das desigualdades, falou de precariedade e
apresentou quatro dimensões do trabalho para uma vida com dignidade
dos trabalhadores: o trabalho livre, criativo, participativo e
solidário.
Em
primeiro lugar, o trabalho livre que significa que o ser humano não
deve ser instrumento de organizações esclavagistas e de alienações
mas de esperança e de vida nova.
O
trabalho é livre porque é imagem da presença de Deus na história.
De
seguida, o trabalho criativo, que para o Papa deve ser a expressão
da liberdade de quem quer ter iniciativas empresariais que contribuam
para o desenvolvimento económico e social da comunidade.
Um
aspecto muito importante para as novas gerações.
O
trabalho participativo, segundo o Santo Padre, exprime a lógica
relacional da vida laboral, ou seja, ver sempre na finalidade do
trabalho o rosto do outro e a sua colaboração responsável.
O
trabalho solidário – afirmou o Papa – significa encontrar as
pessoas que perderam o trabalho e procurar soluções para elas,
desde logo, com a nossa proximidade acolhendo-as e indo ao seu
encontro contribuindo para novas oportunidades de trabalho.
No
final do seu discurso o Papa Francisco recordou as três fidelidades
desta organização: aos trabalhadores, à democracia e à Igreja.
O
Santo Padre pediu-lhes para viverem-nas no concreto da fidelidade aos
pobres, através do acolhimento aos jovens e na luta ao
empobrecimento ajudando aqueles que de um momento para o outro entram
na pobreza porque perdem o trabalho.
Fontes:
Rádio Vaticano; L'Osservatore Romano
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