O
Papa Francisco, depois de anteriormente ter dissertado sobre duas
dimensões do ritmo de vida familiar: a festa e o trabalho, abordou
hoje o tempo da oração
O
Papa Francisco concedeu esta manhã a sua centésima audiência geral
no Vaticano.
Desde
10 de Dezembro de 2014 tem vindo a desenvolver as suas catequeses
sobre o tema do próximo Sínodo, a Família.
O
resumo da catequese de hoje:
Na
vida da família, além das horas de trabalho e dos momentos de
festa, há também o tempo da oração.
Sabemos
como o tempo é sempre pouco; nunca chega para tudo.
É
frequente ouvir este lamento: «Devia rezar mais…, mas não tenho
tempo».
Quem
tem uma família, aprende a resolver uma equação que nem os grandes
matemáticos conseguem: dentro das vinte e quatro horas do dia, fazem
entrar o dobro.
Há
pais e mães que merecem o Prémio Nobel por isso!
O
segredo está no afecto que provam pelos seus.
Daí
a pergunta: Pensamos em Deus apenas como um Ser imenso, o Omnipotente
que tudo criou, o Juiz que tudo vê e controla? Ou vemos Deus como
uma carícia que nos dá e mantém a vida, uma carícia da qual nem a
morte nos pode separar.
Só
neste caso nos sentimos felizes, senão mesmo confusos, porque Deus
pensa em nós e nos ama.
Um
coração possuído pelo afecto de Deus é capaz de tornar oração
até um pensamento sem palavras, uma invocação diante duma Imagem
sacra, um beijo para Jesus na Igreja.
É
belo ver as mães ensinando aos filhos pequeninos a mandar um beijo a
Jesus ou à sua Mãe bendita.
Está
aqui o espírito da oração, que nos leva a arranjar tempo para
Deus, fazendo-nos sair da obsessão duma vida onde sempre falta
tempo, para encontrar a paz das coisas necessárias.
E
a coisa verdadeiramente essencial, a «parte melhor» do tempo é
aquela em que se escuta o Senhor, como fez Maria de Betânia.
“Na
oração da família, em seus momentos mais fortes e nas vicissitudes
mais difíceis, entregamos-nos uns aos outros, para que todos sejamos
protegidos pelo amor de Deus”.
“O
Evangelho, lido e meditado na Família, é como um pão bom que nutre
o coração de todos de manhã até a noite.
Quando
formos para a mesa, aprendamos a rezar juntos, com simplicidade: é
Jesus que vem à nós.
Uma
coisa que levo no coração e que vi nas cidades: muitas crianças
ainda não aprenderam a fazer o sinal da Cruz.
Mães,
pais, ensinem suas crianças a rezar e a fazer o sinal da Cruz; é um
dever muito bonito dos pais!”.
Fontes:
Santa Sé; Rádio Vaticano
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